Tem que crescer, diminuir, esticar...?

Salvo engano a criação já de séculos de Maurício de Souza, o mais famoso quadrinista de terras tupiniquins, estava passando por sérios apuros. Tinha que existir algo pra voltar a impulssionar as vendas e não deixar morrer esse que é um dos maiores patrimônios da cultura brasuca: A Turma da Mônica. A solução foi bem ousada, e mesmo hoje ainda causa muita polêmica para ajudar a manter vivos os jovens do bairro do Limoeiro. Torná-los então... Adolescentes!

Óbvio, engraçado era que via muitas, e muitas críticas, principalmente de adultos (que diga-se de passagem muitos nem sabem que a Turma da Mônica, ainda com as quatro crianças protagonistas, ganharam personagens muito bons e novos, como a Denise, Dorinha, entre outros) pois seu maior argumento era: "Eles eram crianças! Agora deixa a Mônica siliconada pra tentar trazer mais vendas. O Calvin nunca precisou ficar adulto pra chamar a atenção!". Porém muitos sequer leram, e tampouco esses já adultinhos, que há muito tempo já haviam trocado a Atrevida ou Super Game Power pela Nova ou Playboy (respectivamente meninas e meninos) ainda persistiam em manter as críticas. E diga-se de passagem os gibis continuam sendo vendidos, mas o carro do momento agora é a Turma da Mônica Jovem.

Quando um amigão meu de Santos veio pra cá, o Diego "Zeo" pra ficarmos zanzando pela cidade, fomos pra Liberdade babar por umas japonesas lindas e comprar lámen. Tinha até uma família que parecia que tinha chegado da China, sei lá, tavam perdidos e dava mó pena. E no meio daquela bagunça que é o bairro da Liba tinha uma mãe japonesa, com seus vinte e quase trinta anos com uma filhinha de uns seis ou cinco anos, eu acho (japoneses são pessoas precoces, por isso conseguem sempre as melhores universidades e melhores empregos, haha) lendo o mangá da Turma da Mônica grandinha de mini-saia.

Achei aquilo o máximo! Por mais que muita gente pense são quadrinhos meio libidinosos, muito pelo contrário, para a faixa etária é excelente e até para mais novos. Questões mesmo do dia-a-dia, melhor que a Malhação que nunca acaba e só piora a cada ano. A história tem toques de aventura, romance, besteirinhas juvenis e, claro, ainda é a Turma da Mônica de antes, a Magali agora ao invés de comer da maneira surreal, agora come pra caraio ainda, só que ela é mais preocupada em não engordar, Mônica continua forte como um touro, Cebolinha troca as letras de vez em quando, e o Cascão achei ele com mó pose de pegador, embora continue com a Cascuda e agora tomando banho de vez em quando, hahaha.

Legal ver que as crianças, crianças mesmo estão lendo e gostando. O público juvenil também, óbvio, que é o público-alvo. Mas não é difícil ver criancinhas mesmo de seis, sete anos lendo e se divertindo. Eu mesmo admito: se tem uma coisa que eu só de ler eu dou risada, mas risada mesmo, são os gibis da Turma da Mônica.

Portanto jovens, nada desse preconceito. Vejo muitos que sequer leram pra dizer se é bom ou ruim, que hipocrisia essa, galerinha. Vamos dar uma chance, afinal ao contrário de muitos que rezavam que isso não desse certo, está indo de vento e popa, e acredito ser a primeira vez que um quadrinho nacional está conseguindo chegar até na lista dos mais vendidos das livrarias. Eu adoro!

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