Não é reverência, é agradecimento.

Uma vez estava conversando com uma amiga evangélica sobre o budismo.

Ela disse que não aceitava que uma crença como o budismo onde as pessoas rezam por uma estátua - no caso, a imagem do Buda Shakyamuni.

Desde os tempos em que Lutero e Calvino fundaram as seitas protestantes, naquela época de perseguição contra os preceitos católicos as pessoas acabam adquirindo um repúdio por qualquer imagem sagrada. Claro que a extremos como esse. Acontece.

Nós não rezamos pela estátua do Buda. Longe disso. Fazemos um gesto de gashô (unir as duas mãos, como fazemos numa oração) na frente do Buda, unimos nossas mãos na frente dele. O significado inicial desse símbolo não é submissão a uma divindade ou a uma pessoa, mas agradecimento.

Agradecemos ao Buda por estarmos aqui hoje, por podermos ouvir os ensinamentos que ele deixou há milênios, por termos sido iniciados no caminho Mahayana - de grande veículo - e por todas as maravilhas que têm nos acontecido desde que iniciamos nossa jornada búdica.

Gratidão é essencial. É o sentimento mais nobre do ser humano. No momento em que me elevei espiritualmente tudo o que senti foi uma gratidão imensa: gratidão por poder ajudar a todos a minha volta, gratidão por ter encontrado este Ensinamento, gratidão pelos méritos que tenho alcançado sempre, minha alma gritava um obrigado milhões de vezes.

A estátua é apenas uma estátua. O que fica mesmo são os ensinamentos. Isso independe de crença! Nós que fazemos o nosso redor melhor, e não um objeto inanimado. Portanto... Gashô por tudo!

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