As novas arminhas de plástico.

É muito interessante ver esse novo debate que tá rolando sobre essas armas que podem ser feitas com impressoras em 3D. Antes de mais nada é mais do que óbvio que eu sou totalmente contra a indústria de armas e inclusive a fabricação de armas.

Mas está tocando tanto na ferida os protótipos do maluco Cody Wilson que é impossível não falar sobre. As maiores manchetes são que elas podem ser perigosas ao serem disparadas (podem explodir na sua cara, hehe), são possíveis de passarem em detectores de metais, quebram leis (e impostos) sobre o porte de armas e algumas outras coisas.

Como eu já disse, sou totalmente contra. Mas podemos destacar uns fatos. Esse é um mini-documentário feito sobre essas novas armas de plástico:


Eu gosto muito de uma frase que ele usa no final, que seria ótimo se pudéssemos voltar o mundo aos anos 90 e ficar por lá. Pois o problema maior foi a internet. Uma vez desenhada a arma, os arquivos vão ser dispersados igual as fotos da Carolina Dieckmann pelada. Não tem jeito (mas eu prefiro a Scarlett Johansson pelada!).

Um outro fato é que isso mexe com uma das maiores indústrias do mundo: A indústria da guerra. Uma indústria que lucra bilhões com a venda de armas, que sustentam desde os tiroteios em escolas americanas, como o tráfico no Complexo do Alemão. Armas usadas tanto pra homens de países desenvolvidos e pintos pequenos, como também para malucos de guerrilhas do terceiro mundo.

E, conforme o tempo vai passando, não vai demorar muito para que esse projeto da arma fique perfeito. Ainda tem umas falhas como é mostrado no documentário, mas vai mexer com uma indústria que desde lá atrás com a fundação da Colt dificilmente se abalou. Muito pelo contrário! Foi o motor de guerras e continuam causando muitas mortes por aí. Afinal, independente de ética, estamos falando de uma mega indústria, que visa o lucro, não importando seus meios. Basicamente uma indústria que lucra com mortes.

Não tenho dúvidas que logo o pobre Cody vai morrer num "acidente de carro" misterioso, seja patrocinado pela indústria de armas ou pelo próprio governo. Ou patrocinado por ambos.

O Brasil mostrou-se um dos países que mais baixaram as arminhas que não atiram água. Muita gente põe o Cody como o grande criador dessa coisa toda, mas sinceramente, ele não fez lá muita coisa na minha opinião. São impressoras em 3D, e armas hoje em dia não é preciso ser um expert para desmontá-las e imprimir seus componentes numa impressora em 3D. E ao mesmo tempo, munição hoje em dia evoluiu muito desde a pólvora que os três mosqueteiros usavam nas suas carabinas.

Traficantes fazem bombas caseiras com fertilizante e pólvora de fogos de artifício. Armas estão disponíveis aí pra qualquer um fazer, infelizmente. A diferença é que traficantes compram facilmente, seja pela fronteira do Paraguai, seja pelos próprios mercadores de armas (que obviamente tem lá uma ajudinha da indústria de armamentos) ou mesmo por meros vídeos no Youtube. Mas talvez a aparência ameaçadora e a grande convicção desse jovem de 25 anos tenha provocado o governo americano assim como Julian Assange o fez.

Ou você acha que se fosse para fins militares não faria de Cody Wilson um herói patriota assim como foi Samuel Colt? Melhor darem uma pensada melhor nissaê pessoal.

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