Supergirl


Existe vários motivos pra eu não assistir seriados em geral. O motivo é que eu vicio muito fácil, por isso eu me mantenho longe de drogas também, porque sei que sou uma pessoa que vicia fácil em qualquer porcaria - seja boa ou ruim.

No começo de dezembro fui fazer uma entrevista ali na Angélica e cruzei a Paulista com a Consolação e num ponto de ônibus vi o poster acima. Uau. Supergirl? Deve ser mais legal que aquele Smallvile (que eu não assisti). Eu desde moleque sempre gostei do Superman. Assistia todos os dias na Globo aquele seriado antigo, e sempre gostei do Clark Kent, todo bundão ao tirar o óculos virar o Homem de Ferro. Sei que o Superman é tosco, é um cara de azul voando por aí com uma cueca vermelha por cima da roupa. Mas o plot sempre foi muito bem bolado. Os dilemas também.

Logo quando vi o poster eu sabia que iria gostar. Mas quando assisti a Supergirl vi que ainda era muito além do que eu pensava.


É a história de Kara Zor-el, uma kriptoniana que havia sido mandada de Krypton para proteger seu primo Kal-el e cuidar dele até o bebê crescer. Mas acontece que ela acabou sendo tragada por uma fenda espacial, o tempo não passou, e ela acabou chegando na Terra quando o seu priminho Kal-el já havia crescido, e havia se tornado o Superman.

Como não tinha mais o primo pra proteger, o Superman pede pra uma família cuidar da sua prima kriptoniana, os Danvers, pra dar uma vida humana pra sua prima Kara. Agora com o alter-ego Kara Danvers (acima).

Kara cresce, vira uma loura gatíssima, e trabalha como secretária da poderosa Cat Grant, presidente da poderosa CatCo, uma empresa de mídia em National City (que não é a Metropolis onde o Superman vive). Mas quando ela salva um avião que iria cair com a sua irmã adotiva usando seus poderes, ela vê que ela também pode ajudar as pessoas a terem uma vida melhor igual ao seu primo Clark, afinal ela tem os mesmos poderes que ele. Aí nasce a Supergirl!


Eu gosto muito de clichês! E com séries baseadas em quadrinhos é melhor ainda quando eles são colocados na hora certa e nos momentos certos. Muitos ficaram mesmo no primeiro episódio, como ela abrir a camisa no trabalho e mostrar o "S" embaixo (como aos 5m45 do trailer acima), o óculos e o cabelo preso que a fazem ser "irreconhecível" como Kara/Supergirl, e o dilema entre ser Supergirl ou Superwoman, e a resposta da sua chefe, dona da mídia na cidade, ao batiza-la assim (3m05):

Kara: If we call her "Supergirl", something less than what she is, doesn't that make us guilty of, of being anti-feminist? Didn't you say she's the hero?
Cat Grant: *I'm* the hero. I stuck a label on the side of the girl. I branded her. She will forever be linked to CatCo, to the Tribune, to me. And what do you think is so bad about "Girl?" Huh? I'm a girl. And your boss, and powerful, and rich, and hot and smart. So if you perceive "Supergirl" as anything less than excellent, isn't the real problem you?


(e tecnicamente "Superwoman" é a Lois Lane)

E além dos vilões, Kara passa por dilemas que toda mulher deve passar por aí. Um deles é logo no segundo episódio quando ela é duramente criticada pela mídia, e aí a Cat Grant (acima), sua chefe, diz que a Supergirl tem que entender que só por ela ser mulher ela deve ser duas vezes melhor que os homens pra poder ser considerada boa realmente.

Tem um episódio onde as pessoas ficam com medo da Supergirl pois todos tem receio dela pelo mesmo motivo que têm do Superman: não são dos poderes que ambos têm, mas sim caso eles percam a cabeça e saiam destruindo o mundo por aí. E aí a Kara vê que ela deve dar um jeito de extravasar a raiva. Aí ela chama o Jimmy Olsen (também personagem original da DC), que sabe dos poderes dela e é amigo do Clark/Superman.

O diálogo é bem bacana:


Mas mantém toda a fantasia e leveza dos clássicos da DC. Parece que foi a resposta para Marvel lançar o seriado da Jessica Jones, que também é legal, mas Supergirl é diferente. Não precisa de toda aquela violência, tristeza e realidade exagerada da Marvel.

É legal também o envolvimento amoroso das pessoas até agora. A Kara é caidinha pelo Jimmy Olsen. Mas o Jimmy gosta (e ao mesmo tempo foge) da Lucy Lane, irmã da Lois Lane, que ele tem um relacionamento de longa data. O carinha que gosta da Supergirl, o Winn, um nerd que trabalha no TI da CatCo é o friendzone da Kara, embora o coitado seja caidinho por ela também.

E, por fim, pra render episódios, a trama é que junto da nave que trouxe a Supergirl, por conta da atração gravitacional, veio também a prisão de Krypton, o Fort Rozz, trazendo junto todos os criminosos de Krypton, que ela agora tem que prender todo mundo com a ajuda da sua irmã e da organização DOE, que caça alienígenas na Terra.

Enfim, é bem legal! Vale a pena assistir!

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