Personagens brancos nos quadrinhos interpretados por negros.


Esses dias comecei a assistir com meu irmão o novo seriado do Luke Cage na Netflix, que vai se juntar em breve ao Demolidor, Jessica Jones e Punho de Ferro pros quatro fundarem "Os Defensores", que vai ser seriado também num futuro próximo da Netflix.

Mas hoje não quero fazer review aqui dos seriados. Pelo menos não ainda. Queria falar de algo que tenho visto nos seriados que são baseados em quadrinhos que eu estou gostando muito: personagens antes brancos nos quadrinhos sendo interpretados por atores negros. Tem gente que não gosta, tem gente que gosta, e tem gente que acha isso sensacional (como eu).

Tudo bem que tem vezes que cagam muito, como o Johnny nesse último Quarteto Fantástico. Mas em geral é sempre uma escolha boa, afinal não existe motivos pra retratar personagens hoje como a sociedade era há sessenta, setenta anos atrás.

Vou dar exemplo do Jimmy Olsen (imagem do post, acima). No original dos quadrinhos, Jimmy Olsen era o melhor amigo do Clark Kent, e uma das únicas pessoas que sabiam que Superman era o bunda-mole cabaço do Clark. Porém, Jimmy Olsen apareceu nos quadrinhos na década de 40, e a sociedade era bem diferente naqueles tempos. Ok, racismo ainda existe, mas era algo infinitamente pior naqueles tempos. O primeiro herói negro foi o Pantera Negra, e isso em 1966 (mais de vinte anos depois do primeiro, que foi o Superman, em 1934).


A sociedade mudou muito desde a década de 30. Não apenas pessoas negras passaram a ter melhores empregos e oportunidades, como também começaram a ser vistos na sociedade. E claro, ainda tem muito a melhorar, mas eu acho algo muito bacana vendo que justamente o Jimmy Olsen está sendo interpretado por um cara negro, e que ao mesmo tempo é o interesse amoroso da protagonista Kara Zor-el, de um seriado que eu sou fã de carteirinha, a Supergirl.

Afinal, casais hoje em dia são assim. Não existe mais o preconceito feio de que negros não podem se casar com loiras, brancos não podem ficar com asiáticos, ou latinos não podem ficar com pessoas da Papua Nova Guiné. Hoje em dia é uma suruba interacial que deixaria aqueles idiotas que criaram a babaquice chamada eugenia furiosos. Isso só mostra que os seriados não ficaram enclausurados naqueles anos trinta ou quarenta e acompanharam a ótima mudança que os tempos trouxeram. Eles evoluíram, e os personagens devem evoluir também e refletir a sociedade atual. E isso é ótimo!

Na dúvida, sempre vai ter a Cat Grant dizendo que esse grupo multi-etnico na frente dela sem fazer nada parecem oriundos de um seriado do CW, como nessa cena muito hilária!

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