Fim de mês... Nossa.

Começando com uma imagem do Mello, o meu personagem favorito do Death Note!
Na verdade é algo como "vi que ele é igualzinho a mim (personalidade, dã...) e por termos tanto em parecido eu acabe adorando ele", hehe... Impulssivo, emotivo, instável sentimentalmente e que faz várias caretas (leia-se expressivo).

Hoje vou falar de Design, com D maiúsculo mesmo.

Dias atrás li um artigo de um famoso estilista brasileiro falando sobre o preconceito que a moda tem no Brasil, onde muitas pessoas julgam que a moda é algo inútil e num país que ainda luta contra uma grave desigualdade social e ainda tem pessoas passando fome, isso é inadmissível pra um país ainda com essas infelizes características. Ele citou em contrapartida que eventos como a famosa SP Fashion Week traz pessoas de todos os cantos de mundo, e a moda emprega muita mão-de-obra, em grande parte feminina, que cada vez mais a realidade pras mulheres é difícil de se arranjar emprego.

Eu irei além disso.

Vocês vivem num país atrasado. Um país dos mais corruptos do mundo. Vivem num país que pessoas morrem de fome. Quem sabe um país onde a violência e a falta de cultura imperam, onde o povo não sabe estudar, apenas trabalhar. A imagem do Brasil lá fora sempre foi do grande celeiro mundial, onde enviamos alimentos e trocamos bananas por celulares, que embora eles queiram fazer isso parecer vantajoso pra nós, somos exatamente nós que continuaremos apenas a trocar bananas por celulares, e jamais saíremos disso. Pois podemos enviar bananas, eles no começo nos darão celulares, depois iPhones, computadores e DVDs.

A maior prova de que investir em conhecimento é muito mais favorável do que se investir em emprego é a prova do Etanol. No começo foi uma decisão mais política do que de fato voltada à produção do conhecimento - a crise da OPEP, onde o preço do barril do petróleo disparou. Quem viveu, viu - fez o país das bananas investir não apenas na banana, mas na cana. Não por serem cachaceiros, mas por tentar escapar da crise. Evoluíram, descobriram como poderiam produzir mais, colocaram e investiram na tecnologia, que por sua vez teve que receber conhecimento por detrás disso.

Hoje Brasil é um dos países em que um mundo onde as pessoas morrem de medo do gelo do sul derreter mais desejam amizade.

Senhor presidente, não queira investir apenas em emprego. Acredite, pessoas não precisam de emprego. Pessoas precisam de estudo. Tenho muitos amigos, hoje com seus vinte, trinta anos, que cresceram comigo e suas formações acadêmicas limitam-se ao clássico "Ensino médio completo". Têm filhos, alguns desempregados, mas mesmo assim quando ganham seu dinheirinho querem investir em comprar a bendita casa própria - outra mania de brasileiro e do Silvio Santos.

Nós podemos nos destacar em produtores de conhecimento além da cana. Como um país onde só tem gelo e alguns poucos milhões de habitantes hoje têm a maior produtora de celulares do mundo e os de melhor qualidade? Pois não ouve investimento em emprego. Houve investimento em conhecimento. Eu acredito que uma área que este país pode desbancar o mundo é Design.

Primeiramente pois o país não têm uma tradição antiga na área. Não são como os italianos que fazem design desde os tempos do guaraná com rolha. Temos mais liberdade para a criação nesse sentido. Outro ponto é: o brasileiro é um dos que mais ficam tempo conectados na web no mundo. Claro, 90% do tempo é no Orkut ou MSN Messenger, mas fica. Vejo muitas pessoas, que cresceram nessa era digital e hoje usufruem dela querendo entrar e continuar trabalhando na área. E se for questão de segurança, nem hesitem, o Brasil é um dos países onde há o maior contigente de hackers. E dos bons!

A internet (odeio esse nome, mas tudo bem) tornou-se um meio popular, tão popular como a Televisão. Hoje os jovens usam tanto o computador como os pais deles viam TV quando tinham a mesma idade. Senhor presidente, sei que o fome zero em nada deu. Sei que um mundo de gente deseja que o senhor continue criando empregos, e sei que o PAC da Dra. Dilma está aí pra provar isso. Mas vamos investir no que se precisa investir enquanto é tempo. Acredite, seu país tem potencial.

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