Indo atrás do visto americano.

No capítulo anterior...

A notícia da viagem de fato não foi recebida de braços abertos pela minha família. Mas pelo menos o obstáculo do meu pai tinha sido ultrapassado. Junho passou e no início de julho, quando estava no templo, a Denichan me chamou.

Disse que tinha recebido uma carta para ajudar na retirada do visto americano. E lá vamos nós para outra aventura!

Eu já falei aqui como é cansativo e caro tirar o visto americano. Realmente, só quem conseguiu sabe. E justo Brasil, né? Se fosse Afeganistão ou Coréia do Norte acho que até entenderíamos. Ok, temos culpa também da quantidade imensa de imigrantes ilegais por lá, que tornou português quase uma terceira língua na terra do Tio Sam. Mesmo quando fui tirar o visto encontrei um rapaz, mais novo que eu inclusive, que tinha acabado de sair do trabalho e ia se mudar pros Estados Unidos, buscando as condições de vida que Dilmas não podem pagar.

Primeiro preencher o DS-160, com a sensação de estar digitando com uma arma apontada pra sua cabeça em caso de qualquer erro. Acabamos enquadrados numa tal de "Lei de Perjúrio" caso algum dado esteja errado. Basicamente você não é preso no Brasil, mas o sistema do visto é algo tão obscuro que a gente não sabe se está em uma lista negra ou algo do gênero. Agradeço muito aqui à minha amiga Erika por ter me passado os links e me explicado os trâmites.

Para mais detalhes, vejam o post que eu linkei acima.

Qual foi a sensação quando ganhei o papel dizendo que a solicitação do visto foi aprovada? Nossa... Foi simplesmente maravilhoso. Eu olhava pro céu e chorava lágrimas de gratidão. A brincadeira me custou quase quinhentas pilas, contando o táxi (para não atrasar, afinal não dá pra confiar no timing dos ônibus paulistanos) mais as US$160 doletas para tirar o visto. Deu mais de trezentos reais aí. Mais algumas coisas pra comer na fila, etc.

Porém pelo menos eu estava trabalhando. Ficou mesmo do meu bolso.

Dias depois no meu trabalho o visto, no dia 25 de julho. Foi como um presente de aniversário, hehe. Enfim a data estava chegando. Com o visto em mãos, as meninas puderam comprar as passagens.

O visto chegou também numa circunstância muito única. A ida ao CASV foi dia 17 de julho, a entrevista no consulado dia 18 de julho. Meu aniversário foi na segunda seguinte, dia 22. Dia 25 um dos meus gerentes tinha acabado de chegar na empresa, só que era sete da manhã. Ele mesmo disse que raramente ele chega nesse horário. Foi aí que o entregador estava na porta da firma com o meu passaporte e o segurança da agência pediu pro gerente receber.

Ele mesmo ficou repetindo pra mim várias vezes que eu tive muita sorte. Que coincidiu dele chegar na empresa aquele horário e o entregador estar lá.

Sorte mesmo? Sem dúvida, sem dúvida alguma isso foi algo enviado pelos Budas.

E mesmo hoje quando paro pra pensar, não sei como agradecer.

Continua...

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