Chicago 2013 - Dia 5 - No topo do céu.


Tomamos café e saímos. Como eu sou uma pessoa muito clichê, que faz passeios clichês (como Tokyo/Torre de Tóquio, Londres/Assistir James Bond, Amsterdam/Ver os moinhos), não poderia deixar de fazer o Chicago/Willis Tower.

Afinal, como eu, você pode não conhecer Chicago. Mas conhece a Willis Tower!

Mas decidimos fazer o passeio mais a noite por lá. Queríamos pegar a visão de dia, poente e noite da cidade. Fiquei triste de não ter visto Tóquio a noite, me falaram que é um baita dum espetáculo, especialmente da Torre de Tóquio. Londres eu cansei de ver a noite e me maravilhava com as paisagens. Chicago eu não ia deixar pra trás!

Logo, a primeira parada no dia foi... O Feijão.



É uma obra do indiano maluco chamado Anish Kapoor. Embora todo mundo conheça como "feijão", o nome é Cloud Gate, o portão das nuvens. Fica no Millenium Park, no meio do Loop. Aliás, andar em Chicago é super simples, são todas quadras fáceis de se achar, só vai na direção dos pontos cardeais. Vitrúvio estaria muito orgulhoso. Mas ainda assim, nos perdemos algumas vezes. Acontece nas melhores famílias.

O feijão é algo fora desse mundo. Eu quando vi aquilo parecia que aquilo era uma obra vinda de Marte, mas era simplesmente uma estrutura maciça fixada no chão e espelhada. Por causa do formato dela, reflete os raios de sol distorcendo-os. É um conceito bem simples, mas ficou genial!

De lá, eu disse pra Dê que queria ver aquela fonte imensa móderfaquer que dava pra ver do outro lado da cidade jorrando água. Eu sabia que era perto dali, a fonte do Buckingham Gardens. Tava tão quente que eu tava louco pra me refrescar, porque faz uma nuvem de gotículas de água que molhava até uns 20 metros da fonte! Mas quando chegamos, tiramos uma foto do jorro, e depois desligou. E não ligou mais. Ficou aquele jorro broxante.



O jeito foi ir pro Art Institute. A obra que eu mais gostei foi a do meu camarada Renoir. Eu adoro Renoir, ele é um pintor que me emociona a ponto de chorar. Nenhum outro faz isso. Eu chorei quando vi Jeanne Samary em Amsterdam. E chorei igual criancinha quando vi "As duas irmãs (No terraço)" dele. O jeito que ele pinta, as cores, os movimentos. Renoir é o pintor que eu vejo a poesia toda na obra dele, e toca meu coração profundamente. Era esse aqui:


Eu poderia comentar os outros quadros, mas só esse já tinha me valido a visita. Renoir, obrigado por existir! Um dia ainda gostaria de ter um talento único como o seu.

De lá, fomos tomar um Starbucks. Fui mal atendido e ganhei um "vale segunda bebida". Ah se a mania pega no Brasil, hehe. Dei pra Dê, que fez bom uso.



Fomos então para a Willis Tower. Pegamos o elevador (mais de CEM andares!) e depois de passar pela segurança, vimos um filminho que contava um pouco a história da cidade e de lá, enfim, o Skydeck.

Eu já estive em lugares altos. Mas aquele era nada menos que um dos prédios mais altos do mundo e... Eu estava no topo. Primeiro é a vista: muito ampla. E como ela é acima do topo dos prédios, os prédios ficam pequenos.

E, normalmente quando agente sobe num prédio comum de 20, 30 andares as pessoas parecem formiguinhas lá de cima. Mas acima dos cem andares, simplesmente você não vê pessoas! Tudo parece de brinquedo com carrinhos de controle remoto Hot Wheels. Tudo é incrivelmente minúsculo!

Indo pra lá eu tirei foto dessa escultura vermelha, perto da Willis Tower:


E, lá de cima, vi a mesma escultura vermelha. Ela ficou desse tamanho com a minha lente 70-300mm no zoom máximo! Lembrando que com essa camera eu consigo mostrar até o coelhinho na Lua:


Enfim, é como estar no topo do céu. Lá no local tinha uns murais com a história de Chicago (o que é muito interessante!) e uma lojinha de traquitanas.

Porém ainda faltava algo. O temível Skydeck. Isso nada mais é do que um vidro que transcende os limites do edifício. E dá pra andar nele! E tirar fotos. Até deitar. OU MESMO PULAR IGUAL UNS MOLEQUES SEM NOÇÃO FAZIAM.


Mas calma, não quebra. A sensação de você estar num dos locais mais altos do mundo e pisar num negócio dele, pra um cara como eu que tem medo de altura foi mil vezes pior que ir naquela roda gigante com a trava vagabunda. Cagaço!

Ainda foi foi único. Tinha uma mexicana peituda na frente que ficou mó cara com os pais posando. Quando chegou a nossa, foi difícil tirar fotos pelo medo! Mas mesmo assim, único. À noite, mais lindo ainda. Ficamos até umas 20h30 na Willis Tower e quando descemos, no meio do Loop, o centro econômico de Chicago... Estava tudo deserto e fechado.


Pra quem mora em São Paulo e está acostumado com quase tudo 24h, ou ao menos aberto até umas 22h... Foi surpreendente ver uma cidade como Chicago toda fechada, silenciosa e sem ninguém na rua depois das 20h da noite.

Como disse meu primo: "É Nova Iorque que não dorme, não Chicago! Em Chicago, se dorme!".



Fomos pra estação mais próxima e descemos em Fullerton. Comemos Dunkin' Donuts e voltamos para o Hostel. No meio tempo comi um hotdog fuleiro de um indiano 24h. Aqueles salsicha verde mizera mesmo. Eu ainda me pergunto como eu sobrevivi.

E depois vimos que o McDonald's da Fullerton Avenue era vinte e quatro horas. Da próxima vez vou lembrar disso!

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