Analisando a técnica.

Ontem postei aqui uma outra arte.

Depois que passei o verniz fiquei analisando a minha técnica como mudou com o tempo. A primeira das deusas que eu fiz foi a Athena:


A Gabi, uma amiga minha na época que viu o desenho lembro que ela comentou que estava muito suave a trasição dos planos, parecia quase que um sfumato. Essa primeira pintura foi a primeira vez que tinha me aventurado no pastel seco.

Lembro de ter mostrado para uma das minhas amadas mestras, a professora Dagmar, e o comentário dela foi que eu não usei a real técnica do pastel seco. Disse que era errado eu passar no dedo e depois passar na pintura, pois o esquema era usar camadas.

Basicamente a gente tem lá um estojo com 12 cores de pastel seco, por exemplo. Se usarmos apenas aquela paleta de cores ficaríamos extremamente limitados. Todo pigmento ele só existe com camadas ou misturas.

E isso faltou bastante. Dá pra ver aqui:


Por outro lado, o único lugar que minha professora elogiou foi a parte do cabelo. Ela disse que eu devia arriscar mais, misturar os tons diretamente no papel, usar bastante o blending (borrar), inclusive nas partes mais claras.


Ontem fiquei analisando a minha Hestia que finalizei. 

Pra quem não viu ainda, é essa aqui:


Eu lembro que no começo eu tinha muito receio de escurecer a pintura com o método que a professora indicou na época. E, de fato, pintura no pastel é ao contrário de outras técnicas, primeiro você trabalha o tom claro e vai escurecendo. E saber usar o branco faz toda a diferença.

Eu poderia citar qualquer ponto do desenho aqui, mas vou citar o cabelo, já que a Dagmar elogiou tanto o cabelo na Athena sem sal acima.


O branco está lá para pegar um pouquinho do tom abaixo dele e realçar. E como cabelo tem essa característica de refletir meio que como uma linha, fiz desse jeito.

Eu poderia ter usado o marrom direto, mas a modelo tinha um cabelo um pouco claro, puxado pro castanho médio. Ficou até meio ruivo com a camada de vermelho e amarelo que passei por cima, mas mesmo assim gostei do resultado final. Não ficou ruivona, claro.


Por fim, eu adoro fazer céu. Nuvens eu ainda estou aprendendo, mas acho que estou chegando lá. A ideia era fazer o sol se pondo sobre uma vegetação atrás dela, por isso os tons vindo do branco, passando pelo amarelo, vermelho, azul, lilás e... Preto. Céu é muito gostoso de se fazer, eu gosto de dar uma viajadas nele (só ver as minhas outras pinturas pra entender do que estou falando).

Bom, a imagem fala por si só. =)

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