Doppelgänger - #83 - Jack Doe, o fanfarrão.
12h46
Fareed Mohammad Al Abed era um fanfarrão, como Agatha imaginara. Ele havia acabado de entrar numa espécie de bordel discreto no bairro do Soho, em Londres. E claro que era onde estavam as garotas de programa mais caras, um luxo que o tal árabe não abria mão.
Pontualmente ás 13h todos nós vamos ter que abordá-los. Porque será que nesse horário? O que será que o Al está pensando?, se perguntava Agatha.
Mas ordens, eram ordens.
Invadiu o local calmamente pela porta dos fundos, onde outras garotas também entravam. Elas entravam com roupas comuns, e como Agatha era bem atraente, não precisou de muito pra passar pelos muitos seguranças do tal milionário no local. Uma vez dentro não demorou muito para se enturmar com as outras garotas de programa.
"Quer dizer que tem um ricão hoje aqui?", perguntou Agatha a uma das prostitutas.
"Sim. Ele está lá em cima. Ele volta e meia vem aqui pra 'descarregar' o estresse. Suíte presidencial número 3", disse Agatha.
Tá fácil demais isso... Mas vamos lá, pensou Agatha enquanto subia calmamente e se colocava na frente da porta onde um imenso número 3 estava fixado na porta. Os gemidos eram bem altos.
It's show time!, pensou, antes de girar a maçaneta. O relógio marcava 13h00.
O local estava numa meia penumbra. Na cama circular estava o Fareed, tão concentrado no sexo que sequer viu Agatha entrando pela porta. Ela acendeu a luz e só aí eles se ligaram que havia uma outra mulher, com uma pistola apontada pra ele.
"Desculpa aí interromper vocês. Mas achei que iam no mínimo se ligar que eu estava aqui", disse Agatha.
"E quem diabos é você? Quem acha que é pra invadir o quarto assim?", disse Fareed, brabo.
"Você, e você", disse Agatha, apontando pras duas garotas de programa, "Entrem no banheiro e se tranquem lá. Vou ter uma conversinha com esse aqui".
As duas sem hesitar foram, ainda nuas.
"Senhor Fareed, muito prazer, eu sou Agatha e sou uma agente da Interpol. Gostaria de fazer algumas perguntas pro senhor, e gostaria que o senhor respondesse de maneira franca", disse Agatha.
"Ora sua... Não acredito! Interpol? Porque raios você está aqui?", perguntou Fareed.
"Sabemos quem você é. Você é um dos 'Doe', os executivos a serviço de Arthur Blain, que estão controlando a economia mundial causando terrorismo econômico", disse Agatha.
Nessa hora o árabe ficou pálido.
"Bem que o Ar alertou que viriam atrás de nós. Mas escute bem, não vai conseguir arrancar nada de mim. Nada. Eu estou onde estou graças ao Ar, e agora que cheguei no topo, não irei tão fácil me render, sua vaca", disse o árabe.
Ai, ai... Esse pelo visto não vai ser tão fácil. Bem que tava muito fácil chegar aqui..., pensou Agatha.
Ela deu um salto e ficou na frente do cara, pegou firme nos testítulos dele, apertando. O homem gemia como um urso de dor.
"Escuta aqui seu filho da puta, se você não falar logo eu vou estourar seus miolos e suas bolas. Tô pouco me fudendo de você ficar me xingando de vaca ou do que for, mas eu não tenho o dia todo e quero terminar logo essa merda porque tô de saco cheio. Começa primeiro dizendo onde está o Ar, depois me diga como vocês agem, e qualquer coisa que me seja útil", disse Agatha.
Ela soltou os testítulos dele depois. Ouvira falar que realmente doía muito, ao ponto do homem sequer conseguir falar. Talvez seria interessante dar uma oportunidade dele tomar um pouco de ar.
Fareed se ergueu e, mancando foi até sua pasta. Nessa hora, as garotas de programa abriram um pouco a porta e olharam, e Agatha viu. Nessa hora ela apontou a arma.
"Melhor ficarem trancadas aí. Na próxima não vai ser ameaça, vou deixar um furo nesse silicone de vocês com essa arma!", realmente Agatha tava sem paciência.
O árabe tirou um cartão. Tinha o nome "Arthur Blain". E inclusive um endereço. E em letras garrafais: Vanitas, Inc.
Parece piada, pensou Agatha.
"Nós somos apenas meros peões do Ar, vocês sabem", disse Fareed enquanto colocava suas roupas. Seu pênis já estava totalmente flácido e ele tinha perdido todo o tesão, "Mas o Ar vê tudo e sabe de tudo. Ele deve estar nos vendo agora, e com certeza eu não vou continuar muito tempo vivo depois".
"O que você quer dizer com isso?", disse Agatha.
A barriga do árabe era bem grande. Foi difícil colocar as calças.
"Nós somos apenas crianças que recebem os brinquedos pra brincar, sabe? Tem dezenas de nós por aí. E nós, bem, só queremos mesmo mais e mais dinheiro e danem-se todos. Nosso brinquedo é o dinheiro. E quem nos dá o dinheiro, é o próprio Ar. E como ele mesmo disse, pode nos eliminar e acabar com todas as pistas em um piscar de olhos. Ele tem agentes em todos os cantos, é impossível fugir do cara!", disse Fareed.
De fato. A morte de Saunders exemplifica bem o alcance de Ar.
"E porque você tá me contando isso? Dá pra ver que a sua lealdade não é uma coisa tão firme com o Ar", disse Agatha.
Fareed riu alto.
"Fidelidade? HAHAHA! Eu tô pouco me fudendo pra aquele moleque. Pessoas podem falar o que quiserem, mas mesmo correndo o perigo de vida que nós corremos, todos gostariam de ser ricos também. A gente pode manter nossos negócios, manipular outras empresas menores, controlar o valor do petróleo, commodities, juros, tudo isso está nas nossas mãos. Só temos mesmo que seguir o que o Ar fala, fazer as coisas que ele diz, e até que nós não sejamos descobertos tá tudo bem. Fiquei até surpreso de você me achar!", disse Fareed.
Agatha não deixava de apontar a pistola pra ele. Qualquer movimento, ela atiraria.
"Interessante. Então é o Ar que dá as instruções. Mas fiquei surpresa. Então vocês não são um clubinho de alta fidelidade entre vocês. Mas porque raios ele faz isso tudo?", perguntou Agatha.
"Isso francamente eu não sei. E nem quero saber", disse Fareed, terminando de colocar a roupa e abrindo a pasta, "Mas escuta, podemos negociar", ele disse, virando a pasta aberta pra Agatha.
Haviam muitos calhamaços de notas de libras esterlinas. Muito dinheiro mesmo.
"Quanto quer pelo seu silêncio? Se voltar pros seus chefes e dizer que não conseguiu entrar aqui e inventar uma desculpa vou sair ileso e você bem rica. E claro que tem muito mais da onde veio esse", disse Fareed.
Fareed Mohammad Al Abed era um fanfarrão, como Agatha imaginara. Ele havia acabado de entrar numa espécie de bordel discreto no bairro do Soho, em Londres. E claro que era onde estavam as garotas de programa mais caras, um luxo que o tal árabe não abria mão.
Pontualmente ás 13h todos nós vamos ter que abordá-los. Porque será que nesse horário? O que será que o Al está pensando?, se perguntava Agatha.
Mas ordens, eram ordens.
Invadiu o local calmamente pela porta dos fundos, onde outras garotas também entravam. Elas entravam com roupas comuns, e como Agatha era bem atraente, não precisou de muito pra passar pelos muitos seguranças do tal milionário no local. Uma vez dentro não demorou muito para se enturmar com as outras garotas de programa.
"Quer dizer que tem um ricão hoje aqui?", perguntou Agatha a uma das prostitutas.
"Sim. Ele está lá em cima. Ele volta e meia vem aqui pra 'descarregar' o estresse. Suíte presidencial número 3", disse Agatha.
Tá fácil demais isso... Mas vamos lá, pensou Agatha enquanto subia calmamente e se colocava na frente da porta onde um imenso número 3 estava fixado na porta. Os gemidos eram bem altos.
It's show time!, pensou, antes de girar a maçaneta. O relógio marcava 13h00.
O local estava numa meia penumbra. Na cama circular estava o Fareed, tão concentrado no sexo que sequer viu Agatha entrando pela porta. Ela acendeu a luz e só aí eles se ligaram que havia uma outra mulher, com uma pistola apontada pra ele.
"Desculpa aí interromper vocês. Mas achei que iam no mínimo se ligar que eu estava aqui", disse Agatha.
"E quem diabos é você? Quem acha que é pra invadir o quarto assim?", disse Fareed, brabo.
"Você, e você", disse Agatha, apontando pras duas garotas de programa, "Entrem no banheiro e se tranquem lá. Vou ter uma conversinha com esse aqui".
As duas sem hesitar foram, ainda nuas.
"Senhor Fareed, muito prazer, eu sou Agatha e sou uma agente da Interpol. Gostaria de fazer algumas perguntas pro senhor, e gostaria que o senhor respondesse de maneira franca", disse Agatha.
"Ora sua... Não acredito! Interpol? Porque raios você está aqui?", perguntou Fareed.
"Sabemos quem você é. Você é um dos 'Doe', os executivos a serviço de Arthur Blain, que estão controlando a economia mundial causando terrorismo econômico", disse Agatha.
Nessa hora o árabe ficou pálido.
"Bem que o Ar alertou que viriam atrás de nós. Mas escute bem, não vai conseguir arrancar nada de mim. Nada. Eu estou onde estou graças ao Ar, e agora que cheguei no topo, não irei tão fácil me render, sua vaca", disse o árabe.
Ai, ai... Esse pelo visto não vai ser tão fácil. Bem que tava muito fácil chegar aqui..., pensou Agatha.
Ela deu um salto e ficou na frente do cara, pegou firme nos testítulos dele, apertando. O homem gemia como um urso de dor.
"Escuta aqui seu filho da puta, se você não falar logo eu vou estourar seus miolos e suas bolas. Tô pouco me fudendo de você ficar me xingando de vaca ou do que for, mas eu não tenho o dia todo e quero terminar logo essa merda porque tô de saco cheio. Começa primeiro dizendo onde está o Ar, depois me diga como vocês agem, e qualquer coisa que me seja útil", disse Agatha.
Ela soltou os testítulos dele depois. Ouvira falar que realmente doía muito, ao ponto do homem sequer conseguir falar. Talvez seria interessante dar uma oportunidade dele tomar um pouco de ar.
Fareed se ergueu e, mancando foi até sua pasta. Nessa hora, as garotas de programa abriram um pouco a porta e olharam, e Agatha viu. Nessa hora ela apontou a arma.
"Melhor ficarem trancadas aí. Na próxima não vai ser ameaça, vou deixar um furo nesse silicone de vocês com essa arma!", realmente Agatha tava sem paciência.
O árabe tirou um cartão. Tinha o nome "Arthur Blain". E inclusive um endereço. E em letras garrafais: Vanitas, Inc.
Parece piada, pensou Agatha.
"Nós somos apenas meros peões do Ar, vocês sabem", disse Fareed enquanto colocava suas roupas. Seu pênis já estava totalmente flácido e ele tinha perdido todo o tesão, "Mas o Ar vê tudo e sabe de tudo. Ele deve estar nos vendo agora, e com certeza eu não vou continuar muito tempo vivo depois".
"O que você quer dizer com isso?", disse Agatha.
A barriga do árabe era bem grande. Foi difícil colocar as calças.
"Nós somos apenas crianças que recebem os brinquedos pra brincar, sabe? Tem dezenas de nós por aí. E nós, bem, só queremos mesmo mais e mais dinheiro e danem-se todos. Nosso brinquedo é o dinheiro. E quem nos dá o dinheiro, é o próprio Ar. E como ele mesmo disse, pode nos eliminar e acabar com todas as pistas em um piscar de olhos. Ele tem agentes em todos os cantos, é impossível fugir do cara!", disse Fareed.
De fato. A morte de Saunders exemplifica bem o alcance de Ar.
"E porque você tá me contando isso? Dá pra ver que a sua lealdade não é uma coisa tão firme com o Ar", disse Agatha.
Fareed riu alto.
"Fidelidade? HAHAHA! Eu tô pouco me fudendo pra aquele moleque. Pessoas podem falar o que quiserem, mas mesmo correndo o perigo de vida que nós corremos, todos gostariam de ser ricos também. A gente pode manter nossos negócios, manipular outras empresas menores, controlar o valor do petróleo, commodities, juros, tudo isso está nas nossas mãos. Só temos mesmo que seguir o que o Ar fala, fazer as coisas que ele diz, e até que nós não sejamos descobertos tá tudo bem. Fiquei até surpreso de você me achar!", disse Fareed.
Agatha não deixava de apontar a pistola pra ele. Qualquer movimento, ela atiraria.
"Interessante. Então é o Ar que dá as instruções. Mas fiquei surpresa. Então vocês não são um clubinho de alta fidelidade entre vocês. Mas porque raios ele faz isso tudo?", perguntou Agatha.
"Isso francamente eu não sei. E nem quero saber", disse Fareed, terminando de colocar a roupa e abrindo a pasta, "Mas escuta, podemos negociar", ele disse, virando a pasta aberta pra Agatha.
Haviam muitos calhamaços de notas de libras esterlinas. Muito dinheiro mesmo.
"Quanto quer pelo seu silêncio? Se voltar pros seus chefes e dizer que não conseguiu entrar aqui e inventar uma desculpa vou sair ileso e você bem rica. E claro que tem muito mais da onde veio esse", disse Fareed.
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