Doppelgänger - #85 - David Frost entra em cena.
Antes de avançar nessa história, vamos apresentar mais uma pessoa.
Um jovem jornalista olhava pela janela do seu prédio a imensa estação King's Cross St Pancras.
Pessoas de um lado. Pessoas de outro. Que saco..., pensava o jornalista.
David Frost estava em sua pequena bancada tomando um café amargo enquanto tinha alguns textos ainda para revisar. Tinha seus trinta anos, havia se formado há pouco tempo em jornalismo, com louvor, mas sua vida era um imenso tédio.
Acordava, tomava um banho, se masturbava, tomava um café a caminho do trabalho, trabalhava, tomava café, trabalhava, tomava café, trabalhava, tomava café, voltava pra casa, bebia uma cerveja num pub, ia pra casa encontrar Justine, seu esposa, tomava um banho, deitava ao lado da esposa, faziam sexo, e dormiam. Era um daqueles casais ingleses que não queriam ter filhos - muito mal visto por parte do governo inglês que incentivava a procriação.
Além de tudo, seu nome era dividido com um outro famoso jornalista e apresentador inglês - e isso era motivo de muito sarro dos seus colegas de trabalho, que sempre perguntavam a ele: "E aí Frost? Como tá o Nixon?" ou "Frost! Quando vai rolar uma festinha daquelas pra nos chamar?", citando as famosas festas que o famoso David Frost organizava.
O Frost dessa estória queria algo a mais. Queria viver uma vida perigosa de jornalista. Exatamente como ele via na sua infância em Tintin. Queria andar pelo mundo, desmascarar o Rastapopoulos e ir pra Lua junto do Professor Girassol e o Haddock. Trabalhar numa redação chata do The Guardian era um saco. Mas era o que tinha, e dava até um prestígio até.
E sua esposa era bem bonita. Justine Frost era vendedora de arte. Ele brincava muito que tinha sido ela que havia pegado ele. Nem ele acreditava que uma mulher como Justine estivesse dando mole pra ele. Ele não era feio, mas também não era bonito. Era a beleza britânica masculina padrão.
"Ei, Frost. Frost! Frost!!", disse o seu colega de trabalho, na sua frente.
Frost estava com o pensamento longe olhando pra tela do PC. Depois do colega chamar sua atenção, ele respondeu.
"Telefone pra você", apontou o telefone.
"Ah, pode passar. Desculpe", disse Frost.
O telefone tocou duas vezes. Uma voz feminina estava do outro lado.
"Senhor Frost?", disse a voz feminina.
"Sim, sou eu. Pois não?", perguntou Frost.
"Essa ligação está sendo monitorada?", perguntou a voz feminina.
Nessa hora Frost parecia ter descongelado. Isso significava talvez uma coisa nova e boa chegando!
"Não, não está. Em que posso ajudá-la?", Frost estava completamente atento. Todo o tédio parecia ter sumido.
"Aqui quem fala é Briegel. B-R-I-E-G-E-L. Sou uma agente aposentada da Interpol, e gostaria de saber se você tem interesse em um grande furo de reportagem", disse Natalya Briegel.
Os olhos de Frost se arregalaram.
Aquela era a chance da vida dele!
- - - - - -
13h00
Queen Mary's Garden, Regent's Park
A entrada do Regent Park tem um mapa enorme na sua porta. De acordo com os dados de Neige, um dos Doe estaria nesse parque, tomando como base a localização do GPS do seu celular. Tudo hackeado de maneira ilegal por Neige, é claro.
Posicionando o mapa da localização Al viu logo no mapa da entrada do parque que deveria ser no Queen Mary's Garden, dentro do Regent's Park. Ao chegar no local estava praticamente deserto. Havia apenas um homem, fumando, vestindo um imenso sobretudo e olhando pro chão. Tinha olheiras, e parecia saído de um filme como Wall Street.
"Presumo que o senhor seja o famoso John Doe", disse Al.
John Doe virou seu rosto. Estava sozinho, sem segurança nenhum, muito fácil de alcançar no famoso Regent's Park em Londres. Seu rosto mostrou uma certa surpresa, mas ao ver Al, ele parecia que estava de alguma forma preparado para esse encontro.
"Ou será que devo chama-lo de senhor Andrada?", disse Al.
O homem sorriu em confirmação. Virou pra Al, deu alguns passos e parou de frente pra ele.
"E você deve ser o famoso Al", disse Andrada.
Nessa hora Al ficou pasmo. Aquele homem sabia quem ele era.
Um jovem jornalista olhava pela janela do seu prédio a imensa estação King's Cross St Pancras.
Pessoas de um lado. Pessoas de outro. Que saco..., pensava o jornalista.
David Frost estava em sua pequena bancada tomando um café amargo enquanto tinha alguns textos ainda para revisar. Tinha seus trinta anos, havia se formado há pouco tempo em jornalismo, com louvor, mas sua vida era um imenso tédio.
Acordava, tomava um banho, se masturbava, tomava um café a caminho do trabalho, trabalhava, tomava café, trabalhava, tomava café, trabalhava, tomava café, voltava pra casa, bebia uma cerveja num pub, ia pra casa encontrar Justine, seu esposa, tomava um banho, deitava ao lado da esposa, faziam sexo, e dormiam. Era um daqueles casais ingleses que não queriam ter filhos - muito mal visto por parte do governo inglês que incentivava a procriação.
Além de tudo, seu nome era dividido com um outro famoso jornalista e apresentador inglês - e isso era motivo de muito sarro dos seus colegas de trabalho, que sempre perguntavam a ele: "E aí Frost? Como tá o Nixon?" ou "Frost! Quando vai rolar uma festinha daquelas pra nos chamar?", citando as famosas festas que o famoso David Frost organizava.
O Frost dessa estória queria algo a mais. Queria viver uma vida perigosa de jornalista. Exatamente como ele via na sua infância em Tintin. Queria andar pelo mundo, desmascarar o Rastapopoulos e ir pra Lua junto do Professor Girassol e o Haddock. Trabalhar numa redação chata do The Guardian era um saco. Mas era o que tinha, e dava até um prestígio até.
E sua esposa era bem bonita. Justine Frost era vendedora de arte. Ele brincava muito que tinha sido ela que havia pegado ele. Nem ele acreditava que uma mulher como Justine estivesse dando mole pra ele. Ele não era feio, mas também não era bonito. Era a beleza britânica masculina padrão.
"Ei, Frost. Frost! Frost!!", disse o seu colega de trabalho, na sua frente.
Frost estava com o pensamento longe olhando pra tela do PC. Depois do colega chamar sua atenção, ele respondeu.
"Telefone pra você", apontou o telefone.
"Ah, pode passar. Desculpe", disse Frost.
O telefone tocou duas vezes. Uma voz feminina estava do outro lado.
"Senhor Frost?", disse a voz feminina.
"Sim, sou eu. Pois não?", perguntou Frost.
"Essa ligação está sendo monitorada?", perguntou a voz feminina.
Nessa hora Frost parecia ter descongelado. Isso significava talvez uma coisa nova e boa chegando!
"Não, não está. Em que posso ajudá-la?", Frost estava completamente atento. Todo o tédio parecia ter sumido.
"Aqui quem fala é Briegel. B-R-I-E-G-E-L. Sou uma agente aposentada da Interpol, e gostaria de saber se você tem interesse em um grande furo de reportagem", disse Natalya Briegel.
Os olhos de Frost se arregalaram.
Aquela era a chance da vida dele!
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13h00
Queen Mary's Garden, Regent's Park
A entrada do Regent Park tem um mapa enorme na sua porta. De acordo com os dados de Neige, um dos Doe estaria nesse parque, tomando como base a localização do GPS do seu celular. Tudo hackeado de maneira ilegal por Neige, é claro.
Posicionando o mapa da localização Al viu logo no mapa da entrada do parque que deveria ser no Queen Mary's Garden, dentro do Regent's Park. Ao chegar no local estava praticamente deserto. Havia apenas um homem, fumando, vestindo um imenso sobretudo e olhando pro chão. Tinha olheiras, e parecia saído de um filme como Wall Street.
"Presumo que o senhor seja o famoso John Doe", disse Al.
John Doe virou seu rosto. Estava sozinho, sem segurança nenhum, muito fácil de alcançar no famoso Regent's Park em Londres. Seu rosto mostrou uma certa surpresa, mas ao ver Al, ele parecia que estava de alguma forma preparado para esse encontro.
"Ou será que devo chama-lo de senhor Andrada?", disse Al.
O homem sorriu em confirmação. Virou pra Al, deu alguns passos e parou de frente pra ele.
"E você deve ser o famoso Al", disse Andrada.
Nessa hora Al ficou pasmo. Aquele homem sabia quem ele era.
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