HIStory: Past, present and future - Book I (1995)


Chegamos em 1995! E meu álbum favorito. Nada menos que HIStory: Past, present and future - Book I, ou para os íntimos, apenas HIStory. Sai Teddy Riley da produção e entra, entre outras pessoas, Jimmy Jam e Terry Lewis (da produtora Flyte Tyme), e R. Kelly. Três grandes calibres da música pop e R&B.

Junto de Michael, esse time de produtores criaram algo digno do nome "HIStory", mesmo que o álbum não seja lá muito da preferência dos fãs em geral. HIStory vendeu nada menos que 30 milhões de cópias, e considerando que ele é um disco duplo, é o único álbum que chegou na marca de Thriller, com 60 milhões de cópias de unidades. É histórico mesmo.

Existem milhões de motivos pra eu curtir esse álbum. O primeiro é que é o trabalho mais autêntico de Michael. Parece mesmo uma viagem no tempo, pois aqui temos um Michael recém-saído das acusações de abuso de menores de 1993. Que embora muita gente não saiba da real, o garoto nunca conseguiu provar que havia sido realmente abusado. Parece que quando você é abusado, você tem que dar queixa e descrever traços do corpo da pessoa, etc, coisas que ficam gravadas na mente do abusado. E o garoto não conseguiu e o processo estava indo pro perjúrio, isso é, acusação falsa. Michael fez um acordo extrajudicial pagando uma quantia enorme pra família do garoto retirar a acusação (que estava totalmente favorável ao Michael e seus advogados) e pagou uma enorme quantia para a família, porém a mídia sempre podre disse que Michael fez isso para se safar da acusação, queimando pra sempre sua reputação.

E o álbum claramente mostra essa revolta, por isso é o álbum que talvez mais chegue próximo e descreva quem é Michael Jackson e também toda sua história em forma de música. Os temas são os mais variados, desde ele viver na câmara de oxigênio, comprar os ossos do Homem Elefante, homossexualidade, e outras alegações. O álbum é cheio de músicas com referências a intolerância, guerras, violência, solidão e, é claro, tabloides. Mas isso não tira a qualidade musical incrível dele. É uma jóia rara, cheia de personalidade.


Outro fato que eu gosto bastante é o livreto dentro do álbum. Em tempos de iTunes vendendo MP3, é bem triste perder uma arte física tão bonita. O livreto é bem grande, e não é por conter todas as letras de um álbum duplo. Na verdade, contém apenas umas três letras de músicas. O que se vê mesmo são diversas fotos e uma diagramação incrivelmente fudida (vide acima duas páginas).

Achei um site com várias páginas do livreto online. Vale dar uma olhada, mesmo. Parece um livro da história do próprio Michael até 1995. Entre os agradecimentos do Michael, logo na primeira página, temos uma gratidão especial que ele expressa ao Quincy Jones e Diana Ross, os que mostraram o caminho entre as pedras ao Michael:


Gosto MUITO dessa foto com o Quincy (acima, à esquerda). Mostra um Michael jovem, inocente, abismado ao ouvir seu trabalho num tempo distante. Foto de 1984! Era um moleque ainda. Tem agradecimentos ao Berry Gordy, chefão da Motown também.

O álbum tem dois discos. O primeiro disco é chamado de HIStory Begins que é um álbum de greatest hits, contendo trabalhos de Off the wall (Don't stop 'til you get enough, Rock with you, She's out of my life), Thriller (Billie Jean, Thriller, Beat it, The girl is mine, Wanna be startin' somethin'), Bad (Bad, The way you make me feel, I just can't stop loving you, Man in the mirror), e Dangerous (Black or White, Remember the time, Heal the world).

Esses greatest hits foram lançados separadamente também no álbum Greatest Hits: HIStory.


Já o segundo álbum é todo de material novo, chamado HIStory continues. Será esse segundo disco apenas que irei analisar aqui, de material inédito, obviamente. HIStory é apimentado, cheio de palavrões, revolta, críticas à mídia, enfim, é um álbum mais sombrio do Michael e ao mesmo tempo o que mais tem personalidade. Teve uma turnê, a HIStory World Tour que não veio pro Brasil. Porém, Michael, como um amante do nosso país, gravou aqui um clipe exclusivo, o "They don't care about us".

E ter um clipe só nosso é muito mais legal!! Chupa, mundo!!

1 - Scream (James Harris III, Terry Lewis, Michael Jackson, Janet Jackson) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Dueto com sua irmã caçula, Janet Jackson! A Janet já bombava nessa época também, e é um dueto simplesmente perfeito. O álbum tem muita personalidade, e ele já começa com tudo, com uma canção cuja letra fala sobre a cobertura da mídia e os ataques contra Michael Jackson nas acusações de abuso de 1993. Pelo tom da música, pelos gritos, a gente percebe toda a fúria de Michael logo no verso inicial: "Kicking me down, I got to get up, as jacked as it sounds, the whole system sucks, damnit!"


O clipe acima ganhou Grammy de melhor videoclipe, e custou a bagatela de US$7 milhões (ajustados na inflação de hoje, o valor iria pra 11 milhões) deixando-o como o clipe mais caro feito na história. Não se engane por ser preto-e-branco, tem muitos efeitos especiais que até hoje filmes pelejam pra conseguir igual. E já passaram vinte anos! A Janet está sensacional, acho que ela está bem mais explícita que o Michael, provocativa, mexendo nos peitos, mostrando o dedo do meio. Acho que era a forma dela de mostrar que não era mais a "bonequinha" da família Jackson, que era mulher crescida e uma cantora fudida como o irmão.


Dentro do livreto tem uma obra do pintor Gottfried Helnwein chamada "Das Lied" (A canção) que mostra uma criança gritando olhando pra cima (acima), vestindo apenas roupas íntimas e ao lado a letra de Scream. Bem chocante pra época, mostrando que o Michael havia amadurecido, e não era mais o garoto daquelas baladas dos anos oitenta. Ficou bem chocante. E estamos só na primeira faixa.

2 - They don't care about us (Michael Jackson) :: Link para ouvir na Rádio UOL
"Maicou, eles não ligam pra xenti!". Hahaha! O início do clipe é inesquecível. Eu adoro essa música. É quase um hino contra injustiças sociais no mundo, sobre as pessoas que sofrem discriminação, imperialismo dos países de primeiro mundo, pobreza, enfim. Teve uns grupos antissemitas que forçaram o Michael regravar a música pois se sentiram citados, mas tirando isso a música é quase um hino a favor dos protestos e de quem não é ouvido na sociedade. É quase um rap, com diversas palavras falando sobre os temas mencionados, e depois o refrão chiclete: "All I wanna say is that, they don't care about us".


Outra música com muita personalidade. Bom, nem preciso dizer que foi algo no mínimo marcante a passagem de MJ no Brasil. Justo na época em que o Rio estava tentando vaga pra sediar as Olimpíadas de 2004, Michael fez um clipe justo no Pelourinho com o Olodum e na favela Dona Marta no Rio de Janeiro, com direito a um exército de policiais. Bom, foi esperto, pois se fosse na Lagoa Rodrigo de Freitas ele seria esfaqueado (nossa, essa foi péssima...). Mas vendo o clipe não é que o cara se divertiu no final das contas? Hehe. Legal a tiazinha pulando querendo abraçar o Michael. Tem outra versão do clipe, a famosa (e censurada) versão da prisão. É bem mais sombria e tensa que essa do Brasil que era só festa, mas vale ver também. Michael nos fazendo pensar. Interessante.

3 - Stranger in Moscow (Michael Jackson) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Uau. Eu adoro essa música também (e estamos na faixa três ainda). A letra dela, tomando no sentido literal, fala sobre solidão e o climão da Rússia pós-Perestroika (queda da URSS), mas existe muita coisa nas entrelinhas. Michael revelou que essa canção foi criada como um poema por ele querendo mostrar o limbo que a mídia o jogou depois de tanta coisa que inventaram dele. Incluindo as diversas drogas que ele começou a usar por conta de depressão desencadeada. Isso é bem evidenciado nos versos: "I was wandering in the rain, mask of life, feelin' insane. Swift and sudden fall from grace. Sunny days seem far away". Que letra magnífica, né?


O refrão é um "How does it feel" super melancólico e triste. No final da música tem uma fala em russo: "Porque você veio para o oriente? Confesse! Para roubar as grandes conquistas do Povo, as conquistas do proletariado...". É de acordo com Rod Temperton a melhor música escrita pelo Michael. O clipe é bacana também, de novo tudo em preto-e-branco, foco na melancolia, tristeza, tudo em câmera lenta e a poética chuva do final. Lindo.

4 - This time around (Michael Jackson, Dallas Austin, Bruce Swedien, René Moore) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Hora dos palavrões, tirem as crianças da sala, caralho! Um desabafo do Michael em ser usado como fábrica de lucros pra Sony e como é ruim ser uma pessoa famosa. Interessante que a música fala sobre algo dele estar sendo acusado injustamente (que deve ser claramente a polêmica das acusações de 1993). O Rap no centro sensacional, apresentado por Notorious B.I.G., o rapper. Gosto muito do refrão, a batida é muito boa, a música mantém um padrão que não se repete, enfim. Faltou só clipe!

5 - Earth Song (Michael Jackson) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Na época do Dangerous era Heal the World, tudo bonitinho, crianças dando as mãos, mas agora vamos falar da preocupação ecológica que Michael sempre teve em um clipe e canção igualmente chocantes. A música é muito bem estruturada, com versos falando sobre o que fizemos com o mundo, numa visão pós-apocalíptica. O refrão é simplesmente genial, pois é um "A-hahhhhhhh, U-huuuuuuu!" com muito ritmo e entoação, como se fosse o "grito da Terra morrendo".  E não ficou chato, nem parece feito nas coxas. E vai ficando cada vez mais grave e com ritmo o grito, especialmente depois do meio, é algo genial de se ouvir. Aos 4m20 começa um ritmo mais frenético com um coral de "What about us" chamando a atenção para o que estamos fazendo destruindo o planeta. E termina com mais do refrão de "A-hahhhh, U-huuuuuu". Mistura perfeita de gospel, blues e opera.


O clipe é uma obra com fotografia deslumbrante. Igualmente chocante igual ao resto do álbum. Se Michael queria ser "Bad", pois que tivesse lançado esse álbum com esse nome, porque realmente ele é malvado. Mostra a destruição do meio ambiente em quatro locais. O primeiro é Brasil, na nossa Amazônia, com índios de verdade (não eram atores). Segundo é uma zona de guerra na Croácia. O terceiro é na Tanzânia com caça ilegal de animais (porém nenhum animal foi ferido na filmagem do clipe. Os animais sendo mortos são de outros documentários) e por fim, Nova Iorque, com a queimada de um campo de milho. O clipe é uma obra sensacional, chocante e vibrante. Tirando a foca aos 3m17s. Me dá náuseas até hoje. Que dó.

6 - D.S. (Michael Jackson) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Seria massa ser imortalizado numa canção do Michael. Exceto se você for Tom Sneddon, o tiozinho que junto com Tommy Motolla (o carrasco dono da Sony, marido da Thalia) são pessoas que o Michael ensinou a nós, seus fãs, a odiar. A música fala de um cara frio chamado Dom Sheldon, quando na verdade é super claro que no refrão Michael fala muitas vezes "Tom Sneddon" mesmo, numa crítica a esse ser: "I bet he never had a social life anyway, you think he brother with the KKK. I bet his mother never taught him right anyway".

Mas quem diabos é Tom Sneddon, tio Alain? Tom Sneddon foi o promotor de Santa Barbara que começou toda a investigação contra Michael em 1993, alimentando a mídia com mentiras, inclusive foi o que fez o baculejo (strip search) em Michael. Não sabe o que é baculejo? Basicamente tirar sua roupa e verificar seu corpo inteiro, com direito a fotografias do pênis, revirando cada centímetro do seu corpo em busca de pistas, algo bem... Invasivo e humilhante. Enfim... Esse é Tom Sneddon/Dom Sheldon. Ah, e tem guitarra do Slash na música!

7 - Money (Michael Jackson) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Dizem que a música foi feita para Evan Chandler, o pai da criança que levantou acusação de abuso de 1993. Muita gente não gosta dessa música, mas eu adoro muito. É quase um rap em ritmo pop na voz do Michael. Eu acho que não é direcionado apenas ao Evan Chandler, mas serve de reflexão para todos nós, afinal até onde as pessoas iriam atrás de dinheiro? Talvez matar, mentir, ou até vender a alma pro diabo, como diz a canção? Gosto muito da mudança de batida, sempre uma surpresa, música muito bem estruturada, enfim. Show de bola.

8 - Come together (John Lennon, Paul McCartney) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Só do começo dela a gente vê que está pisando no terreno dos lendários Beatles em uma das suas mais icônicas músicas. Embora o Michael tivesse comprado o catálogo dos Beatles anos antes, foi uma das poucas músicas que ele regravou. Eu gosto muito pois ficou com um ar mais de rock moderno, a batida ficou excelente. Perfeito seria se colocasse os vocais de Lennon e McCartney, mas não ficou ruim não com a voz do Michael. Gravado na época de Bad possivelmente, e é a canção que fecha o filme Moonwalker.

9 - You are not alone (R. Kelly) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Uma das melhores baladinhas do Michael (e única presente nesse álbum). Escrita por seu amigo R. Kelly, famoso cantor R&B. Nessa época Michael estava no seu primeiro casamento com Lisa Marie Presley, filha única do Elvis Presley. Foi a primeira música a estrear na Billboard em número um em sua história. Foi a primeira parceria com o até então ilustre desconhecido R. Kelly, que nem acreditou quando o Michael disse que gravaria e chamaria o cara pra ajudar a produzir. Fala sobre melancolia do amor, mas eu acho muito linda, é aquela tristeza de amor bonitinha. Basicamente o corno eu-lírico está sozinho e afirma que é só chamar que ele estará lá, que a moça não está sozinha.


O clipe é uma coisa quase angelical, de Michael e sua então esposa Lisa Marie Presley. É um bocado sensual, com os dois semi-nus, dando uns amassos, e inclusive a bunda redondinha da filha do Elvis aos 1m04s (uau!). Essa balada foi usada muito na HIStory World Tour, substituindo "She's out of my life" como a música onde chamam uma fã pro palco pra dançar junto do Michael.

10 - Childhood (Michael Jackson) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Tema de Freewilly 2! Parece uma biografia da sofrida infância do Michael. É impressionante mesmo! E mostrando também a imensa pureza dele por ter perdido sua infância em ensaios intermináveis nas mãos do temido Joe Jackson, seu pai e carrasco. É uma música pra se sonhar! Uma música pra se ir pra Neverland voando com o Peter Pan. Eu prefiro um pouco o tema de Freewilly, o "Will you be there", mas essa não tá muito abaixo não. Só senti um pouco falta de ritmo.


Se a música é a viagem sonora ao mundo infantil e puro de Michael, o clipe é a realização disso em forma de vídeo. Esses efeitos são muito bons, e embora tenha sido um ótimo tema pra Freewilly 2, coube muito bem como tema e história do próprio Michael. Sensacional. Sente só a frase do começo pra ver a vibe: "No one understands me, they view it as such strange eccentricities. Cause I keep kidding around like a child... But pardon me!". Fala se essa frase da música não resume a vida do MJ?

11 - Tabloid Junkie (Michael Jackson, Terry Lewis, James Harris III) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Quando eu era moleque eu ficava dando repeat da 11 até a 13, haha. São as minhas três favoritas desse álbum. O que dizer de uma música que é um desabafo do Michael contra a mídia - sempre ela levantando tanta coisa viajada sobre ele? A música é um pedido para que não acreditem em tudo o que a mídia publica, pois nem sempre é real.

A música na letra fala de todas as polêmicas dele, da câmara de oxigênio, homossexualidade, homem elefante, enfim, a letra parece um documento disso tudo. Gosto muito dos sons de fundo, tem de tudo, de armas até elefantes, todos misturados como uma sinfonia. Temos também o começo da música com jornalistas dando as notícias inventadas pra denegrir o Michael mas o mais legal são as pausas súbitas depois dos refrões, onde ele, no silêncio com apenas sua voz em evidência fala: "They say he's homosexual", que é sobre as acusações da mídia contra ele. Uma pena que não teve clipe, sequer lançado em single, mas foi simplesmente sensacional.

12 - 2 Bad (Michael Jackson, Bruce Swedien, René Moore, Dallas Austin) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Quando eu moleque comprei o álbum e vi uma faixa chamada "2 Bad" pensei: "Nossa, Bad Dois? Deve ser uma continuação do Bad!" e quando eu ouvi, vi que era na verdade "too bad" ("que pena", em inglês), mas eu não fiquei frustrado. Viciei na música. Tem até rap do Shaquille O'Neil! Parece um desabafo contra todas as pessoas que tentaram acabar com o Michael, onde ele parece que dá a volta por cima e fala "Too bad, too bad about it! Why don't you scream and shout it?".


E clipe? Yes, nós temos batata! Faz parte do filme de "terror" do Michael de 1997, o Ghosts. É, na minha opinião, minha coreografia favorita e igualmente a mais difícil. Se você acha fácil sincronizar seus braços com as pernas desse jeito, pense novamente! Não sei dizer se essa é minha música favorita de fato, entre todas as canções feitas pelo Michael, mas no mínimo está no meu top five. O clipe é quase um Thriller atualizado, só que ao invés de zumbis, temos fantasmas!

13 - HIStory (Michael Jackson, Terry Lewis, James Harris III) :: Link para ouvir na Rádio UOL
A canção título é simplesmente marcante. Tem vários trechos de áudios históricos, que vão desde Charles Lindbergh cruzando o pacífico, quanto o homem pisando na Lua. Parece um passeio na história do mundo, isso sim! Aí a música muda do nada e aparece o Michael recitando um poema forte: "He got kicked in the back! He say that he needed that! He hot willed in the face! Keep daring to motivate!" com batidas fortes e presentes. Depois vem o refrão com uma canção super pra cima com o "Everyday create your history". Depois repete mais uma vez, outra ponte com frases fortes, refrão de novo, gravações, enfim. Não dá pra descrever a música porque simplesmente não existe nada parecido, e é mais uma referência ao pós-modernismo que o Michael tem. Gosto muito do garoto que faz o cover do Michael criança no final (realmente tem a voz parecida!). Outra música que eu sou viciado. Chega a emocionar até hoje.

14 - Little Susie (Michael Jackson) :: Link para ouvir na Rádio UOL
A música começa com um lindo coral triste, uma menina brincando com uma caixinha de música e dando corda, depois uns sons de filme de suspense (dá quase pra imaginar uma menina correndo, fugindo de alguém) e aí a voz do Michael, bem séria: "Somebody killed Little Susie, the girl with the tune, who sings in the daytime at noon...". Na minha opinião a música que mais choca. A canção foi baseada numa pintura de Gottfried Helnwein (aquele mesmo da pintura do Scream acima) que Michael era fã, cuja obra se chama "Linda vítima" (Beautiful Victim). É bem chocante a obra (e está no livreto do CD):


Tenso, né? A música fala de inocência e violência doméstica contra crianças que não tem pra onde correr. Embora a Susie, a personagem da música, seja uma inocente menina, acho que dá pra mostrar a preocupação que Michael sempre teve com crianças - especialmente para que não sofressem o que ele havia sofrido na infância. Ou até mesmo serem mortas no ambiente familiar. Uma música que retrata uma dura realidade.

15 - Smile (John Turner, Geoffrey Parsons, Charles Chaplin) :: Link para ouvir na Rádio UOL
Cantaram essa canção no funeral do Michael, pela voz do seu irmão rebelde, Jermaine (que junto da LaToya foram os que mais lhe deram dores de cabeça). Canção baseada numa versão da mesma na peça "Smile" de Chaplin. É bem bonita na voz do Michael! É aquele misto de tristeza com felicidade, esperança, enfim. Fecha o álbum com chave de ouro. Michael era um admirador do Carlitos, e foi essa a forma que ele achou pra homenagear um dos reis do cinema!

Clipe extra - HIStory Teaser
Michael Jackson era um rei da publicidade também. Quem diria que ele gastaria tanto dinheiro em apenas um comercial pro seu álbum? Inacreditável. Sem dúvida ele queria fazer de HIStory algo histórico mesmo, e duvido que teremos artistas que farão algo tão magnânimo quanto ele fez. O teaser já mostra o quanto de investimento foi feito - e lembrando que isso foi um comercial pra tevê:


Isso sem contar as estátuas que andaram pelo mundo, idênticas à capa do álbum. Existe até hoje uma na Holanda, na cidade chamada Best (que eu não sabia, senão óbvio que eu teria visitado). Michael e sua criatividade ainda me deixam abismado até hoje e é minha maior inspiração pra tentar fazer coisas que cheguem perto dessas peças lindas que ele fazia sempre com muita habilidade. De onde ele tirava isso, meu deus? Que água tu bebia, Michael?

Comentários

Postagens mais visitadas