Doppelgänger - #108 - Goin' Places.
Eliza Vogl apareceu correndo no saguão do hotel. Parecia assustada.
“Você é a Eliza Vogl?”, disse Neige, se erguendo do sofá no hall de entrada.
“Sim. Era você no telefone que a Agatha me passou?”, perguntou Vogl.
“Isso. Me chame de Neige. Eliza, vamos ter que sair daqui agora. Ele lugar aqui ficou perigoso. Não podemos mais ficar aqui”, disse Neige, dando a mão pra Eliza.
“Porquê?”, perguntou Vogl.
“Qualquer lugar menos esse é mais seguro ficar. Realmente é muito perigoso ficar aqui. Vou te explicando no caminho”, disse Neige.
Nessa hora o celular de Neige tocou. Era Agatha.
“Neige? A Eliza está com você?”, perguntou Agatha.
“Sim, está aqui, estamos esperando um táxi agora”, disse Neige, com Eliza Vogl na calçada, dando sinal para os táxis.
“Ótimo. Preciso que você vá para o University College Hospital. Consegui fazer com que colocassem o Lucca lá”, disse Agatha.
Neige ficou refletindo um pouco. Não tinha ideia de onde era o local.
“University College Hospital? Onde fica isso?”, perguntou Neige, que não conhecia muito de Londres.
“Ora, fica perto da estação Warren Street! Alguns metros do Regent’s Park! Como você não sabe?”, disse Agatha.
Nessa hora Eliza Vogl virou e cutucou Neige.
“Que foi?”, perguntou Neige.
“Eu sei onde fica”, disse Eliza Vogl.
“Ah, ótimo!”, disse Neige pra Eliza. Depois ele voltou ao celular pra fechar a conversa com Agatha, “A menina aqui sabe onde fica. Estamos indo pra lá agora!”.
Já dentro do táxi Eliza Vogl sentou na frente e foi dando as instruções ao taxista. Ela conhecia Londres como ninguém.
“Escuta, Eliza... Desculpe a curiosidade, mas da onde você conhece esse hospital?”, perguntou Neige.
Eliza Vogl ficou alguns segundos em silêncio.
“Foi onde meu pai faleceu”, disse Eliza.
- - - - - -
“Vamos, rápido, passa abaixada pra ninguém nos ver!”, disse Briegel, pedindo pra Agatha se agachar.
“É aquele Citröen?”, perguntou Agatha ao avistar o carro no estacionamento.
“Isso”, confirmou Natalya Briegel.
As duas entraram no carro. Ambas se conheciam, pois eram companheiras na época do serviço de Inteligência. Se talvez fossem da mesma geração teriam sido grandes rivais, mas havia uma enorme diferença de idade entre Natalya Briegel e Agatha van der Rohe. Ambas eram mestras no que faziam quando estavam no seu ápice. Especialmente em artes marciais.
“É, você é durona mesmo”, brincou Natalya Briegel, dando partida no carro.
“Não tanto quanto você teria sido. Corta essa, Briegel, ouvi muito de você ser um demônio perto de mim”, disse Agatha.
“Sabe que as pessoas aumentam um pouco os fatos, né?”, disse Briegel.
O carro já estava na rua, preso no congestionamento interminável de Londres.
“Então você tá afim de manchar mesmo toda a reputação do seu belo nome ajudando o Al mesmo?”, disse Agatha.
“Eu já estou aposentada. Acho que depois de tudo o que fizemos com o pobre Al, executando o irmão mais velho dele, isso era o mínimo que nós poderíamos oferecer.”, disse Briegel.
“Acha que vamos vencer?”, perguntou Agatha.
“Sinceramente? Não. Mas nós que estamos nesse meio não temos lealdade aos que vão vencer. Nós vamos juntos, mesmo que todos tenham que ir pro mesmo buraco. Minha influência não é tão grande assim como você imagina, sabe. Vamos dizer que eu tenho um pouco de respeito ainda, especialmente pelo pessoal das antigas. Isso não quer dizer que posso mudar o destino desse mundo se o Ar ganhar essa guerra”, disse Natalya.
“Sim. Eu sei”, disse Agatha, colocando a mão sobre a cabeça.
“O que foi? Tudo bem por aí?”, perguntou Natalya.
“Só uma tristeza passageira”, disse Agatha.
“Tristeza?”, Natalya raciocinou um pouco, “Ah, entendi. Peço desculpas pela minha opin...”, disse ela, sendo interrompida por Agatha.
“Não, não”, disse Agatha, interrompendo Briegel, “Estou triste porque com certeza vou voltar pra cadeia, e minha liberdade tá acabando. Independente de vencermos ou não”.
- - - - - -
20h41
O tempo simplesmente voou. Al e Victoire voltaram pro apartamento.
Quando abriram a porta, não havia ninguém.
“Ué, cadê o Neige?”, perguntou Victoire, “Nem avisou que ia sair, nem nada”.
Al foi vistoriando o quarto.
“Ele levou tudo. Deixou suas coisas e as da Agatha”, disse Al, “Você ainda é capaz de não duvidar dele? Com certeza ele sabe que nós suspeitamos dele. Por isso ele deu o fora”.
Neige... Porquê? Se você estivesse aqui com certeza daria para dar explicações pro Al e ele ficar mais tranquilo. Por que fez isso?, pensou Victoire.
Al tirou seu casaco e deixou no cabide. Viu que Victoire estava olhando pela janela e chegou calmamente por detrás dela, colocando a mão na cintura dela. Ele encostou no ouvido dela e sussurrou algo bem baixinho pra ela.
“Escuta, Vicky, já que ele não vai voltar, poderíamos aproveitar e curtir um pouco esse friozinho, não? Faz tempo que não ficamos sozinhos. Poderíamos tomar um banho juntos e depois esticar na cama...” disse Al, no ouvido de Victoire.
A mão de Al, que estava na cintura, agora estava acariciando a bunda de Victoire.
“Você é a Eliza Vogl?”, disse Neige, se erguendo do sofá no hall de entrada.
“Sim. Era você no telefone que a Agatha me passou?”, perguntou Vogl.
“Isso. Me chame de Neige. Eliza, vamos ter que sair daqui agora. Ele lugar aqui ficou perigoso. Não podemos mais ficar aqui”, disse Neige, dando a mão pra Eliza.
“Porquê?”, perguntou Vogl.
“Qualquer lugar menos esse é mais seguro ficar. Realmente é muito perigoso ficar aqui. Vou te explicando no caminho”, disse Neige.
Nessa hora o celular de Neige tocou. Era Agatha.
“Neige? A Eliza está com você?”, perguntou Agatha.
“Sim, está aqui, estamos esperando um táxi agora”, disse Neige, com Eliza Vogl na calçada, dando sinal para os táxis.
“Ótimo. Preciso que você vá para o University College Hospital. Consegui fazer com que colocassem o Lucca lá”, disse Agatha.
Neige ficou refletindo um pouco. Não tinha ideia de onde era o local.
“University College Hospital? Onde fica isso?”, perguntou Neige, que não conhecia muito de Londres.
“Ora, fica perto da estação Warren Street! Alguns metros do Regent’s Park! Como você não sabe?”, disse Agatha.
Nessa hora Eliza Vogl virou e cutucou Neige.
“Que foi?”, perguntou Neige.
“Eu sei onde fica”, disse Eliza Vogl.
“Ah, ótimo!”, disse Neige pra Eliza. Depois ele voltou ao celular pra fechar a conversa com Agatha, “A menina aqui sabe onde fica. Estamos indo pra lá agora!”.
Já dentro do táxi Eliza Vogl sentou na frente e foi dando as instruções ao taxista. Ela conhecia Londres como ninguém.
“Escuta, Eliza... Desculpe a curiosidade, mas da onde você conhece esse hospital?”, perguntou Neige.
Eliza Vogl ficou alguns segundos em silêncio.
“Foi onde meu pai faleceu”, disse Eliza.
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“Vamos, rápido, passa abaixada pra ninguém nos ver!”, disse Briegel, pedindo pra Agatha se agachar.
“É aquele Citröen?”, perguntou Agatha ao avistar o carro no estacionamento.
“Isso”, confirmou Natalya Briegel.
As duas entraram no carro. Ambas se conheciam, pois eram companheiras na época do serviço de Inteligência. Se talvez fossem da mesma geração teriam sido grandes rivais, mas havia uma enorme diferença de idade entre Natalya Briegel e Agatha van der Rohe. Ambas eram mestras no que faziam quando estavam no seu ápice. Especialmente em artes marciais.
“É, você é durona mesmo”, brincou Natalya Briegel, dando partida no carro.
“Não tanto quanto você teria sido. Corta essa, Briegel, ouvi muito de você ser um demônio perto de mim”, disse Agatha.
“Sabe que as pessoas aumentam um pouco os fatos, né?”, disse Briegel.
O carro já estava na rua, preso no congestionamento interminável de Londres.
“Então você tá afim de manchar mesmo toda a reputação do seu belo nome ajudando o Al mesmo?”, disse Agatha.
“Eu já estou aposentada. Acho que depois de tudo o que fizemos com o pobre Al, executando o irmão mais velho dele, isso era o mínimo que nós poderíamos oferecer.”, disse Briegel.
“Acha que vamos vencer?”, perguntou Agatha.
“Sinceramente? Não. Mas nós que estamos nesse meio não temos lealdade aos que vão vencer. Nós vamos juntos, mesmo que todos tenham que ir pro mesmo buraco. Minha influência não é tão grande assim como você imagina, sabe. Vamos dizer que eu tenho um pouco de respeito ainda, especialmente pelo pessoal das antigas. Isso não quer dizer que posso mudar o destino desse mundo se o Ar ganhar essa guerra”, disse Natalya.
“Sim. Eu sei”, disse Agatha, colocando a mão sobre a cabeça.
“O que foi? Tudo bem por aí?”, perguntou Natalya.
“Só uma tristeza passageira”, disse Agatha.
“Tristeza?”, Natalya raciocinou um pouco, “Ah, entendi. Peço desculpas pela minha opin...”, disse ela, sendo interrompida por Agatha.
“Não, não”, disse Agatha, interrompendo Briegel, “Estou triste porque com certeza vou voltar pra cadeia, e minha liberdade tá acabando. Independente de vencermos ou não”.
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20h41
O tempo simplesmente voou. Al e Victoire voltaram pro apartamento.
Quando abriram a porta, não havia ninguém.
“Ué, cadê o Neige?”, perguntou Victoire, “Nem avisou que ia sair, nem nada”.
Al foi vistoriando o quarto.
“Ele levou tudo. Deixou suas coisas e as da Agatha”, disse Al, “Você ainda é capaz de não duvidar dele? Com certeza ele sabe que nós suspeitamos dele. Por isso ele deu o fora”.
Neige... Porquê? Se você estivesse aqui com certeza daria para dar explicações pro Al e ele ficar mais tranquilo. Por que fez isso?, pensou Victoire.
Al tirou seu casaco e deixou no cabide. Viu que Victoire estava olhando pela janela e chegou calmamente por detrás dela, colocando a mão na cintura dela. Ele encostou no ouvido dela e sussurrou algo bem baixinho pra ela.
“Escuta, Vicky, já que ele não vai voltar, poderíamos aproveitar e curtir um pouco esse friozinho, não? Faz tempo que não ficamos sozinhos. Poderíamos tomar um banho juntos e depois esticar na cama...” disse Al, no ouvido de Victoire.
A mão de Al, que estava na cintura, agora estava acariciando a bunda de Victoire.
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