Final Fantasy VIII (1999)


Quando eu tinha onze pra doze anos teve um jogo que eu morria de vontade de jogar. Um jogo que na época tinha causado um super hype, e eu fiquei mais ou menos uns dezesseis anos pra enfim botar a mão nele. Como eu não tinha Playstation, e sim um Nintendo 64, Zelda sempre foi algo mais presente na minha vida do que Final Fantasy (que era uma franquia da Sony).

E nesse ano, enfim, coloquei no PSP o tal jogo que eu sempre quis jogar: Final Fantasy VIII e terminei hoje. Yeeey!

Mais um capítulo pra minha coleção. Final Fantasy VIII é muito parecido e ao mesmo tempo tem muitas coisas totalmente diferentes dos outros títulos da série. O primeiro e o mais difícil de sacar são que as magias não são aprendidas por você e depois você usa seu MP (Magic Power) pra gastar. Na verdade você tem que usar o comando "Draw", roubar dos inimigos e deixar estocado pra você depois usar.

Em quase todos os Final Fantasy temos os summons, que são os seres que você pode invocar no meio da luta pra te dar aquela mão esperta pra derrotar os carinhas. Eles são chamados de diversos nomes ao longo da série, como Eidolons, Espers, Summons e aqui o nome deles são Guardian Forces. E cada uma é diferente e tem uma animação animal de ataque:


Diversos clássicos da série, como Ifrit, Shiva, Alexander, Odin e Bahamut estão presentes. Outra coisa diferente do resto da série é que não temos equipamentos, e o número de armas é bem limitado, mas possível de se fazer upgrade. Game que facilita em algumas partes e complica em outras.

Um dos fatores complicantes é que no game não importa muito o seu nível. Os carinhas simplesmente vão ser fortes do mesmo jeito, eles vão meio que acompanhar o seu nível. Por isso uma manha do jogo é sempre ficar apelando pros Limit Breaks (quando você tá com HP muito baixo você pode dar um golpe mega destruidor). Muitas vezes esse é o único jeito, como aumentar de nível nas Island Closest to Hell/Heaven no mundo. Isso e o Degenerator da Quistis.

Agora vamos falar da história!

Em Final Fantasy VIII você controla Squall, um SeeD, uma força mercenária que completa missões ao redor do mundo. Parece uma coisa bem nobre, mas você também engaja em guerras e afins. Acontece que esse Squall tem umas tretas com seu rival loirinho, Seifer, e depois de um quebra-pau com ele acabou indo parar na enfermaria com uma cicatriz enorme no meio dos olhos:


E seu primeiro teste é no meio de uma guerra, puta-que-pariu. E lá vai você, junto do Seifer e um outro SeeD estudante, o Zell, um garoto loiro ponta-firme e com uma tatuagem do Mike Tyson no rosto. No meio do caminho esse Seifer foge e se junta com os malvados, e você conhece Selphie, que fica também como personagem jogável, igual o Zell.

Guerra terminada enfim você se forma como SeeD e pode sair pelo mundo em missões. Mas não antes da sua formatura, onde você conhece uma mocinha muito bonitinha, de cabelos pretos e um sorriso cativante que contrasta totalmente com o jeito cem porcento cusão retraído do protagonista:


Quando eu via muita gente xingando o Squall dizendo que ele era um dos piores protagonistas da série não pensei que fosse tanto. Jogando o jogo dá pra sentir bem como ele é calado, fechado, e muitas vezes cusão e extremamente narcisista. Mas durante o jogo a Rinoa vai quebrando esse gelo com o jeitinho dela.

No meio do jogo você descobre que quem está por detrás de todas as guerras e conflitos é uma feiticeira do mal, chamada Edea. E durante uma parte do jogo você tenta realmente fazer um atentado contra ela no meio de uma parada. CLARO QUE ISSO IA DAR MERDA, NÉ?


O roteiro do jogo brinca muito com o tempo. Às vezes você tá jogando o jogo de boas e do nada todo mundo cai no sono, por exemplo. Aí você revive os fatos que aconteceram com um outro soldado do passado, Laguna (que mais pra frente se revela ser o pai do Squall) e dois dos seus amigos, Kyros e Ward. Os atos deles no passado, nos flashbacks que você tem, ajudam a entender melhor no que aconteceu pra mundo estar hoje como está.

Mais pra frente no jogo você descobre que a Edea era apenas um fantoche sendo controlada por uma feiticeira ainda mais poderosa, chamada Ultimecia, que deseja comprimir o tempo todo em um único momento e reinar sobre o mundo. Mas para isso essa Ultimecia precisa dos poderes de uma outra mulher que controla o tempo, que é boazinha, a Ellone, a que manda esses flashbacks pra você descobrir coisas sobre o passado. Essa é a malvadona Ultimecia do jogo:


(parece um pouco a gostosona da Cloud of Darkness)

Só que a Ultimecia fica pulando de corpo em corpo até conseguir o que ela deseja. E aí ela vai justo parar em quem? Na Rinoa! Nesse momento, com toda a convivência e o coração bondoso da Rinoa, o Squall já está mais caidinho por ela. Ela entra em coma, e, só pra garantir que a Ultimecia não controle ela, congelam a menina também.

(o foda era que a Rinoa era uma das minhas principais, a que eu deixei mais forte no jogo, e era foda porque ela sempre era pega, ou entrava em coma, ou era sequestrada, puta-que-o-pariu, que ódio!!! Nota mental: da próxima vez que eu for jogar, não ficar deixando a Rinoa como top do meu time)


Acontece que a Ultimecia sai do corpo da Rinoa e vai pra um outro hospedeiro - um outro feiticeiro adormecido chamado Adel. Então seus amigos têm um plano "genial" que é fazer com que esse Adel entre de novo na alma da Rinoa, e quando estiver lá Ellone mandaria os dois pro passado e enfim faria acontecer a "Time Compression" que despertaria a Ultimecia e daria forças absolutas pra ela, mas também enfim ela poderia ser derrotada, pois não precisaria mais estar parasitando no corpo de alguém. Fariam isso pra revelar Ultimecia no seu corpo físico, porém, ao mesmo tempo, sacrificando o mundo todo para tal

(que plano de bosta, hein!)

E aí, enfim no mundo do tempo comprimido da Ultimecia, onde não existe passado, nem futuro, você chega lá com seus carinhas pra enfim chutar o pau da barraca e derrotar a vilã e salvar o mundo. E quando enfim derrotam Ultimecia o tempo volta a ser como era antes, e tudo termina bem de novo.

O final é lindo. A famosa música Eyes on me da cantora Faye Wong. Não canso de ouvir no celular, hehe:


Bom, enfim, é um jogo do caralho. Valeu a espera de todos esses anos pra enfim botar a mão nele. Joguei, chorei, fiquei com raiva, dei risada, enfim. Isso aqui é um resumo do resumo da história, tem muitos outros personagens e coisas que eu pulei pra resumir bem a coisa toda. Final Fantasy VIII foi um dos jogos mais caros da sua época, e mesmo hoje se tornou um baita clássico, que não perde muito pros atuais não.

Uma grande obra de arte da SquareEnix (na época, Squaresoft), um roteiro magistral, e personagens muito bons, mesmo que o protagonista seja um cuzão. Mas no final, ele se redime e tudo fica bem quando termina bem.

E mais um Final Fantasy terminado pra minha maratona de jogatina dos jogos que nunca joguei! Qual será o próximo? :)

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