Seu nome é a junção de duas palavras, uma latina e outra grega. Tele, significa "longe". -vision, de visio/video. Nos países de língua portuguesa foi adaptado para apenas "televisão".

Querendo ou não, é a coisa que mais se têm em casas, e supera até o número de geladeiras em casas. Também pudera, mesmo o mais miserável compra, nem que seja naquelas básicas trinta-e-seis vezes nas Casas Bahia. Hoje em dia, nem antena mais precisa, só pegar uns fios lá e mexer neles para que capte a sintonia.

Dias tava conversando com o meu primo, que o meu computador atual, um Pentium 4 (sim, essa é a ÚNICA parte que me dá orgulho de falar dessa joça, tanto que é a primeira que eu cito), com míseros 224 de RAM, 80 GB de HD já é ultrapassado, e com os mesmos R$ 2,500 reais agora dá pra comprar um BEM melhor... Poxa, eu preciso aumentar a memória disso pra não ficar mais tão lerdo, e só pra por um pente de 512 MB o tio ali em cima me faz por 130 pratas!

Extendi a conversa então para minha mãe, que estava na cozinha. E ela falou que nem ligava, pq preferiria gastar os mais de dois mil reais comprando uma Televisão nova. Na hora fiquei meio abismado, porque mesmo eu adorando televisão a um ponto de não imaginar a vida sem ela enquanto eu era moleque, hoje eu sequer a ligo, exceto pra ver Jornal ou alguns desenhos animados que eu gosto (Bob Esponja *_*~~).

Não é a questão do "Beyond Citizen Kane" que eu quero colocar aqui. Pra ser sincero, estou até do lado da Globo em dominar a população. Querendo ou não sempre o mais forte acaba dominando o mais fraco, isso não é um dilema humano, mas sim uma lei da natureza. O que acontece é que as pessoas mesmo quando vêem uma segunda opção, se fecham, e mesmo quando sabem, fecham os olhos. Gente assim, eu simplesmente dou a chave e mostro a porta, é deles que tem que vir de abrir-la ou não.

E eu vejo esse choque de culturas interessante... Comigo consigo ver minha vida sem Televisão. Alias, eu consigo muito bem ver minha vida sem Televisão e telefone (ODEIO telefone, celular e derivados...). Mas computador, é algo deveras difícil, porque é apenas uma questão de adaptação, meus caros. Menos tempo, mais coisas pra fazer são equivalentes á facilidades do dia-a-dia. Talvez minha querida mãe apenas prefira uma TV porque pra ela é difícil mexer num computador ou algo do tipo, até porque vários micros hoje em dia vêm com televisão imbutida.

Sim! É bem lógico e chega a ser levemente idiota. Mas o que será que isso? Atraso? Será que preferir ter uma televisão do que um computador é uma escolha do contexto ainda do século XX? Computadores iguais ao meu, exceto o Pentium 4, estão por setecentos reais ou até menos. Pra muita gente, ter televisão ainda é necessidade, e ter um computador ainda é luxo.

Mas como julgar a necessidade ou luxo, essa é a questão. Já dizia Rousseau: "A ciência só existe para cumprir caprichos e luxos do homem"...

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