Diários Nipônicos - #2


Dia cheio.

Como o fuso horário mexe com a gente... Nunca que eu acordaria às 4h sem sono. Mas... Acordei e fui numa praça perto de Oyasono (matriz da Shinnyo-en) fazer um gohoshi (trabalho voluntário) matinal: quanta energia!

Engraçado como também tem gente que “cai da cama” também, mesmo no Japão. Fui muito bem tratado, todos me adoraram e ficaram abismados de saber que eu vim do outro lado do mundo. Burajirujin desu!

Voltei pro dormitório, participei da oração e às 8h15 os pais da Denichan apareceram pra me levar pra passear por Tachikawa. Fui com a Amélia e o senhor Alberto primeiro para Oyasono. Lá cumprimentamos os guardiões celeste e terrestre, o prédio do Achala, do Buda reclinado e até jogamos água em cima da cabeça do Jizô.

O mais emocionante mesmo foi chegar na frente da estupa Shinnyo, onde não contive as lágrimas na hora de encontrar na minha frente as cinzas dos pais do Ensinamento Shinnyo e dos dois dojis. Foi inexplicável!

De lá fomos andando até o “aerotrem” japonês. Pegamos no VLT e descemos em Ogen’in. Uau, aquilo sim é GRANDE. Muita gente e impressionante a capacidade que os japoneses tem de organizar aquilo tudo. Deixei uns papéis que trouxe do Brasil no balcão internacional, peguei a fichinha pra receber sesshin no Japão e fomos dar uma olhadinha rápida antes da cerimônia de Homa mensal que acontece todo dia 28 de cada mês.

Vi a Keishu-sama! Nossa líder. Ela é fofa! ;-)

A oração em si foi tocante. É um coral perfeito, parece que somos todos apenas um. É difícil de explicar. Tudo muito harmonizado.

Depois recebi a orientação do sesshin em inglês. Descemos e fomos comer num restaurante baratinho ali perto. Pude ver o quanto é complicado a vida para as pessoas que vão apenas trabalhar mesmo no Japão. Senti um bocado grato também, pois realmente não é fácil.

Tiramos algumas fotos e depois que acabou o sesshin de todo mundo subimos para conhecer o resto das salas. Depois de visitar cada uma das imagens descemos de volta e pegamos o monorail de volta pra Tachikawa. 200 ienes.

Já em Tachikawa fomos atrás do meu ônibus do Limusine Bus pra voltar pra Narita no dia 9 (vou ter que pegar às 5h...) e fomos passear um pouco pela redondeza. Nada ainda no Japão me impressionou tanto quanto uma coisa...

...Como tem japonesa gostosa nesse país. TÁ LOCO!

Mas eu tô aqui pra uma cerimônia religiosa então nada de tentações da carne! Na boa, é difícil se segurar depois que é tratado tão bem. São muito gatas, e são altas (não do meu tamanho, óbvio), e... Nossa, chega.

Por fim, depois de passear e tirar muitas fotos, fui comer um sushi no Japão! Não ia dar essa desonra! Seria o mesmo que ir pro Brasil sem provar uma feijoada de lá. Incrível sim a qualidade do peixe, do atum especialmente. O atum é mais avermelhado e muito mais saboroso do que os roxos no Brasil. O salmão também merece destaque, e mais alguns outros tipos de peixe que comi que nem sabia que existiam. Só sei que saí rolando do restaurante depois de tanto sushi.

Voltei pro dormitório, tomei um banho e até entrei na banheira. Relaxei bastante e já fui dormir, que amanhã é um novo dia e tenho que dar um jeito de acostumar com esse fuso, porque véi... na boa...

Não tá fácil pra ninguém trocar o dia pela noite!

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