Conseguir emprego.

No capítulo anterior...

Recebi no final de abril o convite para ir para Chicago. Chegou maio, e passou voando. Porém, em junho, um grande amigo, o Fábio, me mandou uma proposta de emprego que ele tinha recebido sem querer no e-mail dele. Fiz a entrevista na segunda-feira, dia 10 de junho e dia 11 já haviam me aceitado, pedindo para eu começar no batente dia 13.

De fato, era inesperado. Meu pai disse que emprego nenhum ia liberar o funcionário para uma viagem dessas. Na verdade eu senti meio o que ele quis dizer.

Ano passado tive duas viagens que estavam muito próximas. Primeiro para a Europa, que eu fiquei pagando ela durante todo o ano de 2012 praticamente. Porém, eu tinha sido convidado para ir no Japão também. Logo, seriam quinze dias pro Japão e um mês para a Inglaterra.

De fato, no trabalho não deixaram todos esses dias eu passar fora. E o lugar que eu trabalhei não era um lugar dos meus sonhos: duas horas e meia pra ir, duas e meia pra voltar, tarefas repetitivas, um co-worker gago, um chefe com sotaque paranaense ("daí? daí? daí?" sempre ao finalizar qualquer oração), enfim... Era muito desgastante. E como eles não deixaram de qualquer forma eu viajar, achei que seria a chance de cair fora e achar um trabalho no mínimo mais perto de casa.

Meu pai deve ter ficado com medo. Imagino como deve ter se sentido.

Porém, por algum motivo maior que desconhecemos eu tinha conseguido um emprego. Faltando dois meses para a viagem.

No primeiro dia, depois de preencher a ficha de admissão, chamei a menina do RH e expliquei tudo. Pensando no mínimo em terem compreensão com a situação. Parece fácil falar depois, mas não foi! Eu estava morrendo de medo. Mas recebi um grande "sim", só pediram para confirmar a data que iria rolar.

Mais tarde descobri que o chefe da empresa também fazia muitas viagens, especialmente para os Estados Unidos. Acho que ajudou à compreensão também, mas não tenho completa certeza disso.

Continua...

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