Talvez uma aventura! É engraçado como eu, morador da cidade de São Paulo há mais de 18 longos anos não conheça tão bem a cidade. O mais, às vezes até deprimente, é ver que tem vários turistas que eu conheço que só vêm aqui uma ou duas vezes e conhecem mais da cidade que eu que moro aqui durante dezoito anos! Porém, hoje no dia 23 foi um dia especial. Minha professora de história e estudos sociais da faculdade (Herta, I love you!) mandou fazermos um trabalho, e acabou meu grupo com pesquisa sobre o bairro da Barra Funda.

Não sabia de nada, apenas me lembrava vagamente de uma vez um certo evento de anime ter sido sediado lá há muito (lembro-me disso porque até hoje me arrependo de não ter ido na Anime Friends que teve lá...) e essa viagem foi bom, afinal eu nem fazia idéia que era lá que ficava o estádio do Palmeiras, Memorial da América Latina, Parque da água branca, Igreja de São Sebastião e a Avenida Francisco Matarazzo! Ao menos foram esses os locais que eu visitei e os quais tiramos fotos. Tiramos? Ah sim, foi eu junto do meu primo, Lucas.

Já foi uma grande viagem na ida, afinal eu moro bem no sul da cidade, e é sempre uma aventura até a estação mais próxima - Jabaquara. E depois de uma hora de ônibus (graças aos deuses fomos sentados) chegamos na estação e embarcamos até a Estação da Luz. Descemos e pegamos a ligação com a CPTM (trens não-subterrâneos). "Caramba! Com uma placa dessa se algum despercebido fumar...", foi o que eu pensei e disse pro meu primo. Quando estávamos na escada rolante vimos um grande símbolo de proibido fumar colocado bem no teto da estação. A faixa deveria ter quase dez metros de lado, e não importava: sempre que você subia de escada a primeira coisa que você via era um imenso proibido fumar.

Alias, aquele local, diga-se de passagem é lindo. Obrigado ingleses, gente civilizada, longe dos índios dessa américa (falo américa em geral) que nos trouxeram tamanha genialidade arquitetônica renascentista ao nosso país. Quem conhece não desmente, o local é lindo. Pegamos o trem-sauna (estava um forno lá...) e descemos na Barra Funda, enfim. Primeiro passo: encontrar a saída. Quem anda por lá sabe, aquele local é cheio de plaquinhas (siga por aqui) que faz com que demos voltas e voltas pela estação, sendo que sempre tem um caminho reto...

Memorial da América Latina, uma pérola da arquitetura modernista, que diga-se de passagem adoro tudo do modernismo pra frente (mas nada tirará minha paixão pelo meu Bernini e a arte barroca!) onde eu e meu primo tiramos várias fotos. Não sabia que aquilo era tão grande, e num tempo ensolarado como estava, só aumentou nossa sensação térmica (chique!). Mas foi legal, ao menos dentro dos locais tinha ar-condicionado. Tiramos fotos naquelas mãos gigantes e quadradas, eu via o meu antigo amigo Beakman uma vez lá e sempre quis tirar uma foto naquele local marciano. ^_^

Depois de tirarmos até foto no banheiro de lá, seguimos nosso rumo passando pela passarela até o Parlamento Latino Americano (o Parlatino), onde iria ter um evento de rock lá. Entramos uma exposição lá sem querer querendo de arte modernista creio eu. Alias, tinha um pouco de tudo lá, desde oriental até indígena. Gostei de uma estátua lá mostrando a língua e não resisti e tirei uma fazendo uma pose ligeiramente igual da estátua (diga-se de passagem, saiu péssima). Saímos e não iríamos dar a volta do outro lado novamente, então consegui convercer o segurança que eu precisava ir no Parlatino e ele deixou eu entrar (o tal evento de rock estava sendo organizado ainda...), e continuamos nossa aventura.

Passamos por um local que fazia parte do Memorial também, meu primo deu um "pedala Robinho" numa estátua de um cara lá e decidimos não gastar muito tempo lá. Queríamos ir em outros locais famosos da Barra Funda, como o estádio do Palmeiras e o Playcenter (apenas fotos!) mas desistimos... Tinha que seguir a avenida Pacaembu até o final e era meio dia. Seguimos uma placa escrito Elevado/Fco. Matarazzo. Opa! Matarazzo! A famosa família de italianos que fundaram um império industrial na cidade de São Paulo! Isso é importante, então vamos até essa avenida!

Ao perguntar ao tio o que diabos era o tal elevado, ele disse que era o Minhocão... Ah sim, aí vi que estámos MESMO na Barra funda... Fomos indo reto e pedindo informação sobre o Parque da Água Branca. Fácil de chegar lá. Fui molhado pela mangueira de um moleque mimado que lavava o carro do seu pai, mas tudo bem... Tava quente mesmo, hehehe... Chegamos enfim ao parque e fomos bem recebidos... Por um enxame de mosquitos. Talvez elas se emocionaram ao ver carne nova no pedaço, enfim... Bonito aquele parque, embora que por mais que andemos, mais temos a impressão daquilo ou ser um asilo (por ter muitos vovôs e vovós) ou de uma fazenda (só tinha vacas e galinhas lá).

Brincadeiras à parte, e mosquitos também, é um bom local. Alias aquela área tem muitos parques bons, talvez por isso também seja valorizada bastante. Descansamos um pouco, e um pombo estava chegando próximo de nós. Quando fico cansado normalmente começo ter ataques de louca mais fortes que o comum, e simplesmente gritei "HUA!" pra espantar o pombo. Pra quê? Uma mulher deu um pulo do outro lado de susto, uma que estava ouvindo o discman parou com medo e os guardas todos olhando sem graça pra mim enquanto eu tentava pedir perdão pelo ocorrido. ^__^"

Na saída, quando nós já esgotados de tanto andar pela Avenida Francisco Matarazzo (alias, lá tem uns prédios antigos bem legais) eu avisto uma torre de uma igreja ao longe. Let's go! Igreja de São Sebastião, ou São Benedito... É um santo lá. Tiramos fotos do local, até eu com cara de distraído olhando a fachada. Só abriria às 15h, aí desisti. Já estávamos cansados pacas, e voltamos. Ao andar uma quadra uma freirinha aparece e dá um olhar super malicioso em mim (Deus que me perdoe, mas era verdade!), mas malicioso no estilo de secar igual os jovens falam hoje em dia... Aquele olhar sensual mesmo. Oh deuses, ainda queimarei no mármore do inferno.

Achamos também uma escola que eu jamais diria que era escola estadual... Coisa velha, antiga mesmo. É engraçado ver em São Paulo esses contrastes, nunca entenderei esse lugar. Voltamos então definitivamente pro Metrô, isso apenas porque a máquina estava no limite da memória (shit!) e queria ainda tirar mais fotos, principalmente na Pinacoteca e na Estação da Luz. Comemos na Liberdade, hohoho! Pensei que o dinheiro não iria dar, ainda bem. Voltamos felizes (quero ver se compro umas tintas de cabelo lá... o.o') e de barriga cheia! =^_^=

Voltamos no ônibus cheio igual sardinha e com uma mulher já nos seus trinta e muitos me tarando. ><'

Oh céus, juro que não entendo. xP~~

Mas achei legal. Quero fazer mais passeios que nem esse, mas não tenho companhia. Alguém gostaria de ir? =)












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