Diários Nipônicos - #6
Hoje pela manhã depois da oração o funcionário do dormitório
veio falar conosco, disse que seria um dia mais fresco do que o anterior e com
possibilidade de chuva leve.
Fui tomar meu café e fui pra estação do Tóquio do JR esperar
a Mary e o Hiroshi pra gente passear em Akihabara.
É o bairro mais nerd e otaku do Japão. E de fato, tem uma
quantidade infinita de coisa, é algo surreal. Chegamos e logo fomos no grande
shopping próximo da saída da estação. Todos os andares são cheios de
parafernalha eletrônica. E tem andares temáticos, como andares só de coisa para
celular, games e um de fotografia, onde comprei uma lente 70-300mm pra minha
Nikon. Agora tenho um zoom do cacete!
Comprei pro meu irmão um WiiRemote e uma capa para laptop
pro meu pai, bem firme, o treco aguenta bem!
Depois descemos e fomos tomar um sorvete e passear pelas
avenidas importantes da região. Japão pode ser pequeno mas é MUITO populoso,
por onde se olhe se vê pessoas. Akihabara é o local onde mais encontrei
ocidentais (isso porque encontrei uns três) até agora.
Uma coisa chata são as meido
(メイド, palavra japonesa pra “maid”, em inglês, empregada). São mulheres que se vestem
de empregadinhas e ficam com as pernas e peitos de fora e se você aceitar você
vai no café delas e toma café com “uma vista privilegiada”, se você entende o
que eu quis dizer. Não é prostituição, mas obviamente não é bem visto pela
sociedade puritana japonesa. Elas ficam putas da vida se você mira a câmera pra
elas, mesmo que você as coloque por acaso, elas ficam fazendo um “x” com os
braços, enfim.
Nada contra quem escolhe o seu meio de ganha pão, se é como
prostituta, tem que estar preparadas, afinal o ganha pão delas é a rua, assim
como as meido. Achei uma baita falta de deselegância por parte delas elas virem
pra cima da gente.
Mas, enfim, voltando pra Akihabara, tem muitos locais bons,
mas a maioria não deixa fotografar nem filmar (fuck!). Fui numa loja da Sega
com diversos joguinhos viciantes, mas o único que eu joguei foi um de taikô,
aqueles tambores japoneses.
Ficamos passeamos e, no almoço, comi o lendário okonomiyaki.
É simplesmente DELICIOSO. Só provando pra explicar. É uma salada de repolho e
várias verduras, com carne de porco, ovo, queijo, tempero e eles deixam
fritando numa chapa na mesa, aí você vai provando. É muito, muito, muito bom.
Era exatamente como pensava e já entrou pro rol das minhas comidas preferidas.
Amanhã vou pra Yamanashi pra começar os preparativos pra cerimônia
do Saito Homa. Até esse momento o Japão foi inesquecível, mas eu vim aqui por
um objetivo, vamos lá!
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