Doppelgänger - A história dentro da história (1)
7 de novembro
"Me dá nojo esse monte de gaivota. Não sei como você consegue comer!", iniciou Victoire.
"Tenho nojo também. Mas é melhor que nada. Esses Herta Dog são baratinhos, mas são gostosos".
"Vamos na roda gigante?", ela agarrou no meu casaco, "Por favor!".
"Nada! Tenho medo de altura. Olha o tamanho dessa London Eye! Vamos passear mais um pouco".
Ela ficou quieta e olhou nos meus olhos. Na hora uma brisa gelada passou, não sei o que arrepiou mais: Ver aqueles olhos cor de chocolate dela fixos em mim, ou aquele vento frio repentino. Victoire prosseguiu:
"Eu sei que eu já te pedi desculpas, mas se eu pudesse voltar no tempo e apagar aquilo tudo que aconteceu. O que eu sinto por você não é mentira. Eu te amo, Al. E eu entendo que você vai ficar pela vida inteira pensando nisso, que jamais vai me perdoar. Você não sabe o quão feliz estou em rever você! Mas eu sei que nada do que eu fizer vai mudar dessa doença maldita que eu coloquei em você".
Naquela hora eu abracei ela de lado e levei para perto de um gradil. Dava pra ver o Tâmisa perfeitamente. Sempre que encostava no corpo dela eu o sentia gelado. Suas mãos eram frias como gelo. Mesmo quando estávamos transando o corpo dela parecia mais frio do que a das outras mulheres.
"Não fique se remoendo, já passou. Eu a vida inteira sempre quis morrer. Por isso eu tento fazer coisas que me façam ter motivos para ficar vivo, e acima de tudo: ficar aqui vivendo. Eu não tenho muito tempo, minhas células estão envelhecendo e morrendo uma a uma de maneira acelerada a cada ano. Por isso, tento me esforçar para fazer algo que me prenda aqui, como se eu fosse morrer amanhã. Pelo menos assim eu não vou ter nenhum desgosto na hora da minha morte, não quero ficar remoendo que deixei de fazer isso ou aquilo. No fundo, essa sentença de morte que você me deu, me ajudou a ter mais amor pela vida".
"E nossas duas famílias já se uniram no passado, pela minha meio-irmã e seu irmão mais velho. Acho que o destino dita que os Saint-Claire e os Blain nunca se enamorassem como os outros casais".
"Talvez não como marido e mulher", brinquei com ela, "Mas pelo menos a gente ainda pode se divertir na cama juntos".
Victoire se aproximou de mim e deu um beijinho na minha bochecha. O estalo deixou meu ouvido meio zuado. Seus olhos me olhavam como de gatinha pidona, seus olhos lacrimejaram levemente.
"Você vai me deixar de novo mesmo, né?".
"...Sim".
"Ai, ai!", ela caiu na gargalhada, "Só rindo mesmo. Quero aproveitar cada segundinho enquanto você é meu, então!".
"Fica aí, Vicky. Quero tirar uma foto sua. Só tente segurar essa sua crise de riso, sim?".
Ela tentou colocar a mão na boca para tampar o riso.
Ainda assim achei estranha a foto.
"Me dá nojo esse monte de gaivota. Não sei como você consegue comer!", iniciou Victoire.
"Tenho nojo também. Mas é melhor que nada. Esses Herta Dog são baratinhos, mas são gostosos".
"Vamos na roda gigante?", ela agarrou no meu casaco, "Por favor!".
"Nada! Tenho medo de altura. Olha o tamanho dessa London Eye! Vamos passear mais um pouco".
Ela ficou quieta e olhou nos meus olhos. Na hora uma brisa gelada passou, não sei o que arrepiou mais: Ver aqueles olhos cor de chocolate dela fixos em mim, ou aquele vento frio repentino. Victoire prosseguiu:
"Eu sei que eu já te pedi desculpas, mas se eu pudesse voltar no tempo e apagar aquilo tudo que aconteceu. O que eu sinto por você não é mentira. Eu te amo, Al. E eu entendo que você vai ficar pela vida inteira pensando nisso, que jamais vai me perdoar. Você não sabe o quão feliz estou em rever você! Mas eu sei que nada do que eu fizer vai mudar dessa doença maldita que eu coloquei em você".
Naquela hora eu abracei ela de lado e levei para perto de um gradil. Dava pra ver o Tâmisa perfeitamente. Sempre que encostava no corpo dela eu o sentia gelado. Suas mãos eram frias como gelo. Mesmo quando estávamos transando o corpo dela parecia mais frio do que a das outras mulheres.
"Não fique se remoendo, já passou. Eu a vida inteira sempre quis morrer. Por isso eu tento fazer coisas que me façam ter motivos para ficar vivo, e acima de tudo: ficar aqui vivendo. Eu não tenho muito tempo, minhas células estão envelhecendo e morrendo uma a uma de maneira acelerada a cada ano. Por isso, tento me esforçar para fazer algo que me prenda aqui, como se eu fosse morrer amanhã. Pelo menos assim eu não vou ter nenhum desgosto na hora da minha morte, não quero ficar remoendo que deixei de fazer isso ou aquilo. No fundo, essa sentença de morte que você me deu, me ajudou a ter mais amor pela vida".
"E nossas duas famílias já se uniram no passado, pela minha meio-irmã e seu irmão mais velho. Acho que o destino dita que os Saint-Claire e os Blain nunca se enamorassem como os outros casais".
"Talvez não como marido e mulher", brinquei com ela, "Mas pelo menos a gente ainda pode se divertir na cama juntos".
Victoire se aproximou de mim e deu um beijinho na minha bochecha. O estalo deixou meu ouvido meio zuado. Seus olhos me olhavam como de gatinha pidona, seus olhos lacrimejaram levemente.
"Você vai me deixar de novo mesmo, né?".
"...Sim".
"Ai, ai!", ela caiu na gargalhada, "Só rindo mesmo. Quero aproveitar cada segundinho enquanto você é meu, então!".
"Fica aí, Vicky. Quero tirar uma foto sua. Só tente segurar essa sua crise de riso, sim?".
Ela tentou colocar a mão na boca para tampar o riso.
Ainda assim achei estranha a foto.
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