Livros 2014 #3 - Cem anos de águas passadas
Um senhor que frequenta o mesmo templo budista que eu fez a gentileza de me emprestar esse livro magnífico sobre a história da imigração japonesa aqui na terra tupiniquim.
Escrito pela jornalista nipo-brasileiro Osamu Toyama, esse livro é excelente. É bem grandinho (a edição que peguei tinha quase 600 páginas), mas explica muita coisa graças ao trabalho minucioso do pesquisador. Enquanto o outro livro sobre Ryo Mizuno praticamente o coloca num pedestal, Toyama destroça totalmente, chamando-o de frio e sem sentimentos. É um outro ponto de vista, e provavelmente nunca saberemos qual era a desse tal de Ryo Mizuno, o japonês que trouxe os japoneses ao Brasil.
Na parte histórica vai além, mas mantém os personagens da época de Mizuno, como o Nanju Suzuki, o japonês que emigrou pro Brasil depois de uma decepção amorosa, e que negou a condecoração do imperador japonês anos depois.
Entra e explica muito o período pré-guerra, o grande crescimento econômico da colônia entre 1924 e 1934, a entrada do Japão na Segunda Guerra, incluindo os japoneses que eram presos sem muita satisfação e torturados por serem de países do Eixo, como a situação de isolamento que eles viviam, que levou mais tarde à criação do grupo terrorista Shindo Renmei, que parece que tinha oito alvos, fizeram atentado contra quatro e mataram apenas dois (parece brincadeira, mas é mais ou menos isso que mostra no livro).
Mostra a expansão no pós-guerra, vinda de mais imigrantes, empresas japonesas, e depois as crises do petróleo que aconteceram no final da década de setenta, a imensa inflação e falência dos "baluartes" da imigração japonesa: O Banco América do Sul, a CAC (sim, as batatas! Ainda existem?) e Sul Brasil, todas fundadas por isseis ou nisseis.
Tem hora que foca muito na CAC e fica meio chato. Tem uns sete capítulos só sobre a CAC e o Kenkiti Shimomoto. Enquanto o outro livro idolatra o Ryo Mizuno, nesse aqui idolatra o Kenkiti Shimomoto.
É normal e saudável fazer questionamentos ao autor depois que se lê um livro. ;)
Escrito pela jornalista nipo-brasileiro Osamu Toyama, esse livro é excelente. É bem grandinho (a edição que peguei tinha quase 600 páginas), mas explica muita coisa graças ao trabalho minucioso do pesquisador. Enquanto o outro livro sobre Ryo Mizuno praticamente o coloca num pedestal, Toyama destroça totalmente, chamando-o de frio e sem sentimentos. É um outro ponto de vista, e provavelmente nunca saberemos qual era a desse tal de Ryo Mizuno, o japonês que trouxe os japoneses ao Brasil.
Na parte histórica vai além, mas mantém os personagens da época de Mizuno, como o Nanju Suzuki, o japonês que emigrou pro Brasil depois de uma decepção amorosa, e que negou a condecoração do imperador japonês anos depois.
Entra e explica muito o período pré-guerra, o grande crescimento econômico da colônia entre 1924 e 1934, a entrada do Japão na Segunda Guerra, incluindo os japoneses que eram presos sem muita satisfação e torturados por serem de países do Eixo, como a situação de isolamento que eles viviam, que levou mais tarde à criação do grupo terrorista Shindo Renmei, que parece que tinha oito alvos, fizeram atentado contra quatro e mataram apenas dois (parece brincadeira, mas é mais ou menos isso que mostra no livro).
Mostra a expansão no pós-guerra, vinda de mais imigrantes, empresas japonesas, e depois as crises do petróleo que aconteceram no final da década de setenta, a imensa inflação e falência dos "baluartes" da imigração japonesa: O Banco América do Sul, a CAC (sim, as batatas! Ainda existem?) e Sul Brasil, todas fundadas por isseis ou nisseis.
Tem hora que foca muito na CAC e fica meio chato. Tem uns sete capítulos só sobre a CAC e o Kenkiti Shimomoto. Enquanto o outro livro idolatra o Ryo Mizuno, nesse aqui idolatra o Kenkiti Shimomoto.
É normal e saudável fazer questionamentos ao autor depois que se lê um livro. ;)
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