Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars (1996)
Vários jogos eu tinha uma curiosidade imensa de jogar, e volta e meia tenho a chance de colocar as mãos nesses games. Alguns super me frustam (como 1080º Snowboarding, ou Wave Race 64), mas quando encontra um desses que acho muito legais eu fico indagando: como consegui viver sem jogar isso antes?
O jogo dessa vez é Super Mario RPG: Legend of Seven Stars, onde nele você controla o Mario que deve salvar a princesa Peach que foi raptada pelo Bowser (grande novidade!). Mas no meio do caminho sua história se cruza com Mallow, um sapo que foi abandonado pela sua família e Geno, um boneco que ganha vida para ajudar Mario a recuperar as Sete Estrelas para restaurarem a Star Road e assim devolver ás pessoas a habilidade de tornar seus sonhos realidade.
Eu gostei pois o Bowser não é o vilão
Ok, lendo essa minha descrição acima é meio difícil imaginar isso. Um jogo de RPG que se preza possui vários "plot twists" no meio do roteiro, e embora durante pelo menos o primeiro terço do jogo somos levados a pensar que é tudo culpa do Bowser, vemos que havia um vilão ainda pior que o Bowser. Smithy!
Esse tal de Smithy é um ferreiro (super original o nome, huh?) e ele usa suas habilidades para o mal, criando seres na sua própria fábrica que são espalhados pelo mundo afora pra causar o caos. E ele escolhe justamente o castelo do pobre Bowser que, como eu disse, não é o vilão do jogo. Só é um pobre malvado que foi expulso do próprio castelo e quer ele de volta pra que ele possa sequestrar a Peach em paz. Ele inclusive luta contra os malvados ao lado do Mario, como um personagem controlável. Eu pensei que morreria sem ver isso!
Eu não gostei do controle
Não dá pra negar que o jogo é super à frente da sua época. Ele não é um jogo sidescrolling como eram até então os jogos do Mario. E estamos em 1996, três meses depois desse game foi lançado Super Mario 64 que foi uma revolução imensa. E depois disso, na época, houve um boom imenso de jogos de plataforma 3D. Sim, o jogo estava muito à frente da época, exceto por um fator: o controle do SNES não tinha um analógico.
E isso dificultava horrores. Eu joguei no meu Wii com um Classic Controller, com analógico, mas todas as vezes que eu ia pro controle digital eu achava muito difícil colocar o Mario no lugar que eu queria. Talvez quem jogou na época no SNES não ache isso muito difícil (e poderia ser pior, poderia ser um tank controller como em Resident Evil), mas eu achei bem chato.
Eu gostei dos easter eggs
O jogo foi muito bem feito, a ponto de usar várias referências que deixam o jogo super autêntico, e mostra que o pessoal da Square conseguiu transpor com maestria um jogo clássico como Mario para o RPG sem perder o espírito. Por exemplo, uma das armas que o Mario mais usa é Martelo! Referência ao primeiro jogo dele, do NES, o clássico Donkey Kong (na época quem Mario era apenas o Jump-man, nem nome tinha).
A arma mais legal do Bowser é uma luva em que ele lança o Mario contra o inimigo. E as técnicas de recuperação de HP da Peach tem nomes meigos, como "Therapy" ou "Group Hug", hahaha! Isso sem contar outros milhares de easter eggs perdidos no game. Um que me surpreendeu foi em uma cidade que eu levei o Mario pra tirar uma soneca pra recuperar o HP e quando acordo quem estava dormindo na cama ao lado? Link! Da série Zelda! Tem muitos detalhes escondidos que são sensacionais!
Eu gostei da trilha sonora
Capricharam nisso também. Tem um mix de músicas clássicas do Mario, com canções novas (exclusivas da série). O jogo é super colorido, e a trilha sonora não poderia ser diferente, é muito empolgante e viciante! Por exemplo, uma das músicas originais é o tema de batalha:
É engraçado que fica na sua cabeça depois de tanto jogar e a gente fica cantarolando por aí, hahaha. Acho que isso só acontece quando a música é realmente algo único e fica na nossa cabeça. Isso tudo é sensacional!
Eu não gostei da batalha final
O jogo é fácil. Não foi difícil pra mim como foi, por exemplo, Final Fantasy III (não o FFVI). E sinceramente eu não morri uma única vez no jogo, exceto quando cheguei no chefão final. O jogo tem uma linha de dificuldade que se mantém quase que na mesma dificuldade, mas putz, chegou o penúltimo chefe (o gerente da fábrica do Smithy) foi bem difícil.
Aí chegou o Smithy e, nossa, era beirando o impossível. E quando chegava na última forma dele eu sempre morria quando ele lançava dois "Sword Rain" em mim. Mas repito: é um RPG fácil. Mas não quer dizer que não seja divertido. Mas sei lá, seria melhor ter uma dificuldade crescente, e não o jogo ser fácil inteiro e do nada o chefão final ser impossível. O jeito foi deixar todos os personagem no nível máximo (30) e ir encarar o bichão. Aí deu certo e terminei o game!
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