Amber #81 - Primogênita.

20 de setembro de 1939
13h03

“Presumo que você seja Liesl Pfeiffer. Alice e Anastazja falaram de você”, disse a russa, com um ar sério, “No mínimo tem que se admitir que elas tinham fé. A ideia era ir atrás de você em Lvov quando as coisas se acalmassem, mas pelo visto você foi bem mais rápida. Quando recebemos notícias do telégrafo de que havia uma senhorita chamada Liesl buscando Alice e Anastazja, desistimos de tentar voltar até Lvov e aguardar aqui”.

“Telégrafo?”, perguntou Liesl.

“Sim, meio rústico, e com muitas falhas, mas sobrou algo em pé do que foi um dia a comunicação dos poloneses”, disse a russa, “Aliás, me perdoe a falta de modos. Meu nome é Natasha. Natasha Aleksandrovna. Como pode ver, sou uma agente soviética da NKVD. Estou na liderança dos homens daqui”.

Liesl nessa hora ficou abismada. Tudo bem que Natasha não parecia nem um pouco jovem. Mas não apenas era uma líder do local, como uma agente da inteligência. E possivelmente de alta patente também. Era difícil de acreditar que tudo aquilo estava acontecendo. Mas antes de encontrar Alice e Anastazja, Liesl tinha que fazer uma coisa antes. Pediu licença para Natasha e foi correndo até a carroça onde estava a menina sem nome. Pediu para pararem e subiu no local onde havia viajado no último dia. A menina sem nome estava lá, como sempre, olhando para o nada e brincando com o que tinha na mão.

“Ah, você tá aqui”, disse Liesl ao encontra-la. A menina olhou pra Liesl e continuou brincando com uma bolinha de gude, jogando de um lado pro outro, “Escuta, eu as encontrei, vou ficar por aqui. Você vai ficar bem sozinha?”.

“Sim”, disse a menina, sem esboçar nenhum tipo de preocupação consigo mesma.

“Eu vou fazer isso que você pediu. Encontrarei as três pessoas. Voltarei para a Alemanha, vou anotar meu endereço aqui e você pode me...”

“Eu te encontro”, disse a menina.

Liesl suspirou. Nem mesmo na hora da despedida a menina aparentava expressar uma emoção. Continuava distante, e ao mesmo tempo alerta. Era muito complicado decifra-la.  Liesl apenas a fitou e balançou a cabeça positivamente. Provavelmente a menina nem viu o gesto de Liesl. Mas isso não importava. Se o destino as faria cruzar novamente, ele mesmo faria com que isso acontecesse.

Liesl desceu da carroça e foi até Natasha.

“Muito bem. Vamos indo então. Nessa direção?”, perguntou Liesl indo ao lado de Natasha.

“Sim, é logo ali”, confirmou Natasha. Quando Liesl enfim chegou perto da entrada na barraca viu que Anastazja estava do lado de fora, sentada numa pedra. De início não acreditou, Liesl estava toda ferida e enfaixada, andando com dificuldades. Mas quando confirmou que ela era mesma, Anastazja deu um grito de alegria chamando Alice:

“Minha, nossa, eu não acredito!! Alice, Alice, Alice!! Vem logo! É a Liesl mesmo!!”, gritou Anastazja e segundos depois Alice também saiu da barraca. Anastazja correu até Liesl e a abraçou de maneira apertada. Liesl soltou uns gritinhos de dor, mas aquela dor não era nada comparada com o alívio de ver as duas sãs e salvas. Momentos depois Alice também colocou a cabeça pra fora da barraca e viu Liesl lá, e assim como Anastazja, Alice gritou e correu até ela, e as três se abraçavam e choravam, como se não se vissem há anos.

“Liesl, sua boba! A gente ia te buscar!”, gritava Alice enquanto derrubava lágrimas de felicidade em cima de Liesl, que também não acreditava que estava no meio daquele abraço.

Depois de tantos beijos, abraços e gritos, enfim as duas pareciam mais calmas, e foram em direção da barraca:

“Eu não acredito que vocês foram sozinhas atrás do coronel. Vocês são malucas!”, disse Liesl, como um desabafo, “Da próxima vez eu vou matar vocês!”, brincou.

Nessa hora Alice e Anastazja trocaram um olhar sem graça. Liesl percebeu isso e ficou confusa.

“Espera aí. Vocês acharam o coronel Briegel, não acharam?”, perguntou Liesl.

E logo após dessa pergunta uma mulher saiu da barraca. Ela aparentava ter uns sessenta anos, tão velha quanto era Natasha. Mas ainda assim tinha um corpo em tão boa forma quanto, que não dava aparência de fragilidade, apesar das poucas rugas e sinais de expressão. Tinha um cabelo castanho claro, olhos escuros e estava fumando. Era bem alta, e parecia ser uma pessoa forte. Sua expressão era séria, com as sobrancelhas arqueadas e um ar esnobe de superioridade. Ao ver Liesl se aproximando fixou o olhar nela.

“Olha, na minha defesa, havia um Briegel sim, como eu decifrei na mensagem. Eu não errei”, disse Anastazja, como se falasse num tom de desculpa, “Acontece que não era bem o Briegel que estávamos atrás”.

“Não acharam o coronel?”, disse Liesl, enquanto se aproximava ao lado das duas da barraca, e da mulher que fumava, “Então quem era o Briegel da mensagem?”.

Alice tomou a frente e apontou o dedo para a mulher que fumava. Mulher esta que ao mesmo tempo permanecia com um olhar inquisidor contra Liesl.

“Liesl, vou te apresentar a irmã mais velha do papai, a primogênita da família”, disse Alice, apontando para a mulher, “Essa é Brigitte Briegel”.

Os olhos de Liesl se arregalaram. Era a última opção que ela pensava que fosse. E de todos os irmãos teria que ser justamente a que o coronel mais dizia que detestava? Brigitte Briegel nessa hora cruzou os braços e ficou encarando Liesl, enquanto tragava seu cigarro e soltava a fumaça pelo nariz. Ela não parecia em nada o coronel. E menos ainda o pai, Heinrich. Nessa hora Liesl percebeu que talvez Brigitte teria eventualmente puxado mais a mãe, pois não tinha quase nada de parecido com os dois. Exceto aquela cara emburrada e de poucos amigos. Essa era similar a do pai. Até um pouco pior de certa forma.

“É você a tal pirralha que o idiota do meu irmão treinou?”, perguntou Brigitte. Liesl apenas confirmou com a cabeça, sentindo um pouco de medo de Brigitte, “Pelo visto o treinamento dele foi te ensinar a ser uma imbecil sem cérebro. Tem uma guerra acontecendo lá fora, sua pentelha. Você poderia ter morrido. Chegou viva aqui por sorte, nada mais”.

Nessa hora Liesl ficou quieta. Por mais que pensasse, não conseguia ver nada de errado na fala de Brigitte. Realmente foi um ato de sorte. Especialmente viajando ao lado da menina anônima, um perigo enorme, além de ter se infiltrado numa caravana polonesa, mesmo sendo uma alemã, no meio da Polônia sendo estuprada pela Alemanha nazista de um lado e a União Soviética do outro.

Mas dentro da sua mente, ela tinha várias perguntas a fazer. Brigitte Briegel mandou trazer alguns bancos para que se sentassem, e conversaram ali fora mesmo da barraca. Liesl, Alice, Anastazja e Natasha sentadas, e Brigitte Briegel em pé, um pouco mais na frente, mas de forma que conseguisse visualizar tanto o horizonte, quanto ouvir a conversa.

“O que exatamente aconteceu? Minha cabeça tá toda embaralhada, eu pensei que tinha passado apenas alguns segundos, e tomei um susto quando acordei sozinha em um lugar que não conhecia e toda machucada”, disse Liesl, buscando na sua mente o que havia acontecido, “O que fizeram nesse meio tempo depois que o Dirlewanger estava me chutando?”.

Alice e Anastazja se olharam. Foi Alice quem começou.

“Bom, se quer saber se consumaram o estupro comigo, felizmente não. Nem eu sabia que tinha tanta força dentro de mim. Aqueles homens, aquelas mãos, aquilo era tão aterrorizante! E eu não sei porque nenhum deles me ameaçou com uma arma, ou canivete, ou algo assim. Talvez eles estivessem achando que eu não ofereceria resistência, ou algo do gênero. Obviamente foi horrível aquilo tudo”, disse Alice, nessa hora fazendo uma pausa. Seus olhos ficaram marejados, e seu rosto tinha uma expressão de nojo enquanto recordava, “Mas eu tive foi muita sorte. E mais uma vez obrigada, Anastazja. Você foi quem nos salvou de algo pior”.

“Não tem o que me agradecer”, disse Anastazja, passando a mão nas costas de Alice, tentando consola-la, “Naquela hora que eu corri, mesmo machucada, consegui chegar numa estrada. Uma menina, um pouco estranha por sinal, me mostrou onde tinham soldados poloneses, da resistência, por ali. Saí correndo e os achei, e os levei de volta para onde estávamos. Eles chegaram atirando, e os homens que estavam prestes a estuprar a Alice também sacaram suas armas e começaram e trocar tiros. Eles nem sabiam se abotoavam as calças, se corriam, ou se atiravam. Foi um ataque bem de surpresa”.

“Nossa. Que bom que a Alice mandou justo você”, disse Liesl, começando a encaixar os resquícios de memória daquele dia, “E o Kovač?”.

Alice e Liesl ficaram em silêncio por um momento, cabisbaixas.

“Dirlewanger e os outros o levaram”, disse Alice.

“O quê?!”, disse Liesl, se erguendo do banco sem acreditar.

“Ei, senta aí pirralha”, disse Brigitte, ainda se mantendo de costas para Liesl ali perto, “No mínimo aquele inútil do meu irmão te ensinou a levar uma surra. É a única coisa que ele deve prestar mesmo”.

Liesl virou o olhar para Brigitte, mas essa a ignorou. Voltando o olhar para Alice e Anastazja, pediu para que elas continuassem a falar sobre Kovač.

“Eles o levaram. Dirlewanger disse desde o começo que aquele era o objetivo dele. E no meio do tiroteio ele correu para pega-lo, e depois até pisou em cima de você estirada no chão”, disse Alice, “E agora o destino dele está nas mãos dos nazistas”.

“O grande cabeça por trás da fissão nuclear, Leo Szilárd, está seguro nos Estados Unidos. Quero ver se realmente vão conseguir fazer um armamento quebrando uns átomos sem explodirem Manhattan antes”, disse Natasha, carregada na ironia, “Mas de qualquer forma de nada adiantava terem salvado o cabeça e terem deixado Kovač, que no máximo devia ser um pé. E dos tortos. Embora não tenha sido o gênio por detrás, ele sabe exatamente o processo de como se fazer, tanto quanto os que descobriram. Protegeram o cara que inventou a arma, mas deixaram aqui o cara que poderia construir uma. Patético”.

“Era pra eu ter resgatado o Kovač”, disse Brigitte, virando o rosto e encarando Liesl, Alice e Anastazja, “Ele estava aguardando ‘um Briegel’. E ‘esse Briegel’ era eu. Se eu tivesse chegado lá antes, nada disso teria acontecido. Vocês são uma desgraça mesmo, bando de irresponsáveis! Colocaram o mundo em perigo com suas brincadeiras!”, Brigitte Briegel nessa hora jogou o cigarro no chão e o pisou, e começou a andar com passos pesados no chão em direção das três, “Agora aquele imbecil do Hitler pode criar uma arma capaz de destruir cidades inteiras por meio da fissão nuclear. E foi tudo culpa de vocês que deviam ter ficado na Alemanha e jamais terem colocado os pés na Polônia!”.

“Brigitte, não sei se Alice contou, mas o seu irmão desapareceu! Simplesmente sumiu!”, disse Liesl, mas Brigitte não esboçou nada em específico. Isso era um sinal de que ela sabia disso, “Ele parecia estar pesquisando o paradeiro de algumas pessoas, e achamos no meio dessas fichas justamente o Kovač! Achávamos que se fôssemos atrás de Kovač nós encontraríamos o coronel Briegel”, nessa hora Brigitte cerrou os olhos. Provavelmente Alice nem Anastazja lhe contaram essa parte da estória, “Mas acabamos encontrando o Briegel errado”, ao falar Liesl olhou com um olhar ligeiramente irônico para Brigitte, que fingiu não ter visto.

“Mas enfim, pra concluir então”, disse Anastazja, chamando a atenção para si, “Os soldados poloneses nos ajudaram a te prestar os primeiros socorros. Mas qualquer lugar era muito perigoso. Conseguimos um carro e corremos o máximo que podíamos, tentando com todas as forças te manter estável. Francamente foi um milagre você ter sobrevivido”, nessa hora Anastazja fez uma pausa, como se dentro dela fosse preenchida com uma imensa gratidão, “Nos seus delírios você sempre chamava por esse tal ‘coronel Briegel’, a toda hora”, nessa hora Liesl ficou vermelha. Alice deu um sorriso tímido pra ela, como soubesse exatamente o que aquele enrubescer significava, “Mas enfim conseguimos te colocar em um casarão que foi adaptado por uns membros da cruz vermelha. Ficamos lá com você, mas um homem estranho apareceu, disse que havia um tal de Briegel nos procurando, e a pista parecia muito boa”.

“Um homem?”, perguntou Liesl, “Quem?”.

“Não temos ideia”, disse Alice, “Ele não se apresentou. Era careca, bem magro, velho e usava um par de óculos redondo”

Liesl estava profundamente tocada. Apesar de não achar o coronel, ela estava feliz em ver que todas estavam bem. Agora tudo se encaixava perfeitamente.

“Obrigada vocês duas”, iniciou Liesl, “Eu não tenho palavras pra descrever o quanto me sinto grata. No começo eu achava que seria eu quem protegeria vocês, mas pelo visto vocês me protegeram bem mais do que poderia imaginar. Eu agradeço profundamente por tudo”, nessa hora Liesl pegou na mão de Alice carinhosamente, “É verdade que tudo deu errado, não conseguimos achar o coronel, perdemos o Kovač, quase morremos nas mãos de nazistas, entre outras coisas. Mas quer saber, eu faria tudo de novo, afinal...”, nessa hora Liesl virou o olhar pra Anastazja, que estava com os olhos cheios de lágrimas, “...Foi graças a esse ‘erro’ que foi vir para a Polônia que tivemos o maior êxito de todos. Conhecer essa polonesa atrapalhada e ganharmos uma nova e valiosa amiga!”.

Anastazja emocionada começou a chorar de felicidade, enquanto Alice e Liesl a observava com os olhos também marejados.

“Sua boba! Você sabe que eu choro fácil!”, disse Anastazja, limpando as lágrimas teimosas que inevitavelmente caíam dos seus olhos, “Se não sabia, está ciente agora! Vou cortar relações se me fazer ficar assim de novo, dona Liesl Pfeiffer!”, e ao dizer isso, Alice e Liesl caíram na risada.

“Que cara de pau! Ainda me chama de boba, é mole? Eu salvei sua vida, sua mal agradecida!”, disse Liesl, quebrando o gelo, “Mas voltando um pouco, você disse que havia uma menina que você tinha encontrado quando saiu correndo buscando por ajuda. Você lembra dela?”, perguntou Liesl, se lembrando dos detalhes que Anastazja havia dito segundos atrás.

“Sim, eu lembro!”, disse Anastazja enquanto pegava um lenço para enxugar as lágrimas, “Ela não me falou o nome. Mas era baixinha, devia ter uns sete ou oito anos, tinha o cabelo castanho claro encaracolado e uns olhos lindos, que nunca tinha visto antes naquele tom. Eram olhos cor-de-mel extremamente vivos e brilhantes!”.

Liesl nessa hora ao ouvir a descrição ficou de olhos arregalados. Alice também não conseguia acreditar. As duas ainda sem dizer nada olharam entre si. O silêncio perdurou naquela conversa.

“Não entendi a cara e esse silêncio de vocês duas. Devia ser apenas uma menina perdida por aí. Tá cheio de órfãos de pais que foram mortos por nazistas nesse país”, disse Natasha tentando compreender.

“Será que ela era ‘aquela menina’, Alice? Aquela que eu e o coronel achamos na antiga casa da Brigitte um tempo atrás?”, perguntou Liesl. Alice apenas confirmou com a cabeça, ela parecia estar ainda mais chocada.

“Hã? Minha casa?”, perguntou Brigitte ao ouvir que havia sido citada.

“Sim. Na sua antiga casa. É uma longa estória. Mas havia uma criança vivendo lá na sua casa em Brandenburgo. A gente nunca conseguiu descobrir nada dela. Ela não falava muito, se explicava pouco. Mas a descrição era exatamente como a Anastazja contou. Aparentemente sete ou oito anos, cabelo encaracolado e castanho claro e olhos cor-de-mel. Não acredito que ela estava justamente por aqui, porque eu também a encontrei!”, disse Liesl, e nessa hora as outras duas se assustaram, “Foi ela quem me trouxe até aqui. Me tirou do hospital, me colocou numa carroça e veio comigo até aqui”.

Alice continuava chocada. Mas também parecia estar ansiosa, como se tivesse algo que precisasse botar pra fora.

“Liesl, tem uma coisa que eu não te contei. Na verdade com toda essa correria nem mesmo consegui de qualquer forma”, disse Alice, começando a se explicar. Liesl ficou atenta, mas não sabia exatamente o que esperar, “Foi essa menina que apareceu pra mim dizendo que você precisava de ajuda, no celeiro com Anastazja enquanto o Sundermann estava caçando vocês duas”.

“Puxa! Ela é esperta pra uma menina de sete anos. Tem certeza que ela não era um anão?”, disse Brigitte, carregada na ironia, “A mesma menina apareceu pra vocês três. Incrível”.

As três apenas olharam pra Brigitte, também não conseguindo entender o que isso significava.

“Bom, mas podemos ter perdido o Kovač, mas temos aqui um imenso trunfo. Vocês vieram com um objetivo para a Polônia, mas falharam miseravelmente, e só tomaram uma surra atrás da outra. Mas ao menos não precisamos sair dessa terra de ninguém de mãos abanando. Um trunfo que pode nos ser mais útil pra derrubar Hitler do que sabe-lá-deus o que ele vai fazer com uma meia dúzia de átomos que aquele caipira do Kovač pode criar. Isso é, se conseguir é claro, o que eu acho muito, realmente muito difícil”, disse Natasha, e nessa hora as três viraram para ela sem compreender o que ela queria dizer, “Esse trunfo vai realmente mudar o destino dessa guerra. E eventualmente até acabar com ela, antes mesmo de começar”.

“Um trunfo? Não tô entendendo”, disse Alice, olhando pra Liesl tentando achar se devia ter algo nela. O mesmo fez Liesl, olhando pra Alice tentando achar o que poderia haver nela de tanto valor a ponto de acabar com a guerra, “E o que é esse trunfo?”.

“O correto não seria dizer ‘o que é’, e sim perguntar ‘quem seria’”, disse Natasha, apontando com a cabeça para Anastazja, “A melhor arma pra derrubar Adolf Hitler e acabar com o nazismo está sentada nesse banco aqui do meu lado. É uma jovem polonesa chamada Anastazja Maslak”.

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