Seis dias.
Domingo agora estarei prestando a FUVEST.
Entrar na USP e fazer Letras era uma meta do ano passado. Porém, por conta da pandemia, o vestibular que normalmente rolava em novembro foi adiado para janeiro. Eu não vou negar que estou bem nervoso e ansioso, então achei melhor vir escrever aqui para tentar desabafar um pouco.
A ansiedade veio com tudo ali por volta do Natal. Foi mais ou menos quando meu irmão deixou o PS4 comigo e foi passar o Natal com a sogra que eu me liguei que muito em breve seria o tão esperado dia 10 de janeiro, o dia em que eu prestaria enfim a tal prova.
Fiquei um tempo meditando, outro jogando videogame (obrigado Lara Croft por me distrair, graças ao Rise of the Tomb Raider), mas era inevitável que isso voltasse à mente. Não me chegou a tirar o sono, mas me deixava as várias dúvidas que se passam na nossa cabeça quando propomos uma mudança dessas em nossas vidas.
Eu vou passar na FUVEST e entrarei em Letras nesse ano. Quero fazer Português e Coreano, conseguir uma bolsa pra uma pós em Seul, e me mandar desse país. Eu detesto morar em São Paulo, e o Brasil é um país que teve inúmeras chances de crescer e mudar, mas só faz tudo de errado. Não tem um político que não faça merda quando chega lá, isso inclui FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro. Desde a crise de 2008 (e seu agravamento em 2014) tudo ficou muito difícil, e ano após ano as coisas só tem piorado. Isso até elegerem Jair Bolsonaro, um grande energúmeno que afundou ainda mais esse país com seus dois neurônios deficientes, e a pandemia que ele nunca soube administrar terminar de enterrar tudo aqui.
Eu fico pensando como será quando eu ler isso no futuro. Talvez daqui uns cinco ou seis anos eu verei isso aqui que escrevo hoje e poderei ver as decisões que tomei. Fica aqui então essa cápsula do tempo. Será que daqui a uns cinco anos eu estarei realmente deixando esse país pra viver minha vida longe dos meus pais? Ou será que algo inesperado acontecerá na minha vida que modificará meus planos?
Não tem como saber. Mas agradeço à minha terapeuta, amada doutora Isa, que me ajudou a voltar a sonhar mais uma vez.
Comentários