Paciente 63 (2021)

Um podcast lançado no dia do meu aniversário! Tem como melhorar? Tem sim! Ele trata de viagem no tempo, um tema que eu adoro e que qualquer coisa que tem essa temática me faz ficar doido para conhecer. Estou falando de Paciente 63, uma obra original do Spotify, estrelando Mel Lisboa e Seu Jorge.

É muito curioso como o mundo evoluiu. Talvez minha avó ouvisse rádio novelas, e eventualmente até um pouco minha mãe. Quem diria que em 2021 veríamos essa mídia voltando, mas na forma de podcasts, nesse mundo onde se vende que "podemos consumir na hora que quisermos" quando na verdade "ficamos sobrecarregados e querendo fazer sempre mais uma coisa".

(talvez outro dia eu discorra mais sobre isso)

O Paciente 63 é relativamente curto. Eu devorei praticamente cinco episódios só em um dia. Dez episódios de mais ou menos quinze minutos cada, não dá nem metade de um episódio comum de qualquer série televisiva. A coisa que mais gosto é o contraste das vozes do Seu Jorge, toda grave, com a doçura da Mel Lisboa. Tem também uma sonoplastia excelente, numa era digital, sem mais a necessidade de cascas de coco pra fazer passos de cavalo ou chapas de raios-x para fazer trovões (castelo rá-tim-bum, alguém?).

A trama conta a história do Paciente 63, Pedro Roiter, que foi pego, completamente nu e em estado de delírio numa rua, e ao ser levado para um hospital psiquiátrico, ele diz ser um viajante no tempo. Cabe à psiquiatra doutora Elisa Amaral, tentar desvendar esse caso. Só que o negócio vai se ampliando de um jeito que só ouvindo mesmo pra entender onde vai parar.

Como a história se passa em 2022, é muito legal ver uma obra que retrata esse mundo caótico de pandemia e nacionalismo doentio que vivemos. Pense que essa série vai ficar para a posteridade mostrando como está também o mundo no meio da pior pandemia em séculos, assim como Star Wars e Star Trek imortalizaram o clima de corrida espacial, ou que Matrix eternizou aquele mundo apocalíptico do bug do milênio.

Vale muito a pena, indico fortemente!