Contagem regressiva iniciando!
Setembro começou né? Isso é ruim. Ruim porque o Sol entrou em Virgem e saiu do meu signo. U_U~~ Ah, mas Agosto foi como sempre um mês tranqüilo, pena que não aproveitei, hahah...
Mas vamos lá então... Com setembro começa a contagem regressiva até o final do ano. E há quem esteja já mirando em 2008. Nossa... 2008! Quem diria que eu iria chegar a tanto. Mas particularmente sempre romanceei demais a minha morte, e sempre achei que viveria pouco e morreria como aqueles filmes que eu tanto gostava. Mas de tempos pra cá apenas a idéia de morrer - quaisquer sejam os meios e as circunstâncias - têm gradativamente me motivado a não esperar por algo tão pomposo. Pra ser sincero, foi nesses dias que eu comecei a me perguntar de onde eu comecei a querer tanto deixar essa vida. Em que momento da vida eu comecei a olhar mais a morte do que a vida...
Acho que foi com uns quatorze anos que eu comecei a pensar no bom lado da morte. Meu pai sempre a vida inteira com suas conversas, sempre me colocou como a maior dívida que ele teve. Eu já taquei isso na cara dele, mas ele não admite. A diferença é o teor da conversa. Algo como "Eu pago tudo o que você gasta." e "Você não dá o menor valor ao meu esforço!", se bem que 90% das coisas que eu tenho eu não pedi pra ele, ele que dava. Hoje vejo que era meio que um trabalho clichê: o cara não pede nada, mas recebe. Ele recebe e logo pode ser cobrado. Se ele usa então, nem se fala, mais motivo pra cobrar e com o dobro de juros e correção monetária. Mas a cobrança claro, vinha no emocional. E dar valor ao esforço dele eu sempre dei. Poderia ter me juntado aos meus amigos do colégio que se drogavam mas eu ficava lá, eles do meu lado de drogando e eu lá numa boa. Ou quem sabe me juntar a alguns outros que hoje ouvi falar que são do tipo robbers, mas também nunca me juntei. Não foi por covardia. Foi a minha índole.
Desde então todo esse peso de cobranças por algo que eu não tinha culpa - que era exatamente a de ter nascido - me criou mais um dos muitos traumas que o pobre desajustado do meu pai me pôs: o de não querer ter filhos. Afinal, filhos são dívidas eternas, e o jeito que ele brigava comigo já deixava bem claro. Nessa época também que eu comecei a pegar ódio do dinheiro, mas isso fica pra um outro dia.
Podemos começar aí como a primeira provocação de guerra, mas não ficou apenas nisso, como sempre. Na verdade eu nunca liguei muito pelos meus amigos namorarem e eu não. Não me imaginava com vinte anos. Imaginava que iria terminar o colegial e... Sumir do mundo? Afinal havia completado o que me foi estipulado. Aí veio a faculdade. Mas quanto mais o tempo vai passando, e mais as rugas precoces vão aparecendo, vejo menos futuro ainda pra mim.
Desvirtuando os conceitos de antigamente, eu me considero deveras diferente. Minha amiga Daisy insistia dizendo que eu não mudei nada. Pobre coitada, creio que pelo susto que deva ter levado com um novo Alain magro, mais alto e cabeludo em relação á imagem mental que ela tinha na mente do Alain gordinho, estatura média e com cabelo baixo, creio que ela queria resgatar o passado de alguma forma. Azar o dela, talvez não saiba o quanto eu mudei, e isso é bem dificil de reparar-se ainda em uma conversa de apenas alguns míseros minutos.
Mas naquela época ainda tinha medo de morrer - embora eu realmente de fato quisesse. Não me venham com aquelas apologias típicas de pessoas que se acham melhores que os outros. Não estou dizendo que o meu estilo de vida é o correto, e também não posso negar que existem pessoas que são mais afortunadas do que eu, que provém de mulheres, dinheiro e roupa-lavada (odeio lavar roupa. Passar então... Ainda bem que só de ver a minha mãe fazendo isso eu já me canso por ela). É tudo questão de ponto de vista meus caros. Eu sou diferente dos outros, enquanto eles querem mais dinheiro, mais trabalho e mais carros, eu quero menos.
Eu não quero dinheiro. Na verdade se fosse pra viver eu gostaria de fazer uma única coisa: deixar absolutamente tudo pra trás. Ter uma chance pra deixar tudo e viver eu apenas comigo mesmo. Deixar amigos, família, mulher, dinheiro, casa... Queria viver igual a um andarilho, e queria ajudar as pessoas. De forma mendingante mesmo, mas sempre com a cabeça erguida. Eu penso bastante quando eu ando, por isso acho que acabarei morrendo ainda atropelado, afinal já fiquei bastante aéreo enquanto caminhava. O meu sonho além de morrer é ser um andarilho, um mero transeunte sem dinheiro mas com toda a boa vontade. Deixar pra trás tudo e viver dessa maneira. Passando fome, sem dinheiro, sem roupa (opa... aí também não! hahaha... Meu corpo é horrível e todo distorcido. Por isso nunca vou a praias ou piscinas).
Quem sabe eu comece a dar mais valor a viver. =\ Ou quem sabe eu apreenda a viver desse modo?
Mas infelizmente a chance de morrer já me foi tirada há muito tempo. Nem esse direito eu tenho mais. Não da forma que eu realmente almejava.
Mas vamos lá então... Com setembro começa a contagem regressiva até o final do ano. E há quem esteja já mirando em 2008. Nossa... 2008! Quem diria que eu iria chegar a tanto. Mas particularmente sempre romanceei demais a minha morte, e sempre achei que viveria pouco e morreria como aqueles filmes que eu tanto gostava. Mas de tempos pra cá apenas a idéia de morrer - quaisquer sejam os meios e as circunstâncias - têm gradativamente me motivado a não esperar por algo tão pomposo. Pra ser sincero, foi nesses dias que eu comecei a me perguntar de onde eu comecei a querer tanto deixar essa vida. Em que momento da vida eu comecei a olhar mais a morte do que a vida...
Acho que foi com uns quatorze anos que eu comecei a pensar no bom lado da morte. Meu pai sempre a vida inteira com suas conversas, sempre me colocou como a maior dívida que ele teve. Eu já taquei isso na cara dele, mas ele não admite. A diferença é o teor da conversa. Algo como "Eu pago tudo o que você gasta." e "Você não dá o menor valor ao meu esforço!", se bem que 90% das coisas que eu tenho eu não pedi pra ele, ele que dava. Hoje vejo que era meio que um trabalho clichê: o cara não pede nada, mas recebe. Ele recebe e logo pode ser cobrado. Se ele usa então, nem se fala, mais motivo pra cobrar e com o dobro de juros e correção monetária. Mas a cobrança claro, vinha no emocional. E dar valor ao esforço dele eu sempre dei. Poderia ter me juntado aos meus amigos do colégio que se drogavam mas eu ficava lá, eles do meu lado de drogando e eu lá numa boa. Ou quem sabe me juntar a alguns outros que hoje ouvi falar que são do tipo robbers, mas também nunca me juntei. Não foi por covardia. Foi a minha índole.
Desde então todo esse peso de cobranças por algo que eu não tinha culpa - que era exatamente a de ter nascido - me criou mais um dos muitos traumas que o pobre desajustado do meu pai me pôs: o de não querer ter filhos. Afinal, filhos são dívidas eternas, e o jeito que ele brigava comigo já deixava bem claro. Nessa época também que eu comecei a pegar ódio do dinheiro, mas isso fica pra um outro dia.
Podemos começar aí como a primeira provocação de guerra, mas não ficou apenas nisso, como sempre. Na verdade eu nunca liguei muito pelos meus amigos namorarem e eu não. Não me imaginava com vinte anos. Imaginava que iria terminar o colegial e... Sumir do mundo? Afinal havia completado o que me foi estipulado. Aí veio a faculdade. Mas quanto mais o tempo vai passando, e mais as rugas precoces vão aparecendo, vejo menos futuro ainda pra mim.
Desvirtuando os conceitos de antigamente, eu me considero deveras diferente. Minha amiga Daisy insistia dizendo que eu não mudei nada. Pobre coitada, creio que pelo susto que deva ter levado com um novo Alain magro, mais alto e cabeludo em relação á imagem mental que ela tinha na mente do Alain gordinho, estatura média e com cabelo baixo, creio que ela queria resgatar o passado de alguma forma. Azar o dela, talvez não saiba o quanto eu mudei, e isso é bem dificil de reparar-se ainda em uma conversa de apenas alguns míseros minutos.
Mas naquela época ainda tinha medo de morrer - embora eu realmente de fato quisesse. Não me venham com aquelas apologias típicas de pessoas que se acham melhores que os outros. Não estou dizendo que o meu estilo de vida é o correto, e também não posso negar que existem pessoas que são mais afortunadas do que eu, que provém de mulheres, dinheiro e roupa-lavada (odeio lavar roupa. Passar então... Ainda bem que só de ver a minha mãe fazendo isso eu já me canso por ela). É tudo questão de ponto de vista meus caros. Eu sou diferente dos outros, enquanto eles querem mais dinheiro, mais trabalho e mais carros, eu quero menos.
Eu não quero dinheiro. Na verdade se fosse pra viver eu gostaria de fazer uma única coisa: deixar absolutamente tudo pra trás. Ter uma chance pra deixar tudo e viver eu apenas comigo mesmo. Deixar amigos, família, mulher, dinheiro, casa... Queria viver igual a um andarilho, e queria ajudar as pessoas. De forma mendingante mesmo, mas sempre com a cabeça erguida. Eu penso bastante quando eu ando, por isso acho que acabarei morrendo ainda atropelado, afinal já fiquei bastante aéreo enquanto caminhava. O meu sonho além de morrer é ser um andarilho, um mero transeunte sem dinheiro mas com toda a boa vontade. Deixar pra trás tudo e viver dessa maneira. Passando fome, sem dinheiro, sem roupa (opa... aí também não! hahaha... Meu corpo é horrível e todo distorcido. Por isso nunca vou a praias ou piscinas).
Quem sabe eu comece a dar mais valor a viver. =\ Ou quem sabe eu apreenda a viver desse modo?
Mas infelizmente a chance de morrer já me foi tirada há muito tempo. Nem esse direito eu tenho mais. Não da forma que eu realmente almejava.
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