Sonho com a Angela...
Texto originalmente escrito no dia 24 de outubro de 2007, às 7h20.
Hoje acordei como quem não quisesse acordar. É engraçado como sonhos parecem tão reais que abrimos mão de viver a dura realidade e acreditar naquela espécie de outra dimensão que se abrem pra nós. Decidimos viver naquilo, abandonar tudo ás vezes. Acordei triste, ainda estou muito triste.
Faz um mês e dois dias que a Angela sumiu. Não tive notícias dela durante todo esse tempo. No começo, o desespero tomou conta de mim. Imaginei mil coisas que tivessem acontecido talvez ? desde a morte dela, até a volta dela para Taiwan, entre coisas até piores ? enviava mensagens, e em um único dia cheguei a ligar pra ela cinco vezes. Nenhuma delas ela me atendia. Lembro ainda da última vez que falei com ela. Não lembro exatamente a data, mas ela me disse que me ligaria mais tarde. Esse mais tarde dura até hoje.
Sonhei com ela hoje. Estava no metrô com o André e a Gabi. Desceríamos numa estação próximo à Liberdade, que dá num parque. Conhecida como ?estação chinesa?, acho que era um nome estranho, se não me engano era ?Estação Hong?, ou algo do tipo. Descemos dela e fomos andando pelo parque, iríamos fazer um trabalho. Quando eu a vi em meio a alguns amigos dela. Lá estava ela, vestindo uma blusa vermelha, calça bege e tudo estava lá, até a sua pinta no queixo.
Gritei o nome dela, e ela se virou. Sorriu pra mim e disse meu nome. Corri pra ela e a abracei. Abracei exatamente igual aqueles filmes antigos. Eu a abracei como se pudesse segura-la ali naquele momento pra sempre. Que o mundo inteiro continue, naquele momento o tempo havia parado. No sonho, sentia uma vontade imensa de chorar. Chorei desesperadamente enquanto eu a apertava por entre meus braços. Chorei como muito não havia feito antes ? logo eu que disse pra ela que não choro por ninguém, naquele sonho comecei a chorar feito um mero infante.
Ela pediu licença e foi de maneira ágil encontrar alguns amigos. Eu ainda estava em uma espécie de estado de choque. Tinha medo de que ela fosse novamente e não voltasse. Porém ela voltou! Vi novamente aquele sorriso único dela. Fomos andar pelo parque. Na hora nem sabia onde estavam meus amigos, provavelmente já haviam me deixado há muito. Perguntei pra ela onde estava, o que aconteceu, e ela disse ?Nada.?, perguntei sobre o celular, porque ela não atendia mais as minhas ligações, e ela disse que estava tudo normal, só que um dos celulares foram roubados, logo teria que ligar pro outro. Eu falei ainda que estava louco atrás dela, que estava pensando seriamente em fazer algum tipo de loucura, como ir até Mogi das Cruzes encontrá-la.
Ela sorriu. E tudo ficou escuro.
Eu havia acordado. Lá estava eu na minha cama. A manta que cobria meu corpo estava agora em meus braços. Senti que estava abraçando-a, e não havia ninguém ali. A Angela não estava ali. Ninguém estava ali. Nenhuma lágrima havia caído, acho que perdi a capacidade de chorar. Chorar apenas nos sonhos, onde eu poderia ser humano novamente. Onde poderia sentir por ficção a felicidade que não provaria na realidade. Vi o relógio ? sete e dois da manhã ? era hora de acordar e enfrentar mais um longo dia de faxina. A frustração tomou conta de mim exatamente porque eu não havia perguntado o mais importante.
Não havia perguntado se ela me ama, ou se me amou, ou ainda se me amaria.
Hoje acordei como quem não quisesse acordar. É engraçado como sonhos parecem tão reais que abrimos mão de viver a dura realidade e acreditar naquela espécie de outra dimensão que se abrem pra nós. Decidimos viver naquilo, abandonar tudo ás vezes. Acordei triste, ainda estou muito triste.
Faz um mês e dois dias que a Angela sumiu. Não tive notícias dela durante todo esse tempo. No começo, o desespero tomou conta de mim. Imaginei mil coisas que tivessem acontecido talvez ? desde a morte dela, até a volta dela para Taiwan, entre coisas até piores ? enviava mensagens, e em um único dia cheguei a ligar pra ela cinco vezes. Nenhuma delas ela me atendia. Lembro ainda da última vez que falei com ela. Não lembro exatamente a data, mas ela me disse que me ligaria mais tarde. Esse mais tarde dura até hoje.
Sonhei com ela hoje. Estava no metrô com o André e a Gabi. Desceríamos numa estação próximo à Liberdade, que dá num parque. Conhecida como ?estação chinesa?, acho que era um nome estranho, se não me engano era ?Estação Hong?, ou algo do tipo. Descemos dela e fomos andando pelo parque, iríamos fazer um trabalho. Quando eu a vi em meio a alguns amigos dela. Lá estava ela, vestindo uma blusa vermelha, calça bege e tudo estava lá, até a sua pinta no queixo.
Gritei o nome dela, e ela se virou. Sorriu pra mim e disse meu nome. Corri pra ela e a abracei. Abracei exatamente igual aqueles filmes antigos. Eu a abracei como se pudesse segura-la ali naquele momento pra sempre. Que o mundo inteiro continue, naquele momento o tempo havia parado. No sonho, sentia uma vontade imensa de chorar. Chorei desesperadamente enquanto eu a apertava por entre meus braços. Chorei como muito não havia feito antes ? logo eu que disse pra ela que não choro por ninguém, naquele sonho comecei a chorar feito um mero infante.
Ela pediu licença e foi de maneira ágil encontrar alguns amigos. Eu ainda estava em uma espécie de estado de choque. Tinha medo de que ela fosse novamente e não voltasse. Porém ela voltou! Vi novamente aquele sorriso único dela. Fomos andar pelo parque. Na hora nem sabia onde estavam meus amigos, provavelmente já haviam me deixado há muito. Perguntei pra ela onde estava, o que aconteceu, e ela disse ?Nada.?, perguntei sobre o celular, porque ela não atendia mais as minhas ligações, e ela disse que estava tudo normal, só que um dos celulares foram roubados, logo teria que ligar pro outro. Eu falei ainda que estava louco atrás dela, que estava pensando seriamente em fazer algum tipo de loucura, como ir até Mogi das Cruzes encontrá-la.
Ela sorriu. E tudo ficou escuro.
Eu havia acordado. Lá estava eu na minha cama. A manta que cobria meu corpo estava agora em meus braços. Senti que estava abraçando-a, e não havia ninguém ali. A Angela não estava ali. Ninguém estava ali. Nenhuma lágrima havia caído, acho que perdi a capacidade de chorar. Chorar apenas nos sonhos, onde eu poderia ser humano novamente. Onde poderia sentir por ficção a felicidade que não provaria na realidade. Vi o relógio ? sete e dois da manhã ? era hora de acordar e enfrentar mais um longo dia de faxina. A frustração tomou conta de mim exatamente porque eu não havia perguntado o mais importante.
Não havia perguntado se ela me ama, ou se me amou, ou ainda se me amaria.
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