Entre bitolação e liberdade

Estava vendo esses dias o ativismo hacker que anda "ajudando regimes autoritários" pelo mundo. Até o Irã está sendo ajudado por hackers americanos.
Boa medida, boa iniciativa.

Enquanto passava o cartão de débito depois do almoço no restaurante me caiu a questão: se eu fosse um procurado pela polícia, todos saberiam onde estaria só daquele pedaço de plástico passar na máquina da Cielo. Algo como: "Passei o cartão agora, poderia ser preso agora".
Ou então escutas telefônicas, ou ainda a internet. Talvez todos se virem e digam: A Internet é livre! Defendemos a liberdade, não há hierarquia, não tem como fazerem algo comigo. Será mesmo?

Por exemplo, porque será que esses países enchem tanto o saco pra que países onde existe censura na internet acabem com a censura? Querendo ou não existe grandes firewalls que filtram todo o conteúdo e bloqueiam tantos outros dentro de uma China ou Irã da vida. Será que, usar a internet num regime autoritário seja mais seguro que numa democracia? Não é dificil criar uma "escuta" em nossas coisas, afinal está tudo lá, em forma de bits.

O que impediria o FBI de entrar no Gmail do Osama Bin Laden, por exemplo (se ele tivesse)? A Google é americana, ela sabe o que falamos, como pensamos e o que buscamos. E é uma empresa. Um órgão muito frágil dentro de um poderio de uma CIA ou FBI da vida.

Fico pensando nisso, estamos migrando cada vez mais para um mundo totalmente digital, onde tudo é cada vez mais fácil de se investigar. Investigadores provavelmente estariam perdendo cada vez mais sua capacidade de insight. E como sempre, o método mais fácil e seguro de se comunicar ainda seja via cara-a-cara com as pessoas, em pleno século XXI. Ou não!

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