Um tempo que chegará para todas.

Faz quatro ou cinco meses, uma amiga me achou numa rede social das muitas que faço parte.

De cara não a reconheci. Lembro da menina que estudava comigo, era bem pobre, várias espinhas na cara, não muito baixinha, mas muito engraçada. Na época, eu gostava dela, era uma paquerinha que não era recíproca, mas eu era apaixonadinho por ela sim por um bom tempo.

Mas quando a vi na foto, com um rapaz com cara de maridão do lado, vou admitir que levei um sustinho.

Casada, falando inglês fluentemente, deve ter um ou dois rebentos nascidos. Morando na Inglaterra, provavelmente.
Achei meio engraçado na hora. Imagina se nossos destinos tivessem se cruzado além daquela amizade, ou daquele fora que levei?
Fiquei pensando "como seria".

É foda, parceiro.
Destino, né? Esse tipo de coisa me dá um pouco de medo. Mas acho que pior do que medo em coisas que você acredita, é em coisas que você não acredita.
Por exemplo, não acredito em "destino". Acho que a gente cria nosso próprio, no máximo. E não vou negar que depois daquele fora no colégio, anos mais tarde tive minha chance de ficar junto dela. Mas aí fui eu que disse "não" pra ela.
Mas não foi um "não" com ressentimento. Foi um "não" de, "não estou mais interessado".

Por um momento fiquei pensando nesse casório, como as coisas andaram, evoluíram. Mas... já foi.
Acho que pensar no "já foi" é a coisa mais sensata e fácil de se fazer num momento como esse.

Eu tenho um hábito de trancar as pessoas. Querendo ou não. Como não sou de procurar ninguém pra manter contato, todos sempre acabam me achando.
Mundo girou, aconteceram muitas coisas comigo desde o colegial. Coisas que nem ela talvez imagine, e muita coisa que ninguém, muito menos ela, jamais irá saber.
E já vieram uma, duas, três... Vieram tantas depois dela que, essa donzela ficou trancada lá atrás. E dela, só me veem mesmo memórias de um tempo. Bem longe.


Um tempo, que chegará para todas.
Afinal todas passam, né? Tudo na vida é bem passageiro.

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