Sangue e Sakê.
Um sakê sempre é bom. Se o sakê está ruim, é porque o problema está em você. Para conseguir apreciar a bebida durante o ano você tem o calor do verão, as pétalas de cerejeira da primavera, as folhas do outono e a branca neve do inverno. Somente isso você precisa que entre em você para que essa bebida crie significado mais profundo.
Porém quanto mais bebia aquilo, menos sentia o sabor.
Parecia ruim. Um gosto amargo. Parecia um pouco sangue.
Pessoas entravam e saiam daquele estabelecimento. Uma donzela sentou exatamente atrás de mim, numa mesa. Pediu uma garrafa. Foi aí então que, depois do garçom entregar, três homens chegaram e tomaram a garrafa dela.
"Mulher, sirva-nos!"
Ela olhava com aqueles olhos frios e os ignorava. Talvez inconscientemente ela sabia que não devia estar fazendo aquilo. O silêncio tomou, e seu silêncio foi a negativa ao pedido deles. Ela levou o sakê na sua taça e bebeu calmamente.
"VOCÊ É UMA VADIA!! SOMOS DO FEUDO LOCAL, SE NÃO FOSSE POR NÓS VOCÊS JAMAIS TERIAM PAZ AQUI PRA BEBER ESSE SAKÊ!! ME SIRVA LOGO!!"
"Idiota. Vocês são rendidos ao Tokugawa. São do tipo que põe o rabo entre as pernas e correm dos monarquistas..."
O silêncio tomou conta do local. Aqueles segundos de silêncio foi quebrado depois pelo próprio arruaceiro.
"QUEM DISSE ISSO??"
Foi aí que eu me levantei e me aproximei dele.
"Deixe esse donzela em paz. Se quiser resolver alguma coisa, estou te esperando lá fora."
E dei as costas, e saí do recinto.
A garota, que sequer falou comigo, ou sequer conhecia, confessou algum tempo mais tarde que soava como um verdadeiro paladino da justiça. Ela foi atrás de mim, para agradecer. Mas quando encontrou me viu no centro de uma chuva.
Tudo era tingido de vermelho, uma chuva de sangue.
"Pessoas usam a palavra 'chuva de sangue' quando se referem a uma tragédia, não? Pelo visto, o senhor realmente faz chover. Uma chuva de sangue".
Eu havia sido encurralado pelos dois desordeiros, e o sangue que tingia aquela noite era dos próprios espadachins já assassinados.
Porém quanto mais bebia aquilo, menos sentia o sabor.
Parecia ruim. Um gosto amargo. Parecia um pouco sangue.
Pessoas entravam e saiam daquele estabelecimento. Uma donzela sentou exatamente atrás de mim, numa mesa. Pediu uma garrafa. Foi aí então que, depois do garçom entregar, três homens chegaram e tomaram a garrafa dela.
"Mulher, sirva-nos!"
Ela olhava com aqueles olhos frios e os ignorava. Talvez inconscientemente ela sabia que não devia estar fazendo aquilo. O silêncio tomou, e seu silêncio foi a negativa ao pedido deles. Ela levou o sakê na sua taça e bebeu calmamente.
"VOCÊ É UMA VADIA!! SOMOS DO FEUDO LOCAL, SE NÃO FOSSE POR NÓS VOCÊS JAMAIS TERIAM PAZ AQUI PRA BEBER ESSE SAKÊ!! ME SIRVA LOGO!!"
"Idiota. Vocês são rendidos ao Tokugawa. São do tipo que põe o rabo entre as pernas e correm dos monarquistas..."
O silêncio tomou conta do local. Aqueles segundos de silêncio foi quebrado depois pelo próprio arruaceiro.
"QUEM DISSE ISSO??"
Foi aí que eu me levantei e me aproximei dele.
"Deixe esse donzela em paz. Se quiser resolver alguma coisa, estou te esperando lá fora."
E dei as costas, e saí do recinto.
A garota, que sequer falou comigo, ou sequer conhecia, confessou algum tempo mais tarde que soava como um verdadeiro paladino da justiça. Ela foi atrás de mim, para agradecer. Mas quando encontrou me viu no centro de uma chuva.
Tudo era tingido de vermelho, uma chuva de sangue.
"Pessoas usam a palavra 'chuva de sangue' quando se referem a uma tragédia, não? Pelo visto, o senhor realmente faz chover. Uma chuva de sangue".
Eu havia sido encurralado pelos dois desordeiros, e o sangue que tingia aquela noite era dos próprios espadachins já assassinados.
Comentários
Postar um comentário