Overture - Parte II - Daqueles que acordam ao lado de quem amam.
Os primeiros raios do dia invandiam a persiana. No seu rosto o jovem via o amanhecer. Estava nu na cama com a donzela. Não sabia direito que se passava, tinha uma leve dor de cabeça.
No chão, preservativos usados ainda pareciam sujar o chão. Do outro lado da porta via o gato de estimação da sua mulher. Parado, olhando atentamente para ele. As roupas estavam espalhadas em todos os cantos, parecia que tinha passado um furacão no quarto, mas era apenas um ninho de amor. Ao virar pro lado via as costas da sua dama, brancas, com algumas estranhas cicatrizes parecendo listras.
Deitou e a abraçou, encostando sua testa na sua nuca. Ela acordou tranquilamente. No relógio via a data e a hora. Era manhã do dia 20 de julho. Ainda era o meio daquele ano que não parecia passar. 1986. Um ano de muito trabalho, mas também um ano importante pois ele se sentia não mais um menino. Se sentia um homem. E sabia que tudo isso era também graças aquela que ele abraçava com tanta ternura.
"Le miel, il est temps de réveil...", ela disse, despertando-o, pois ele parecia começar a cochilar.
"Il est 8 heures du matin, laissez-moi dormir!", ele respondeu, num francês impecável pra quem apenas aprendeu em um ano.
Aquela mulher era alguns anos mais velha que ele. Corajosa, não negou ter um relacionamento com ele. Mesmo com a barreira da língua, dos costumes, da rivalidade dos países ou da idade. Ele a rejuvenescia, deixava ela feliz e ela gostava de exibi-lo por aí como um troféu. Já para ele, ela tinha sido algo muito maior. Ele criara responsabilidade, cresceu pessoalmente, amadureceu e tinha virado um homem. Não era mais as paquerinhas de bucetinhas rosadas que ele pegava no colégio. Aquilo era uma mulher, uma mulher que havia transforma-o em um homem.
Ele, um jovem enamorado de 18 anos. Ela, uma mulher de 25 anos que havia redescoberto o amor. Dentro daquele mesmo ano os dois teriam uma surpresa, feliz para um, desagradável para o outro. O irmão mais novo dele, dez anos mais novo, iria se mudar para sua casa. Um garoto de oito anos, tímido, franzino, gordo e chato. Sua missão seria como irmão mais velho educá-lo e treiná-lo. Mas ele mal sabia que aquele momento em diante seria o mais marcante da sua vida.
No chão, preservativos usados ainda pareciam sujar o chão. Do outro lado da porta via o gato de estimação da sua mulher. Parado, olhando atentamente para ele. As roupas estavam espalhadas em todos os cantos, parecia que tinha passado um furacão no quarto, mas era apenas um ninho de amor. Ao virar pro lado via as costas da sua dama, brancas, com algumas estranhas cicatrizes parecendo listras.
Deitou e a abraçou, encostando sua testa na sua nuca. Ela acordou tranquilamente. No relógio via a data e a hora. Era manhã do dia 20 de julho. Ainda era o meio daquele ano que não parecia passar. 1986. Um ano de muito trabalho, mas também um ano importante pois ele se sentia não mais um menino. Se sentia um homem. E sabia que tudo isso era também graças aquela que ele abraçava com tanta ternura.
"Le miel, il est temps de réveil...", ela disse, despertando-o, pois ele parecia começar a cochilar.
"Il est 8 heures du matin, laissez-moi dormir!", ele respondeu, num francês impecável pra quem apenas aprendeu em um ano.
Aquela mulher era alguns anos mais velha que ele. Corajosa, não negou ter um relacionamento com ele. Mesmo com a barreira da língua, dos costumes, da rivalidade dos países ou da idade. Ele a rejuvenescia, deixava ela feliz e ela gostava de exibi-lo por aí como um troféu. Já para ele, ela tinha sido algo muito maior. Ele criara responsabilidade, cresceu pessoalmente, amadureceu e tinha virado um homem. Não era mais as paquerinhas de bucetinhas rosadas que ele pegava no colégio. Aquilo era uma mulher, uma mulher que havia transforma-o em um homem.
Ele, um jovem enamorado de 18 anos. Ela, uma mulher de 25 anos que havia redescoberto o amor. Dentro daquele mesmo ano os dois teriam uma surpresa, feliz para um, desagradável para o outro. O irmão mais novo dele, dez anos mais novo, iria se mudar para sua casa. Um garoto de oito anos, tímido, franzino, gordo e chato. Sua missão seria como irmão mais velho educá-lo e treiná-lo. Mas ele mal sabia que aquele momento em diante seria o mais marcante da sua vida.
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