As luzes da Paulista
Pra quem não sabe, consegui um novo trabalho. Pra um cara que já trabalhou no Campo Limpo, Itaim Bibi e Brooklin, o "glamour" agora é o da Bela Vista, nome do bairro onde passa a avenida mais turística da cidade: a Paulista. Esse é um texto pequeno pra quem não mora aqui saber um pouco.
Conheço algumas pessoas que moram perto da Paulista, e o comentário é unânime: todos vêm com pintinho duro dizendo que sente-se como estivesse morando em Nova Iorque. Eu quando era adolescente gostava muito da Paulista, mas depois desencantei. Eu desencantei pois o problema da Paulista é que ela, por ser a avenida símbolo da nossa cidade, tem direito a regalias imbecis que outros lugares não tem. A Paulista não é lugar de gente rica, é lugar de gente pop. Não "povão", mas gente "pop".
Por exemplo, existe um número imenso de policiais, 24h por dia. Fiquei abismado pois existem até uns que andam de bike! WTF? Agora entendi porque qualquer roubo de carteira na região vai parar no Jornal Nacional.
Sempre visitei muito o MASP, mas demorei a acreditar que existia um parque na frente. Não sei se consigo chamar o Trianon de parque, acho melhor chamar ele de "um quarteirão com árvores". Passo por ele todos os dias. Se a Paulista é Nova Iorque, ter um quarteirão uma réplica do Central Park faz sentido. Proporcionalidade é preciso.
Digamos que o que mais se assemelha com Nova Iorque seja o fato dos motoristas te respeitarem quando você quer atravessar a rua. Ok, isso é algo atual, de fato, mas pelo vida inteira andando na Paulista, antes posso dizer que já era meio assim, por mais estranho que isso soe aos ouvidos.
E por fim, Natal chegando, pena que tem horário de verão que atrapalhe a diversão de ver as luzes natalinas. Só depois das 20h, e saindo ás 18h, eu não vou ficar duas horas parado esperando uma centena de LEDs ligarem. Ou sim, sei lá. Ficaremos no aguardo.
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