In tune - Parte II - Aquela que chora.
"Eu não sei o que eles queriam... Eu era muito feliz, e provavelmente ele nem sabe", Noriko iniciou a história. Al acomodou-se na cadeira para ouvir seu testemunho.
5 de abril de 1988
Um bebê chorava incessantemente. Aquela casa com meia luz incandescente, alaranjada, parecia um local bom, aconchegante e confortável. Um homem manco adentra o local, e se aproxima do berço da criança. O corpo da babá estava estirado no chão, assassinada com um tiro na cabeça, preciso.
Arch estava sozinho ao lado. Fumando seu xaruto enquanto ouvia o choro do bebê, que chamou sua atenção.
O homem olhava aquele bebê. Sabia qual seria o destino dele caso tudo não acabasse ali. Uma pequena criança, com olhos orientais e cabelos levemente loiros. Seu rosto era irreconhecível dentro das sombras. Mas mesmo assim o bebê continuava chorando, inconscientemente clamando por ajuda.
O indivíduo ofegava.
"Antes de me despedir de você, devolva-me o meu coração", ele falava, em francês, "Não adianta! Pois o meu coração já não pertence a mim", o dedo estava no gatilho, "Antes de partir, ouça minha promessa. Você é minha vida e eu te amo!".
Um ritual macabro. Ele parecia fazer uma reza.
O assassino põe o dedo no gatilho. É então que alguém entra na casa, atraído pelo barulho da criança. Ele sequer encosta no homem, sua presença ali já era algo imponente. Suas palavras, altas e claras ecoaram em todo o recinto.
"O que pretende com essa arma?", o rapaz questionou.
O indivíduo não respondeu. Continuou imóvel. O rapaz recém chegado rapidamente reparou o corpo da babá jogado ao chão.
"Apontar uma arma para essa criança inocente, não é algo digno de se fazer. Jogue essa arma pra cá, desista disso!".
"Arch... É você...? Essa arma que carrego não é vontade minha, é vinda de uma vontade muito maior!"
Arch em um impulso se jogou contra o homem, derrubando-o no chão.
"Vontade maior? Então eu não aceito! É apenas uma criança! Ela não pode se defender!", Arch respondeu, atordoando o homem com um golpe na parede e segurando a criança pelos braços saiu correndo do prédio.
Naquele momento ele só ouvia a voz do homem gritando "Sequestrador! Devolva minha filha!! Sequestrador!!".
"Era meu filho, eu não estava lá!", Noriko iniciou, "Aquele idiota ia matá-lo, se não fosse o Arch. Ele era meu marido, mas havia se mostrado uma pessoa insana, que ia matar o meu filho alí!", disse Noriko.
Noriko lacrimejou.
"Seu irmão mais velho era uma pessoa tão bondosa que acho que ele conseguiria salvar o coração até mesmo do pior ser humano. Eu nunca o vi assim, era apenas rivalidade, rivalidade e rivalidade. Eu recuperei depois meu filho, mas era tarde..."
"Tarde? Como assim?", Al perguntou.
"Émilie queria minha criança. Eles tomaram o filho dos meus braços quando fui presa junto com o grupo do seu irmão. Vim pra Bélgica porque estava procurando o meu filho. Eu o achei. O problema é que ele está com a Émilie", Noriko revelou.
"Ninguém conseguiria se aproximar de Émilie, certo?", Al perguntou.
"Eu estou disposta a todas as consequências! Ele é meu filho! Eu o amo!", Noriko disse.
Os dois continuaram conversando depois. Al não entendia porque deveria enganar aquela mulher. Sentindo confiança por ela, Al decidiu mostrar a fita com a gravação do seu irmão, sem dar muitos detalhes, pra saber se Noriko sabia de alguma coisa.
Foi nesse momento que Al teve uma surpresa...
5 de abril de 1988
Um bebê chorava incessantemente. Aquela casa com meia luz incandescente, alaranjada, parecia um local bom, aconchegante e confortável. Um homem manco adentra o local, e se aproxima do berço da criança. O corpo da babá estava estirado no chão, assassinada com um tiro na cabeça, preciso.
Arch estava sozinho ao lado. Fumando seu xaruto enquanto ouvia o choro do bebê, que chamou sua atenção.
O homem olhava aquele bebê. Sabia qual seria o destino dele caso tudo não acabasse ali. Uma pequena criança, com olhos orientais e cabelos levemente loiros. Seu rosto era irreconhecível dentro das sombras. Mas mesmo assim o bebê continuava chorando, inconscientemente clamando por ajuda.
O indivíduo ofegava.
"Antes de me despedir de você, devolva-me o meu coração", ele falava, em francês, "Não adianta! Pois o meu coração já não pertence a mim", o dedo estava no gatilho, "Antes de partir, ouça minha promessa. Você é minha vida e eu te amo!".
Um ritual macabro. Ele parecia fazer uma reza.
O assassino põe o dedo no gatilho. É então que alguém entra na casa, atraído pelo barulho da criança. Ele sequer encosta no homem, sua presença ali já era algo imponente. Suas palavras, altas e claras ecoaram em todo o recinto.
"O que pretende com essa arma?", o rapaz questionou.
O indivíduo não respondeu. Continuou imóvel. O rapaz recém chegado rapidamente reparou o corpo da babá jogado ao chão.
"Apontar uma arma para essa criança inocente, não é algo digno de se fazer. Jogue essa arma pra cá, desista disso!".
"Arch... É você...? Essa arma que carrego não é vontade minha, é vinda de uma vontade muito maior!"
Arch em um impulso se jogou contra o homem, derrubando-o no chão.
"Vontade maior? Então eu não aceito! É apenas uma criança! Ela não pode se defender!", Arch respondeu, atordoando o homem com um golpe na parede e segurando a criança pelos braços saiu correndo do prédio.
Naquele momento ele só ouvia a voz do homem gritando "Sequestrador! Devolva minha filha!! Sequestrador!!".
"Era meu filho, eu não estava lá!", Noriko iniciou, "Aquele idiota ia matá-lo, se não fosse o Arch. Ele era meu marido, mas havia se mostrado uma pessoa insana, que ia matar o meu filho alí!", disse Noriko.
Noriko lacrimejou.
"Seu irmão mais velho era uma pessoa tão bondosa que acho que ele conseguiria salvar o coração até mesmo do pior ser humano. Eu nunca o vi assim, era apenas rivalidade, rivalidade e rivalidade. Eu recuperei depois meu filho, mas era tarde..."
"Tarde? Como assim?", Al perguntou.
"Émilie queria minha criança. Eles tomaram o filho dos meus braços quando fui presa junto com o grupo do seu irmão. Vim pra Bélgica porque estava procurando o meu filho. Eu o achei. O problema é que ele está com a Émilie", Noriko revelou.
"Ninguém conseguiria se aproximar de Émilie, certo?", Al perguntou.
"Eu estou disposta a todas as consequências! Ele é meu filho! Eu o amo!", Noriko disse.
Os dois continuaram conversando depois. Al não entendia porque deveria enganar aquela mulher. Sentindo confiança por ela, Al decidiu mostrar a fita com a gravação do seu irmão, sem dar muitos detalhes, pra saber se Noriko sabia de alguma coisa.
Foi nesse momento que Al teve uma surpresa...
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