Side story - Aquele que deserta.
Era uma noite fria na região da Bavária. O jovem Schultz estava lá novamente, em plena Guerra Fria, procurando espiões soviéticos em solo da Alemanha Ocidental.
Caminhando sobre uma ponte, em plena nevasca, viu um outro grupo de pessoas se aproximando. Carregavam toxas, pareciam verdadeiros guerreiros saxões. Schultz estava com mais oito pessoas - e liderava tudo. Ao longe estava seu tutor, um veterano da Primeira Guerra Mundial, ajudando-o via rádio.
Suas mãos tremiam por causa do mistura entre o frio e a ansiedade.
De súbito seu tutor não respondia mais os chamados de rádio. O grupo da frente se aproximou e abriram caminho pra uma pessoa que vinha lá de trás.
"Schultz. Não gostaria de dizer isso, mas não estamos mais do mesmo lado", disse a voz grossa, barbada, com uma pálpebra caída e olhar aterrorizante.
"O senhor? Não pode ser! O que quer dizer com isso?", disse Schultz que havia acabado de reconhecer seu tutor, na sua frente.
"Estou indo para o lado dos soviéticos. Não me faz mais sentido ajudar os porcos da Alemanhã ocidental nessa empreitada. Agora pra mim nada mais importa. Eu não quero ser mais um fantoche do governo, Schultz. Agora eu quero lutar contra o sistema", ele disse.
"Desculpe senhor... Mas isso, eu não posso aceitar! Um traidor no ninho!", disse Schultz.
Schultz era exatamente o do meio. Viu seu pupilo e seu tutor ambos serem corajosos o suficiente para lutar contra o sistema estabelecido. Embora ambos tenham sido mortos por isso, Schultz viveu sua vida com uma pitada de vazio.
Era uma existência sem vontade própria, ele era o único que estava vivo, mas preferia ter morrido em prol do que acreditava.
Sejam soviéticos, sejam contra corruptos, seu sonho era lutar por algo e que não precisasse apenas obedecer ordens vindas por cima. Que pudesse pensar e agir de acordo com seus preceitos. Mas isso nunca aconteceu, seria algo muito fora de cogitação.
Talvez por isso tenha se sentido tão frustrado na hora da morte também.
Schultz capturou seu tutor e o levou preso até os líderes da Alemanha capitalista. O velho foi executado e alguns anos mais tarde Schultz ganhou confiança e seu cargo. A partir daquele momento ele estava no comando, e iria abdicar de tudo, esposa, filhas, família, pelo seu emprego vazio, que só lhe trouxe tristezas durante uma vida inteira.
Caminhando sobre uma ponte, em plena nevasca, viu um outro grupo de pessoas se aproximando. Carregavam toxas, pareciam verdadeiros guerreiros saxões. Schultz estava com mais oito pessoas - e liderava tudo. Ao longe estava seu tutor, um veterano da Primeira Guerra Mundial, ajudando-o via rádio.
Suas mãos tremiam por causa do mistura entre o frio e a ansiedade.
De súbito seu tutor não respondia mais os chamados de rádio. O grupo da frente se aproximou e abriram caminho pra uma pessoa que vinha lá de trás.
"Schultz. Não gostaria de dizer isso, mas não estamos mais do mesmo lado", disse a voz grossa, barbada, com uma pálpebra caída e olhar aterrorizante.
"O senhor? Não pode ser! O que quer dizer com isso?", disse Schultz que havia acabado de reconhecer seu tutor, na sua frente.
"Estou indo para o lado dos soviéticos. Não me faz mais sentido ajudar os porcos da Alemanhã ocidental nessa empreitada. Agora pra mim nada mais importa. Eu não quero ser mais um fantoche do governo, Schultz. Agora eu quero lutar contra o sistema", ele disse.
"Desculpe senhor... Mas isso, eu não posso aceitar! Um traidor no ninho!", disse Schultz.
Schultz era exatamente o do meio. Viu seu pupilo e seu tutor ambos serem corajosos o suficiente para lutar contra o sistema estabelecido. Embora ambos tenham sido mortos por isso, Schultz viveu sua vida com uma pitada de vazio.
Era uma existência sem vontade própria, ele era o único que estava vivo, mas preferia ter morrido em prol do que acreditava.
Sejam soviéticos, sejam contra corruptos, seu sonho era lutar por algo e que não precisasse apenas obedecer ordens vindas por cima. Que pudesse pensar e agir de acordo com seus preceitos. Mas isso nunca aconteceu, seria algo muito fora de cogitação.
Talvez por isso tenha se sentido tão frustrado na hora da morte também.
Schultz capturou seu tutor e o levou preso até os líderes da Alemanha capitalista. O velho foi executado e alguns anos mais tarde Schultz ganhou confiança e seu cargo. A partir daquele momento ele estava no comando, e iria abdicar de tudo, esposa, filhas, família, pelo seu emprego vazio, que só lhe trouxe tristezas durante uma vida inteira.
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