Spin off - Aquele que recebe o mérito.
Um garoto estava dormindo em cima dos livros. Estava exausto. Lentamente sente uma mão vindo ao seu encontro, dando dois leves toques, apenas para despertá-lo.
"Acorde Al, vamos. Já é tarde da noite, e a biblioteca vai fechar", disse a senhora.
"Dona Elisabeth! A senhora por aqui? D-desculpe", ele gaguejou, "Eu estava estudando".
A senhora deu um pequeno sorriso olhando para o garoto. Já havia se passado um ano desde a morte do seu irmão. Desde então o garoto havia entrado numa empreitada de estudar sozinho, e de ser o melhor em tudo, assim como seu irmão mais velho foi.
Seus pais diziam que ele deveria ser nada menos que o melhor, que deveria se espelhar no seu irmão mais velho e superá-lo.
Mas ele era apenas uma criança. Era muita pressão. Arch parecia ter nascido pra isso. Já Al era apenas uma criança sozinha, que não tinha em quem se apoiar.
"Até mesmo os grandes mestres devem descansar depois de um treino. Vamos, Al. Meu carro está lá embaixo nos esperando", disse uma voz idosa, acordando-o.
O garoto meio sem jeito levantou-se. Na saída viu a bibliotecária nervosa com sua presença até aquela hora da noite, pois queria sair mais cedo.
"Você quer tentar chegar lá sozinho, né? Por isso que você estuda avidamente desse jeito. Seu irmão não conseguiu te ensinar, e agora nem vai conseguir mesmo", disse Elisabeth.
"Porque a senhora cuida de mim desse jeito? A senhora está perdendo tempo e dinheiro comigo, eu posso conseguir tudo sozinho igual meu irmão!", disse Al, teimoso.
"Pobre garoto... Seu irmão não tinha nenhum talento em especial. Ele não foi o mais inteligente, nem foi o mais dedicado, nem tampouco o melhor. Seu irmão foi uma pessoa comum. Mas tudo o que ele fazia, ele pensava na justiça, e acima de tudo pensava no próximo, queria ajudar o maior número de pessoas possível", Elisabeth começou.
"Justiça?", Al questionou.
"Sim. A justiça não é apenas um conjunto de leis, ou algo sobre ser certo ou errado. Justiça é pensar no bem comum, em fazer as pessoas felizes, e fazê-las seguir em frente. Justiça é dedicar-se ao próximo, a felicidade. E enquanto alguém estiver lutando com seu coração pelo próximo e deixando de pensar em si mesmo, essa pessoa será muito melhor do que alguém que tenha inteligência, dinheiro ou qualquer outra coisa", completou Elisabeth.
Ela pausou um minuto. Al e a velha entraram no carro. Andaram um tempo em silêncio, passaram pela Tower Bridge, em plena noite londrina. Foi aí que Elisabeth quebrou o silêncio:
"Enquanto alguém lutar pelo bem, essa pessoa jamais será abandonada. Tenha certeza disso, pequeno Al", completou a senhora.
"Acorde Al, vamos. Já é tarde da noite, e a biblioteca vai fechar", disse a senhora.
"Dona Elisabeth! A senhora por aqui? D-desculpe", ele gaguejou, "Eu estava estudando".
A senhora deu um pequeno sorriso olhando para o garoto. Já havia se passado um ano desde a morte do seu irmão. Desde então o garoto havia entrado numa empreitada de estudar sozinho, e de ser o melhor em tudo, assim como seu irmão mais velho foi.
Seus pais diziam que ele deveria ser nada menos que o melhor, que deveria se espelhar no seu irmão mais velho e superá-lo.
Mas ele era apenas uma criança. Era muita pressão. Arch parecia ter nascido pra isso. Já Al era apenas uma criança sozinha, que não tinha em quem se apoiar.
"Até mesmo os grandes mestres devem descansar depois de um treino. Vamos, Al. Meu carro está lá embaixo nos esperando", disse uma voz idosa, acordando-o.
O garoto meio sem jeito levantou-se. Na saída viu a bibliotecária nervosa com sua presença até aquela hora da noite, pois queria sair mais cedo.
"Você quer tentar chegar lá sozinho, né? Por isso que você estuda avidamente desse jeito. Seu irmão não conseguiu te ensinar, e agora nem vai conseguir mesmo", disse Elisabeth.
"Porque a senhora cuida de mim desse jeito? A senhora está perdendo tempo e dinheiro comigo, eu posso conseguir tudo sozinho igual meu irmão!", disse Al, teimoso.
"Pobre garoto... Seu irmão não tinha nenhum talento em especial. Ele não foi o mais inteligente, nem foi o mais dedicado, nem tampouco o melhor. Seu irmão foi uma pessoa comum. Mas tudo o que ele fazia, ele pensava na justiça, e acima de tudo pensava no próximo, queria ajudar o maior número de pessoas possível", Elisabeth começou.
"Justiça?", Al questionou.
"Sim. A justiça não é apenas um conjunto de leis, ou algo sobre ser certo ou errado. Justiça é pensar no bem comum, em fazer as pessoas felizes, e fazê-las seguir em frente. Justiça é dedicar-se ao próximo, a felicidade. E enquanto alguém estiver lutando com seu coração pelo próximo e deixando de pensar em si mesmo, essa pessoa será muito melhor do que alguém que tenha inteligência, dinheiro ou qualquer outra coisa", completou Elisabeth.
Ela pausou um minuto. Al e a velha entraram no carro. Andaram um tempo em silêncio, passaram pela Tower Bridge, em plena noite londrina. Foi aí que Elisabeth quebrou o silêncio:
"Enquanto alguém lutar pelo bem, essa pessoa jamais será abandonada. Tenha certeza disso, pequeno Al", completou a senhora.
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