Adaptando um livro para um filme.

Hoje assisti a versão americana de Os homens que não amavam as mulheres. Dessa vez eu li o livro antes. Engraçado como uma adaptação é feita. Livro é livro, filme é filme, são duas linguagens diferentes.

O filme como diferença crucial é eliminar vários personagens, deixando-os com menos importância ou nenhuma. Armansky, Praga e Cecilia Vanger são bons exemplos que "quase não aparecem no filme". Isso é só pra contar os que mais senti falta.

Cortar fatos também é algo recorrente: A única pessoa que o Mikael come durante o filme é a Lisbeth. No livro somente me recordo de ele ter comido ela uma vez (que é logo depois que acontece a cena que ele leva um tiro), mas no filme ele come duas vezes.

Porém o Mikael come muito a Cecilia Vanger no livro, que vira apenas uma personagem que se apresenta pra ele e vai embora no filme. Sim, a Cecilia, que ele até suspeita que ele era a Anita Vanger,  no filme ela apenas fala um oi-tchau praticamente. Só. Nem um beijinho rola.

Numa adaptação eles também mudam os fatos. É uma mudança sutil, ou pode-se considerar uma adaptação. A Lisbeth passa até a metade do livro sendo uma personagem sem quase mal aparecer. Ela é estuprada pelo Bjurman (aliás, excelente atuação da Rooney Mara!) e depois ela só é citada novamente quando o Mikael a encontra pra chamar ela pra se juntar ele na busca pela Harriet.

No filme é praticamente uma cena do Mikael e uma cena da Lisbeth, mesmo que algumas não façam sentido algum! A cena do metrô quando o cara leva a bolsa dela não existe no livro. O Mac dela quebra por velhice no livro (o HD dá pau), não porque um maluco esbarrou com ela no metrô como é mostrado no filme.

Embora que a primeira opção daria uma má imagem pra Apple, e nos filmes sempre Apple são computadores mais fudidos. Poderia ter sido o primeiro filme da humanidade a mudar isso, mas não veremos isso ainda.

Interessante isso de adaptação. Deve-se fazer escolhas, mas o filme não é de se jogar fora. Vale a pena ver, mesmo assim!

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