E o Instagram chegou.
(eu ainda acho esse nome estranho pra caralho)
E o Instagram chegou no Android. Ele lidera a listinha dos muitos aplicativos legais pra iPhone que enfim receberam versão pra Android. Já estreei.
O Instagram é a moda de não-fotógrafos porque, de alguma maneira aplicar um filtro vintage (odeio esse termo, mas tudo bem) faz a imagem ficar mais apresentável. Faz qualquer um virar um fotógrafo com as polaroids com bordinha redonda, o tamanho proporcionalmente áureo e o auto-contraste.
Embora tenha aparecido coisas tristes como essa, a vida prossegue.
Mas será que temos um problema com o sensor das câmeras ou não conseguimos mais viver sem edição de fotos? Como sou um estudioso da Arte, acho interessante pensar nisso. Como vemos o mundo é de um jeito, como queremos mostrar ele pros outros, é outro totalmente diferente. É aí que acredito residir o sucesso do Instagram.
Vemos o mundo como o Botticelli. Estamos num local onde temos múltiplas fontes de luz, não existem sombras. E mesmo quando existem, muitas vezes o sensor da câmera dos celulares não ajudam muito, primeiramente pela palheta de cores: um monitor tem cores muito mais limitadas do que na vida real. É como ver um quadro aqui e depois vê-lo novamente no museu. Você vai ver que é MUITO diferente.
Dá pra perceber muito nas fotos noturnas, onde mal dá pra ver o sorriso daquela gatinha que você tá doidinho pra dar uns pegas.
Mas nossa vontade é retratar o mundo com cores diferentes, mais dramaticidade, como um Caravaggio:
Isso é normal, vivemos num mundo de impacto onde uma revista tem que ter uma foto impactante, queremos passar a idéia de que somos impactantes, e basicamente queremos causar. Isso é uma invenção barroca, uma grande arma da igreja católica contra os malucos protestantes Lutero e Calvino pra manter seus fiéis presos.
É uma necessidade humana essa questão do destaque social, de ser diferente, de ser impactante. Especialmente se vemos isso nas revistas, filmes e na mídia ao nosso entorno. Queremos ser iguais porque temos a tendência de seguirmos um padrão. E é nessa questão impactante que entra os filtros do Instagram e seus filtros de gente supercool.
Porque fotos como o Botticelli todo mundo tira. Quero ver é tirar uma com o tratamento de luz e dramaticidade como o Caravaggio. Isso nos faz nos sentirmos diferentes.
Eu, pelo menos, quase nenhuma foto passa sem uma edição!
Nem que seja pra tirar os olhos vermelhos, hehe.
E o Instagram chegou no Android. Ele lidera a listinha dos muitos aplicativos legais pra iPhone que enfim receberam versão pra Android. Já estreei.
O Instagram é a moda de não-fotógrafos porque, de alguma maneira aplicar um filtro vintage (odeio esse termo, mas tudo bem) faz a imagem ficar mais apresentável. Faz qualquer um virar um fotógrafo com as polaroids com bordinha redonda, o tamanho proporcionalmente áureo e o auto-contraste.
Embora tenha aparecido coisas tristes como essa, a vida prossegue.
Mas será que temos um problema com o sensor das câmeras ou não conseguimos mais viver sem edição de fotos? Como sou um estudioso da Arte, acho interessante pensar nisso. Como vemos o mundo é de um jeito, como queremos mostrar ele pros outros, é outro totalmente diferente. É aí que acredito residir o sucesso do Instagram.
Vemos o mundo como o Botticelli. Estamos num local onde temos múltiplas fontes de luz, não existem sombras. E mesmo quando existem, muitas vezes o sensor da câmera dos celulares não ajudam muito, primeiramente pela palheta de cores: um monitor tem cores muito mais limitadas do que na vida real. É como ver um quadro aqui e depois vê-lo novamente no museu. Você vai ver que é MUITO diferente.
Dá pra perceber muito nas fotos noturnas, onde mal dá pra ver o sorriso daquela gatinha que você tá doidinho pra dar uns pegas.
Mas nossa vontade é retratar o mundo com cores diferentes, mais dramaticidade, como um Caravaggio:
Isso é normal, vivemos num mundo de impacto onde uma revista tem que ter uma foto impactante, queremos passar a idéia de que somos impactantes, e basicamente queremos causar. Isso é uma invenção barroca, uma grande arma da igreja católica contra os malucos protestantes Lutero e Calvino pra manter seus fiéis presos.
É uma necessidade humana essa questão do destaque social, de ser diferente, de ser impactante. Especialmente se vemos isso nas revistas, filmes e na mídia ao nosso entorno. Queremos ser iguais porque temos a tendência de seguirmos um padrão. E é nessa questão impactante que entra os filtros do Instagram e seus filtros de gente supercool.
Porque fotos como o Botticelli todo mundo tira. Quero ver é tirar uma com o tratamento de luz e dramaticidade como o Caravaggio. Isso nos faz nos sentirmos diferentes.
Eu, pelo menos, quase nenhuma foto passa sem uma edição!
Nem que seja pra tirar os olhos vermelhos, hehe.
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