Três anos sem Michael.

Tempo passa, né?

Lembro do tempo que eu era fã assíduo do Michael. E via as coisas e boatos que existiam ao redor da vida dele. Não estranhei quando, no momento de sua morte, sua própria mãe diria que agora seria o momento em que a Sony e a Epic mais sugariam grana dele.

Michael sempre foi uma pessoa endinheirada, mas aparentemente nunca foi o objetivo de vida dele essa coisa. Digo, dinheiro era consequência do seu perfeccionismo quase doentil, sua mente visionária e seu grande ouvido e parceiros musicais (de Diana Ross, Quincy Jones, Teddy Rilley, entre outros).

De alguma forma Michael estava num hiato muito forte. Acho que na verdade ele nunca quis que sua imagem virasse um mero produto de vendas. Quem é fã de Michael Jackson sabe dessa visão dele, nós o admirávamos como pessoa, não como mercadoria.

E hoje, três anos depois, fico um bocado triste com o quanto de mercadoria está sendo criada ao redor dele. Os maiores destaques foram o game Michael Jackson The Experience (sim, eu joguei!), os álbuns que estão brotando (entre eles os álbuns Michael, Immortal e Icon, todos saindo um ano após o outro) e esses dias vi até um boato que queriam fazer o mesmo que fizeram com o Tupac. Espero sinceramente que seja uma brincadeira.

Michael nunca gostou disso, tampouco sua mãe que já previa isso na época do seu funeral. Óbvio que isso é bom por um lado pra mantê-lo ainda vivo para as próximas gerações, mas Michael é lembrado também pela seu imenso trabalho filantrópico, sendo o músico que mais fez doações pra filantropia, e tinha sua própria Ong. O receio mesmo que tenho como fã é que isso se multiplique mais e mais pra frente.

Michael, você faz muita falta, cara.

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