Três anos de Shinnyo-en.

Amanhã fará três anos que me conectei ao budismo Shinnyo.

Tirando os altos e baixos, fiquei abismado em ver que serão três anos. Não significa que pensei: "Puxa, só três anos!", mas sim: "Puxa, ainda três anos?". Parece que foi uma década.

Uma amiga que trabalhava comigo no primeiro estágio que eu fiz viu quando fui coligado. Ela disse que eu só achava que isso era modinha e ia sair logo. Bom, já foram três anos.

No budismo a gente acredita que é meio que o fechamento de um ciclo quando se chega a essa marca de três anos. Fechamento de um, início de um outro. Um novo começo, se preferir assim. Nesses três anos muita coisa aconteceu, mas acima de tudo, por seguir o ensinamento a coisa que eu mais posso ser feliz é: Ajudar a mudar eu mesmo, e com essa mudança, melhorar as pessoas ao meu redor.

Antes de ir pro Japão, meu irmão, evangélico, disse que via a mudança de mim mesmo desde que entrei na Shinnyo-en. Enquanto estive nos Países baixos uma amiga que coligou uma outra amiga disse que a mãe dessa até hoje é eternamente grata a ela. Mas nós não somos nada. Somente seguimos o ensinamento, uma filosofia criada por um príncipe indiano há dois mil e quinhentos anos e que continua atual mesmo depois de tanto tempo.

Quando eu era moleque, e fazia meus estudos budistas, eu queria muito fazer igual ao Shakyamuni e abandonar tudo em busca da minha verdade. Hoje, vejo que não é preciso inventar essa roda de novo. Já existe tudo lá, só seguir e botar em prática.

E o que tudo começou como uma curiosidade, hoje não imagino minha vida sem isso.

Muito obrigado por tudo. Ao Buda, pais do ensinamento, dois dojis e Shinnyo Keishu-sama.

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