A (dura) jornada atrás do visto americano.
Chegou hoje! Ah! Isso que é tirar peso das costas.
Tirar visto americano não é um processo fácil. E isso porque dizem que antes era pior. Móderfaquer, americanos gordos! Reservar dois dias, pra ir no CASV e no Consulado, sem contar que preencher o formulário DS-160 de maneira impecável, o que não é fácil.
Preencher o DS-160 foi uma das etapas mais chatas. Mas existem uns guias legais como esse. Recolher todo raio de documento, preencher com cuidado e depois rever todos os dados um por um. E depois mais umas duas vezes, por via das dúvidas. É importante preencher tudo da maneira mais correta possível, pois alguma incongruência será pega na hora da entrevista no consulado. E aí, bye bye visto.
Sem contar que tem umas perguntas que só o Osama Bin Laden poderia responder, como: "Você pretende fazer um ataque terrorista em território americano na sua estadia?". Não teve uma pessoa que eu não dissesse isso que não desse risada. E o pior: tem alternativas "Sim" ou "Não"!
Com a página de confirmação do DS-160 em mãos a próxima missão era pagar o raio do boleto de US$160 doletas. Pra quem mal tinha começado no emprego novo, e mal recebido o primeiro ordenado isso foi uma facada que doeu na nossa moeda desvalorizada. Obrigado à Dilma nessa parte e ao Guido Mantega viado.
Depois foi agendar no CASV. Eu indico fortemente que você faça questão de ligar nos telefones e ir seguindo com um atendente o passo a passo. Sinceramente, eu sou webdesigner, mas não quer dizer que eu tenha a solução mágica para navegar em qualquer site, especialmente se ele é mal construído como esse. Você passa por umas cinco (!) páginas até que você consiga voltar na página de impressão do boleto e digitar o campo "Seu número" que está lá pra ver se pode agendar a entrevista.
Porque cargas d'água isso não está logo de cara quando você faz o login?
Logo após isso, enfim, você tem acesso a página para agendar as coisas. Mais um erro grave de design: primeiro você agenda a visita ao Consulado e depois a visita ao CASV. Porém, você precisa ir primeiro no CASV e depois ao Consulado! Que trabalho de português, hein? Porque eles fazem isso? Seres humanos seguem a ordem das coisas de maneira cognitiva, o lógico seria agendar primeiro no lugar que você vai primeiro e depois agendar o segundo lugar que você tem que ir. Mas por algum motivo lusitano americano faz isso.
Agendado pronto, chegou o grande dia. Não se esqueça de levar o e-mail de confirmação da entrevista e a confimação do DS-160. Leve também o boleto pago, por via das dúvidas. Não pediram, mas eles pedem no site.
Mas tio Alain, e se eu não levar?
Se você não levar, o que não faltam são oportunistas. Uma galera de camiseta vermelha que ficam na porta do consulado loucos para alguém desprevenido para cobrar vinte pratas por folha da confirmação. E não leve nada a não ser carteira, chave, bilhete único, e uma pasta de elástico com os documentos. Nem bolsa, nem celular, nem mochila. Se levar, provável que tem que pagar um guarda-volumes. Vi uma galera entrando de celular desligado, mas eu não arriscaria. Custa ficar uma meia horinha sem o seu iPhone, seu Apple faggot?
No CASV é de boa. Ás vezes pode ser até atendido antes. Tem umas minas gostosinhas trabalhando lá também. Pegaram as digitais, a foto, e o funcionário disse: "Pronto, o senhor pode ir ao consulado pra entrevista". Fiquei nervoso à toa (primeira vez, né? Quem teve a melhor transa da vida primeira que atire a primeira pedra).
Agendei pro outro dia o consulado. Organizado, em filas, até aí sem problemas. As entrevistas são feitas em uns guichês, parece estação de metrô com cobrador do outro lado. Tipo uma bilheteria! Tem uns americanos que te entrevistam, mas tem uns brasileiros também. E na entrevista basicamente ele tenta pegar alguma incongruência.
Os caras manjam um pouco de linguagem corporal, isso eu consegui notar pelo trajeto do olhar deles. Eles costumam repetir a pergunta, também. Eu sei que muitos falam "não fique nervoso na hora", mas muitas vezes se a gente fala isso acaba ficando é mais nervoso. Bom, eu sou meio especialista em interrogatórios, então pulemos essa parte.
A única parte que eu vacilei foi que ele pediu alguma confirmação do meu trabalho que eu tinha sido liberado aqueles dias para viagem. Aí fodeu. Eu disse que foi um acordo verbal com o RH da empresa, e que eles estavam avisados. De resto, correu tudo bem.
Acho legal ficar observando as outras pessoas enquanto você está na fila. Você vê ali o tipo mais interessante de pessoas possível. Desde o executivo que começa respondendo com firmeza cada pergunta (ás vezes falando tão alto que dá pra ouvir de longe) e que depois se borra quando o carinha pergunta coisas mais elaboradas. Tem também o infeliz clássico: "Desculpe, mas no momento a sua solicitação de visto americano foi negada". E lá se vão as trezentas pratas jogadas ao vento.
A minha entrevista foi exatamente há uma semana, dia 18 de julho. Chegou hoje o passaporte. =)
Bora pras américa!
Tirar visto americano não é um processo fácil. E isso porque dizem que antes era pior. Móderfaquer, americanos gordos! Reservar dois dias, pra ir no CASV e no Consulado, sem contar que preencher o formulário DS-160 de maneira impecável, o que não é fácil.
Preencher o DS-160 foi uma das etapas mais chatas. Mas existem uns guias legais como esse. Recolher todo raio de documento, preencher com cuidado e depois rever todos os dados um por um. E depois mais umas duas vezes, por via das dúvidas. É importante preencher tudo da maneira mais correta possível, pois alguma incongruência será pega na hora da entrevista no consulado. E aí, bye bye visto.
Sem contar que tem umas perguntas que só o Osama Bin Laden poderia responder, como: "Você pretende fazer um ataque terrorista em território americano na sua estadia?". Não teve uma pessoa que eu não dissesse isso que não desse risada. E o pior: tem alternativas "Sim" ou "Não"!
Com a página de confirmação do DS-160 em mãos a próxima missão era pagar o raio do boleto de US$160 doletas. Pra quem mal tinha começado no emprego novo, e mal recebido o primeiro ordenado isso foi uma facada que doeu na nossa moeda desvalorizada. Obrigado à Dilma nessa parte e ao Guido Mantega viado.
Depois foi agendar no CASV. Eu indico fortemente que você faça questão de ligar nos telefones e ir seguindo com um atendente o passo a passo. Sinceramente, eu sou webdesigner, mas não quer dizer que eu tenha a solução mágica para navegar em qualquer site, especialmente se ele é mal construído como esse. Você passa por umas cinco (!) páginas até que você consiga voltar na página de impressão do boleto e digitar o campo "Seu número" que está lá pra ver se pode agendar a entrevista.
Porque cargas d'água isso não está logo de cara quando você faz o login?
Logo após isso, enfim, você tem acesso a página para agendar as coisas. Mais um erro grave de design: primeiro você agenda a visita ao Consulado e depois a visita ao CASV. Porém, você precisa ir primeiro no CASV e depois ao Consulado! Que trabalho de português, hein? Porque eles fazem isso? Seres humanos seguem a ordem das coisas de maneira cognitiva, o lógico seria agendar primeiro no lugar que você vai primeiro e depois agendar o segundo lugar que você tem que ir. Mas por algum motivo lusitano americano faz isso.
Agendado pronto, chegou o grande dia. Não se esqueça de levar o e-mail de confirmação da entrevista e a confimação do DS-160. Leve também o boleto pago, por via das dúvidas. Não pediram, mas eles pedem no site.
Mas tio Alain, e se eu não levar?
Se você não levar, o que não faltam são oportunistas. Uma galera de camiseta vermelha que ficam na porta do consulado loucos para alguém desprevenido para cobrar vinte pratas por folha da confirmação. E não leve nada a não ser carteira, chave, bilhete único, e uma pasta de elástico com os documentos. Nem bolsa, nem celular, nem mochila. Se levar, provável que tem que pagar um guarda-volumes. Vi uma galera entrando de celular desligado, mas eu não arriscaria. Custa ficar uma meia horinha sem o seu iPhone, seu Apple faggot?
No CASV é de boa. Ás vezes pode ser até atendido antes. Tem umas minas gostosinhas trabalhando lá também. Pegaram as digitais, a foto, e o funcionário disse: "Pronto, o senhor pode ir ao consulado pra entrevista". Fiquei nervoso à toa (primeira vez, né? Quem teve a melhor transa da vida primeira que atire a primeira pedra).
Agendei pro outro dia o consulado. Organizado, em filas, até aí sem problemas. As entrevistas são feitas em uns guichês, parece estação de metrô com cobrador do outro lado. Tipo uma bilheteria! Tem uns americanos que te entrevistam, mas tem uns brasileiros também. E na entrevista basicamente ele tenta pegar alguma incongruência.
Os caras manjam um pouco de linguagem corporal, isso eu consegui notar pelo trajeto do olhar deles. Eles costumam repetir a pergunta, também. Eu sei que muitos falam "não fique nervoso na hora", mas muitas vezes se a gente fala isso acaba ficando é mais nervoso. Bom, eu sou meio especialista em interrogatórios, então pulemos essa parte.
A única parte que eu vacilei foi que ele pediu alguma confirmação do meu trabalho que eu tinha sido liberado aqueles dias para viagem. Aí fodeu. Eu disse que foi um acordo verbal com o RH da empresa, e que eles estavam avisados. De resto, correu tudo bem.
Acho legal ficar observando as outras pessoas enquanto você está na fila. Você vê ali o tipo mais interessante de pessoas possível. Desde o executivo que começa respondendo com firmeza cada pergunta (ás vezes falando tão alto que dá pra ouvir de longe) e que depois se borra quando o carinha pergunta coisas mais elaboradas. Tem também o infeliz clássico: "Desculpe, mas no momento a sua solicitação de visto americano foi negada". E lá se vão as trezentas pratas jogadas ao vento.
A minha entrevista foi exatamente há uma semana, dia 18 de julho. Chegou hoje o passaporte. =)
Bora pras américa!
Comentários
Postar um comentário