Only in New York

Fazia tempo que não ia no cinema!

Resolvi me arriscar na 37ª Mostra de Cinema Internacional de São Paulo. Vi a programação e tinha um filme rolando no Cine Livraria Cultura que parecia muito interessante só pela sinopse. Chamava-se Apenas em Nova Iorque.

(Sim, foi o único que eu vi. Na outra semana estava com muita coisa pra fazer, e na passada, tive uma diarréia que me derrubou...)

"Um jovem palestino aceita se casar com uma judia para que ela consiga o Green Card". Só isso pra mim seria roteiro de um drama. Ledo engano! É difícil ver um filme que eu tenha dado tanta risada como esse! É comédia pura!

Até o segundo terço do filme, o filme gira em torno desse dilema do século XX pra muito homem: nossos pênis que choram por sexo (essa fala é do filme!). Acontece que o Arafat (Ghazi Albuliwi) é um jovem palestino nerd, morador da Grande Maçã e cuja única diversão é a velha masturbação. Até tenta umas prostitutas, mas ele sempre ejacula antes, o que torna seu drama ainda mais cômico aos olhos de fora.

Aí que você adiciona algo naquela sinopse que eu coloquei em cima que faz todo o sentido: "Um jovem palestino aceita se casar com uma judia, para fazer sexo com ela, para que ela consiga o Green Card". Pois sim, santos roteiristas, a opção que dão para ele fazer sexo é com um casamento de fachada com uma judia pra que ele possa enfim tirar o atraso. Só eu que achei isso muito forçado por mais que o cara esteja na seca?

O filme é cheio de brincadeiras em cima do tradicionalismo judeu e árabe! Por exemplo, Arafat faz de tudo pra satisfazer a Miki (Einat Tubi), sua esposa judia, até mesmo comprando comida kasher, cumprimentando ela com Shalom pra cá, Shalom pra lá, e até vai fantasiado de rabino pra uma festa á fantasia. Eu quando via isso pensava "Nossa, só em filme isso!".

Tinha algumas cenas que ele inclusive falava algumas brincadeiras que nos faziam pensar. "Pessoas me olham na rua pensam que sou um homem-bomba!". Algo assim. Dá risada quando você vê, depois você pensa.

Roteiro nota dez! Fotografia mais ou menos (não dá pra inovar muito em comédia romântica).

Comédia romântica? Detesto e tenho muito preconceito. Sou contra isso, porque isso é lavagem cerebral pras mulheres, devia vir com uma cartilha cada filme dizendo que aquilo é F-I-C-Ç-Ã-O. Tô cansado de mulher achando que vai cruzar com o Ewan McGregor na rua. Ele entrou pro grupo de (agora três) filmes de comédia romântica que eu aprovo: PS: Eu te amo, Doce Novembro e agora, Somente em Nova Iorque.

Bom, agora os spoilers!
Spoilers! 
Não leia se não quiser saber do final!

Puuuuxa, não queria que eles terminassem juntos, hehe. Mas acho que o diretor queria fazer isso por dois motivos: primeiro pela aceitação do público em geral. Ficar juntos e final felizes sempre vendem muito mais (exceto Titanic).

Segundo, porque isso mostra que pessoas podem deixar diferenças de lado para viverem felizes.

Arafat consegue seu sexo fácil. Ele demora pra conseguir levar a Miki pra cama, mas consegue. Ela no fundo se apaixona, e o romance que ela já tinha (sempre tem um ex-namorado pra atrapalhar!) ela deixa de lado pra ficar com o árabe narigudo.

Bonitinho até! =)

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