Doppelgänger - #23 - Legatus.
"Legatus então está por detrás de tudo isso. Mas vendo aqui, não consigo ver o nome do Ar no meio deles", disse Nezha, enquanto pesquisava, "E o bispo que nos ajudou agora está morto. Isso tudo tá é me parecendo uma conspiração. E se buscar a Legatus nos fazer apenas andar em círculos?".
As outras duas estavam em suas mesas. O Macbook de Victoire estava checando alguns documentos, enquanto Agatha parecia concentrada, aparentemente havia encontrado algo.
"Estranho... Os nomes aqui batem muito. Peguei o nome do quadro de executivos do Goldman Sachs, FED, Lehmann Brothers. Veja só isso, vocês dois", disse Agatha, virando seu laptop para eles, mostrando nomes de seis pessoas, "Parece que todos alternavam nos cargos. Porém fica complicado assim, mesmo que sejam seis pessoas, é possível que se arriscarmos em um, os outros vão saber que estamos atrás deles. E com a Interpol atrás da gente, e nós em estado disavowed, a chance de acerto é de 16%".
"Droga... E aquele cartão de memória no bolso do bispo?", disse Victoire.
"O quê?", perguntou Nezha, "Do que estão falando?".
"Desculpe, Nezha, não te avisamos isso. Mas parece que o bispo imaginava que algo aconteceria com ele, logo ele deixou um cartão de memória no bolso dele. Temos um arquivo com nomes de pessoas envolvidas diretamente com o Legatus - que até então é algo impenetrável. Colocando o computador para comparar os nomes, temos aqui uma pessoa, que está envolvida em toda essa crise econômica", disse Agatha, mostrando o nome que estava destacado na tela do seu laptop.
"Birger Löfgren", disse Nezha, "Esse nome... Sueco?".
"Exato. Parece que esse tal de Birger é um nome em comum que andou dentro da Legatus, Lehmann Brothers, Federal Reserve e até mesmo Goldman Sachs. Pense comigo, Nezha... O Legatus é apenas um bode expiatório. Existe algo na sombra do Legatus que controla toda a economia mundial, brincando com ela como se fosse um playground. Não acho que seja possível que esse homem esteja andando sozinho, essas informações valem ouro, são a peça que faltava para fechar o quebra-cabeças".
"Entendi", disse Victoire, "Talvez esse senhor Löfgren seja apenas um agente infiltrado. Ele conseguiu derrubar o Lehmann Brothers em 2008, mas sem dúvida deve ter algo mais podre. Os dados que temos ele são poucos dentro das redes da Interpol, mas isso parece ter sido apagado propositalmente. Temos aqui um endereço dele, mas a ficha dele é aparentemente limpa. Limpa até demais. Faltam dados essenciais que o serviço de inteligência tem!".
"Merda... Então é isso. Esse cara é o elo entre o grupo do Ar, para cometerem seus atos terroristas!", disse Nezha.
De súbito, um dos agentes da Agatha entraram no local. Ele parecia eufórico.
"Senhora Agatha! Parece que fomos descobertos! Temos que sair imediatamente, os agentes da Interpol estão subindo no prédio!".
- - - - - - - - - - -
Pareciam policiais da SWAT. Mesmo com suas aparências temíveis, eles estavam subindo e abordando todas as pessoas para manterem silêncio. O líder deles era um homem de jaleco branco, segurando um tablet, parecia rastrear um sinal.
Todas as escadas estavam lacradas. Guardas por todos os lados. Não havia dado nenhum alarde em especial, para não causar furor e atrair a mídia - mais uma daquelas clássicas despistadas que o serviço de inteligência sempre dá na imprensa. Nenhuma palavra. E se alguém perguntasse, era apenas mais um cartel de drogas. Desculpa padrão da polícia.
Mas eram pessoas. Pessoas que iam contra o sistema.
Subindo as escadas e dando de cada no quarto que os três estavam hospedados. Sem muita hesitação, eles abriram com um pequeno explosivo, e de súbito mais de quinze soldados entraram no quarto, acompanhado do velho de jaleco, o oficial de segurança.
De súbito, uma voz feminina ecoou no local. Mas não se sabia da onde estava vindo.
"Há quanto tempo, capitão Dawson. Como está o namoro do seu filho Jack com a jovem Rose?", sua voz era cheia de deboche, mas tinha aquele sensualismo natural que era inconfundível para qualquer um.
"Essa voz... É você, Van der Rohe?", respondeu o capitão Dawson, "Fico feliz de depois de anos se lembrar ainda do Jack e da Rose. Eles já se casaram e tiveram um lindo menino. Então os boatos são verdadeiros, você está mesmo livre, certo?", disse o capitão Dawson, que ordenava por meio de gestos que seus soldados buscassem vestígios no local.
"Sim! Sou eu sim. Vamos ver se você consegue me achar. Posso te dar uma dica? Veja embaixo da cama. Sempre embaixo da cama que estão as maiores... Obscenidades", disse Agatha, dando uma gemida no final.
Dois soldados ficaram a postos, mas foi o Capital Dawson que se aproximou. Seu iPad começou a apitar, parecia que havia realmente alguém ali, de acordo com os sensores. Ele puxou o colchão, e tudo o que viu foi um aparelho de jamming, soltando interferência, confundindo o sensor do seu tablet. E ao lado, uma revista da Private, de pornografia, aberta numa página onde um ator pornô ejaculava no rosto de uma atriz.
"Desculpe pela gozada, Dawson. Mas temos que correr. A revista pode guardar, é o tipo que o Al mais gostava, ninfetas européias branquelas, tirando é claro quando tem aquelas japonesinhas de xoxota peluda que só ele deve curtir. No final você vai entender e ainda vai agradecer a gente. Mas por enquanto, todo segundo é precioso. Beijinhos!".
Um ruído agudo começou a ser emitido na sala, e depois de poucos segundos de procura, um dos soldados acharam atrás da cortina uma caixa de som, de onde saía a voz de Agatha.
Minutos atrás, Agatha estava saindo do prédio vizinho calmamente e dentro de uma van alugada. Os agentes foram enganados como patinhos, quando Agatha reservou em seu nome e tinha pago aquele quarto, mas estava com outro passaporte reservando um quarto no prédio vizinho. Como o prédio vizinho não havia nenhum único guarda, eles saíram pela porta da frente calmamente enquanto viam os soldados da Interpol subindo as escadas do outro em pressa.
"Ok, crianças. Próximo destino: Londres. Vamos brincar um pouco com esse Löfgren. Será que ele é bonitinho pelo menos?", disse Agatha.
As outras duas estavam em suas mesas. O Macbook de Victoire estava checando alguns documentos, enquanto Agatha parecia concentrada, aparentemente havia encontrado algo.
"Estranho... Os nomes aqui batem muito. Peguei o nome do quadro de executivos do Goldman Sachs, FED, Lehmann Brothers. Veja só isso, vocês dois", disse Agatha, virando seu laptop para eles, mostrando nomes de seis pessoas, "Parece que todos alternavam nos cargos. Porém fica complicado assim, mesmo que sejam seis pessoas, é possível que se arriscarmos em um, os outros vão saber que estamos atrás deles. E com a Interpol atrás da gente, e nós em estado disavowed, a chance de acerto é de 16%".
"Droga... E aquele cartão de memória no bolso do bispo?", disse Victoire.
"O quê?", perguntou Nezha, "Do que estão falando?".
"Desculpe, Nezha, não te avisamos isso. Mas parece que o bispo imaginava que algo aconteceria com ele, logo ele deixou um cartão de memória no bolso dele. Temos um arquivo com nomes de pessoas envolvidas diretamente com o Legatus - que até então é algo impenetrável. Colocando o computador para comparar os nomes, temos aqui uma pessoa, que está envolvida em toda essa crise econômica", disse Agatha, mostrando o nome que estava destacado na tela do seu laptop.
"Birger Löfgren", disse Nezha, "Esse nome... Sueco?".
"Exato. Parece que esse tal de Birger é um nome em comum que andou dentro da Legatus, Lehmann Brothers, Federal Reserve e até mesmo Goldman Sachs. Pense comigo, Nezha... O Legatus é apenas um bode expiatório. Existe algo na sombra do Legatus que controla toda a economia mundial, brincando com ela como se fosse um playground. Não acho que seja possível que esse homem esteja andando sozinho, essas informações valem ouro, são a peça que faltava para fechar o quebra-cabeças".
"Entendi", disse Victoire, "Talvez esse senhor Löfgren seja apenas um agente infiltrado. Ele conseguiu derrubar o Lehmann Brothers em 2008, mas sem dúvida deve ter algo mais podre. Os dados que temos ele são poucos dentro das redes da Interpol, mas isso parece ter sido apagado propositalmente. Temos aqui um endereço dele, mas a ficha dele é aparentemente limpa. Limpa até demais. Faltam dados essenciais que o serviço de inteligência tem!".
"Merda... Então é isso. Esse cara é o elo entre o grupo do Ar, para cometerem seus atos terroristas!", disse Nezha.
De súbito, um dos agentes da Agatha entraram no local. Ele parecia eufórico.
"Senhora Agatha! Parece que fomos descobertos! Temos que sair imediatamente, os agentes da Interpol estão subindo no prédio!".
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Pareciam policiais da SWAT. Mesmo com suas aparências temíveis, eles estavam subindo e abordando todas as pessoas para manterem silêncio. O líder deles era um homem de jaleco branco, segurando um tablet, parecia rastrear um sinal.
Todas as escadas estavam lacradas. Guardas por todos os lados. Não havia dado nenhum alarde em especial, para não causar furor e atrair a mídia - mais uma daquelas clássicas despistadas que o serviço de inteligência sempre dá na imprensa. Nenhuma palavra. E se alguém perguntasse, era apenas mais um cartel de drogas. Desculpa padrão da polícia.
Mas eram pessoas. Pessoas que iam contra o sistema.
Subindo as escadas e dando de cada no quarto que os três estavam hospedados. Sem muita hesitação, eles abriram com um pequeno explosivo, e de súbito mais de quinze soldados entraram no quarto, acompanhado do velho de jaleco, o oficial de segurança.
De súbito, uma voz feminina ecoou no local. Mas não se sabia da onde estava vindo.
"Há quanto tempo, capitão Dawson. Como está o namoro do seu filho Jack com a jovem Rose?", sua voz era cheia de deboche, mas tinha aquele sensualismo natural que era inconfundível para qualquer um.
"Essa voz... É você, Van der Rohe?", respondeu o capitão Dawson, "Fico feliz de depois de anos se lembrar ainda do Jack e da Rose. Eles já se casaram e tiveram um lindo menino. Então os boatos são verdadeiros, você está mesmo livre, certo?", disse o capitão Dawson, que ordenava por meio de gestos que seus soldados buscassem vestígios no local.
"Sim! Sou eu sim. Vamos ver se você consegue me achar. Posso te dar uma dica? Veja embaixo da cama. Sempre embaixo da cama que estão as maiores... Obscenidades", disse Agatha, dando uma gemida no final.
Dois soldados ficaram a postos, mas foi o Capital Dawson que se aproximou. Seu iPad começou a apitar, parecia que havia realmente alguém ali, de acordo com os sensores. Ele puxou o colchão, e tudo o que viu foi um aparelho de jamming, soltando interferência, confundindo o sensor do seu tablet. E ao lado, uma revista da Private, de pornografia, aberta numa página onde um ator pornô ejaculava no rosto de uma atriz.
"Desculpe pela gozada, Dawson. Mas temos que correr. A revista pode guardar, é o tipo que o Al mais gostava, ninfetas européias branquelas, tirando é claro quando tem aquelas japonesinhas de xoxota peluda que só ele deve curtir. No final você vai entender e ainda vai agradecer a gente. Mas por enquanto, todo segundo é precioso. Beijinhos!".
Um ruído agudo começou a ser emitido na sala, e depois de poucos segundos de procura, um dos soldados acharam atrás da cortina uma caixa de som, de onde saía a voz de Agatha.
Minutos atrás, Agatha estava saindo do prédio vizinho calmamente e dentro de uma van alugada. Os agentes foram enganados como patinhos, quando Agatha reservou em seu nome e tinha pago aquele quarto, mas estava com outro passaporte reservando um quarto no prédio vizinho. Como o prédio vizinho não havia nenhum único guarda, eles saíram pela porta da frente calmamente enquanto viam os soldados da Interpol subindo as escadas do outro em pressa.
"Ok, crianças. Próximo destino: Londres. Vamos brincar um pouco com esse Löfgren. Será que ele é bonitinho pelo menos?", disse Agatha.
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