Realidade que pode ser real também.
Março 2013
Eu a amava muito. Mas naquele momento, enfim, eu amava.
Enfim eu estava com ela. Estávamos juntos! Quer um sonho melhor do que a realidade de estar namorando alguém? Por mais que exista o medo do futuro, ter alguém que nos faça carinho, que nos faça sentir especial. Ter alguém pra compartilhar um beijo de amor, alguém pra se compartilhar uma noite inesquecível.
Aquilo era um sonho do qual eu jamais queria acordar.
E eu via aquele meu futuro como um velho sozinho tendo a chance de mudar. Aquilo era apenas um mero pesadelo, ainda bem. Onde eu errei agora eu acertaria.
"Até quando vai ficar aqui?", disse uma voz.
Eu estava abraçado com meu amor. Estávamos sentados numa cafeteria em South Kensington. Eu via o rosto dela, apenas tinha olhos para aquele olhar dela.
"Não finja que não está me ouvindo", disse a mesma voz.
Eu acho que reconhecia essa voz. Virei um pouco o rosto. Porém enquanto eu virava, sentia a mão do meu amor virando meu rosto de volta pra ela. Mas a pessoa que falava não parecia desistir tão fácil, e falou novamente:
"Chega disso! Vamos, você tem que sair daqui!".
E eu virei o rosto. Estava furioso por ter uma pessoa me atrapalhando.
Era ninguém menos que a Val.
"O... O que? Mas o que diabos...?", eu disse, assustado.
"Chega disso, Al. Eu tenho que te tirar daqui. Não posso mais perder tempo, desculpe".
E a Val pegou e apontou uma arma pra minha cabeça. Senti o gelado da arma tocando na minha testa e fiquei sem reação.
"Você... Você era pra estar morta! Onde você estava todos esses anos?!".
"Eu não morri. Mas ao mesmo tempo eu não posso deixar você aqui, você está preso aqui e está se enganando!".
O meu amor levantou da mesa e a empurrou. Eu não sabia o que pensar daquilo, ela foi pra cima da Val com extrema violência, como se fosse pra me defender mesmo, dando socos e chutes na Val, que assustada mal conseguia se defender direito, mesmo que tivesse armada.
"Parem vocês duas!! Querida, essa louca está armada! Ela vai te matar!!"
Val empurrou com força a minha namorada, jogando-a pra bem longe. Ela se recompôs e apontou a arma pra mim novamente.
"Al, chega disso! Quero que apenas me ouça. Acha mesmo que isso tudo é real? Você está preso aqui, acha que isso é a realidade, mas não importa o que eu diga você nunca vai achar o contrário!"
"Realidade? Você tá louca? Isso é real! Enfim eu sou feliz! Enfim eu tenho um novo amor! Enfim eu superei sua perda e consegui buscar isso, buscar a minha felicidade! O que diabos você quer? Quer dar um tiro em mim? Você que é uma mentira! Você morreu nos meus braços!!"
"Al... Eu sou real. E preciso que você saia daqui, e a única maneira é desse jeito. Por favor, me entenda! Isso tudo foi muito fácil. A vida real não é assim. Olhe para aquele monte de pessoas ali, tem várias mulheres ali, não tem?"
Eu olhei. De fato, muitas mulheres caminhando.
"Onde você quer chegar, sua louca?"
"Se isso é tão real, você não teria problemas em me dizer qual delas é a sua esposa. Vamos, aponte! Qual delas é?"
Eu via rostos. Mas nenhum deles era familiar. Eram muitas mulheres, todas andando. Qual delas era a minha esposa? Naquele momento a semente da dúvida havia sido plantada em mim. E foi o primeiro questionamento que eu fiz. Será que eu estava enlouquecendo? Eu não sabia qual delas era a minha mulher!
Eu a amava muito. Mas naquele momento, enfim, eu amava.
Enfim eu estava com ela. Estávamos juntos! Quer um sonho melhor do que a realidade de estar namorando alguém? Por mais que exista o medo do futuro, ter alguém que nos faça carinho, que nos faça sentir especial. Ter alguém pra compartilhar um beijo de amor, alguém pra se compartilhar uma noite inesquecível.
Aquilo era um sonho do qual eu jamais queria acordar.
E eu via aquele meu futuro como um velho sozinho tendo a chance de mudar. Aquilo era apenas um mero pesadelo, ainda bem. Onde eu errei agora eu acertaria.
"Até quando vai ficar aqui?", disse uma voz.
Eu estava abraçado com meu amor. Estávamos sentados numa cafeteria em South Kensington. Eu via o rosto dela, apenas tinha olhos para aquele olhar dela.
"Não finja que não está me ouvindo", disse a mesma voz.
Eu acho que reconhecia essa voz. Virei um pouco o rosto. Porém enquanto eu virava, sentia a mão do meu amor virando meu rosto de volta pra ela. Mas a pessoa que falava não parecia desistir tão fácil, e falou novamente:
"Chega disso! Vamos, você tem que sair daqui!".
E eu virei o rosto. Estava furioso por ter uma pessoa me atrapalhando.
Era ninguém menos que a Val.
"O... O que? Mas o que diabos...?", eu disse, assustado.
"Chega disso, Al. Eu tenho que te tirar daqui. Não posso mais perder tempo, desculpe".
E a Val pegou e apontou uma arma pra minha cabeça. Senti o gelado da arma tocando na minha testa e fiquei sem reação.
"Você... Você era pra estar morta! Onde você estava todos esses anos?!".
"Eu não morri. Mas ao mesmo tempo eu não posso deixar você aqui, você está preso aqui e está se enganando!".
O meu amor levantou da mesa e a empurrou. Eu não sabia o que pensar daquilo, ela foi pra cima da Val com extrema violência, como se fosse pra me defender mesmo, dando socos e chutes na Val, que assustada mal conseguia se defender direito, mesmo que tivesse armada.
"Parem vocês duas!! Querida, essa louca está armada! Ela vai te matar!!"
Val empurrou com força a minha namorada, jogando-a pra bem longe. Ela se recompôs e apontou a arma pra mim novamente.
"Al, chega disso! Quero que apenas me ouça. Acha mesmo que isso tudo é real? Você está preso aqui, acha que isso é a realidade, mas não importa o que eu diga você nunca vai achar o contrário!"
"Realidade? Você tá louca? Isso é real! Enfim eu sou feliz! Enfim eu tenho um novo amor! Enfim eu superei sua perda e consegui buscar isso, buscar a minha felicidade! O que diabos você quer? Quer dar um tiro em mim? Você que é uma mentira! Você morreu nos meus braços!!"
"Al... Eu sou real. E preciso que você saia daqui, e a única maneira é desse jeito. Por favor, me entenda! Isso tudo foi muito fácil. A vida real não é assim. Olhe para aquele monte de pessoas ali, tem várias mulheres ali, não tem?"
Eu olhei. De fato, muitas mulheres caminhando.
"Onde você quer chegar, sua louca?"
"Se isso é tão real, você não teria problemas em me dizer qual delas é a sua esposa. Vamos, aponte! Qual delas é?"
Eu via rostos. Mas nenhum deles era familiar. Eram muitas mulheres, todas andando. Qual delas era a minha esposa? Naquele momento a semente da dúvida havia sido plantada em mim. E foi o primeiro questionamento que eu fiz. Será que eu estava enlouquecendo? Eu não sabia qual delas era a minha mulher!
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