Doppelgänger - #37 - Invasão.
14h05
Canary Wharf sempre estava cheio de pessoas. Ali que ficava também um dos edifícios da bolsa de valores de Londres. Aquela região era no meio das docas londrinas. A região de Canary Wharf havia sido alvo já do IRA há alguns anos, e agora, era alvo de outro tipo de terrorismo: terrorismo econômico.
É um local onde existem muitos edifícios modernos, contrastando com a City londrina não muito distante dali. Uma região desenvolvida muito recentemente, mas era apenas um polo econômico, não tanto cultural. Pessoas engravatadas subindo e descendo escadas, e aquele horário já era praticamente início da hora do Rush.
Os três desembarcaram na estação de Canary Wharf e fizeram um plano.
“Parece que o Ar vai estar no subsolo do One Canada Square. É um prédio muito vigiado, e vamos ter que agir com cautela. Estamos com roupas civis, não vai ser muito fácil passarmos desapercebidos, e existe a possibilidade dele saber que o Löfgren já morreu”, disse Agatha, liderando o time.
“Vamos primeiro entrar no One Canada Square. Existem muitas pessoas lá, acho que vai temos a vantagem do terreno. Eu vou ficar distante de vocês, dando suporte, mas visível”, Victoire disse, apontando pra um banco na praça em Cabot Square.
“Nezha, está prestando atenção? Tem algo de errado?”, Agatha questionou.
Nezha parecia distante. Desde que todos eles estavam caminhando até Canary Wharf ele parecia estranho. Ele, que sempre fora o mais calado dos três, estava mais quieto que o normal.
“Vamos antes usar esse dinheiro e trocar nossas roupas. Trajes sociais. Temos um tempo até mover nossos hackers pra liberarem nossa entrada no prédio. Temos que agir com extrema cautela”, disse Agatha.
“Entendeu, Nezha?”, Victoire disse, chamando a atenção.
“Ah! Eu... Eu entendi. Desculpe”.
- - - - - - - - - -
14h40
“Victoire, está na escuta?”, disse Agatha, já vestida e maquiada, e com um fone de escuta.
“Sim, estou a postos”.
“Certo. Vamos revisar o plano: estamos com crachás falsos de funcionários da Barclays. O Spirit está na escuta, e está acessando o sistema do One Canada Square pra nos dar acesso. Dentro da maleta de Nezha existe um gravador, duas pistolas semi-automáticas, além de outros aparatos, incluindo um localizador. Nosso objetivo é alcançar Ar e acabar com a festinha dele de uma vez por todas”.
“Certo”, disse Nezha.
“Vamos lá”, disse Agatha.
Os dois foram andando tranquilamente em direção ao One Canada Square. Nezha dera uma última olhada em Victoire, que estava os acompanhando de longe, com as mesmas roupas de antes. Agatha estava com um traje social feminino, saia, e tudo isso coberto por um imenso e quente sobretudo. Ainda assim, suas pernas estavam de fora, protegidos por uma meia-calça escura e um salto alto. Nezha estava com um terno preto, camisa preta e gravata branca. Vestia óculos escuros também, mesmo que naquele horário no final de outono londrino, já estivesse escuro.
Foram caminhando no meio da multidão sem levantarem muitas suspeitas. Eram naquele momento meros funcionários dos bancos ali presentes. No meio do caminho um homem, também bem vestido, pediu fogo a Nezha. Realmente o disfarce estava indo de vento e popa. O homem que pediu fogo vestia um terno muito fino e usava ainda um chapéu, que escondia ligeiramente o rosto.
Nezha ofereceu fogo, e quando ele ergueu o rosto pra agradecer, levou um imenso susto.
Era Ar.
“Então são vocês que estão atrás de mim? Pensei que mandariam gente mais qualificada”, disse Ar.
Ambos se assustaram, ficaram mudos, sem reação. Realmente aquilo era uma armadilha, não era mentira de Neige! Ar de alguma forma havia previsto o passo de todos, e antes mesmo de entrarem no One Canada Square Ar havia os pego sem menores problemas.
“Agora que acendi o cigarro não vai dar pra entrar, uma pena. Teremos que ficar aqui nesse frio. Mas eu prometo que vai ser mais divertido ainda”, disse Ar.
“Droga... Como você...?”, disse Agatha.
“Calma, Agatha. Primeiro, me dê essa mala”, Ar pegou a mala e entregou pra um homem que estava distante apenas alguns metros dele, “Com vocês no meu encalço vai ser complicado realizar meus planos. Eu prometo que se vocês forem legais, não vão ficar muito tempo na cadeia, afinal vocês estão em estado de Disavowed”.
Nezha permanecia sem palavras.
“Seu idiota... Se não tivesse tantas pessoas aqui eu enfiaria uma bala nos seus miolos!”, disse Agatha.
“Mesmo que enfiasse, posso te dar certeza que chamaria muito a atenção, e sem provas, seria apenas um assassinato polêmico numa praça em Canary Wharf. Os jornais com certeza iam condenar vocês até a morte, pois é assim que funciona a justiça”, disse Ar.
“Então o que você quer, seu imbecil?”, disse Agatha, ofensivamente.
“Quero mostrar porque o mundo está nas minhas mãos, Agatha. Vou quebrar alguns países como uma jogada de xadrez. E o melhor: vou deixar você escolher. Tem algum lugar em especial que você quer quebrar a economia?”.
Canary Wharf sempre estava cheio de pessoas. Ali que ficava também um dos edifícios da bolsa de valores de Londres. Aquela região era no meio das docas londrinas. A região de Canary Wharf havia sido alvo já do IRA há alguns anos, e agora, era alvo de outro tipo de terrorismo: terrorismo econômico.
É um local onde existem muitos edifícios modernos, contrastando com a City londrina não muito distante dali. Uma região desenvolvida muito recentemente, mas era apenas um polo econômico, não tanto cultural. Pessoas engravatadas subindo e descendo escadas, e aquele horário já era praticamente início da hora do Rush.
Os três desembarcaram na estação de Canary Wharf e fizeram um plano.
“Parece que o Ar vai estar no subsolo do One Canada Square. É um prédio muito vigiado, e vamos ter que agir com cautela. Estamos com roupas civis, não vai ser muito fácil passarmos desapercebidos, e existe a possibilidade dele saber que o Löfgren já morreu”, disse Agatha, liderando o time.
“Vamos primeiro entrar no One Canada Square. Existem muitas pessoas lá, acho que vai temos a vantagem do terreno. Eu vou ficar distante de vocês, dando suporte, mas visível”, Victoire disse, apontando pra um banco na praça em Cabot Square.
“Nezha, está prestando atenção? Tem algo de errado?”, Agatha questionou.
Nezha parecia distante. Desde que todos eles estavam caminhando até Canary Wharf ele parecia estranho. Ele, que sempre fora o mais calado dos três, estava mais quieto que o normal.
“Vamos antes usar esse dinheiro e trocar nossas roupas. Trajes sociais. Temos um tempo até mover nossos hackers pra liberarem nossa entrada no prédio. Temos que agir com extrema cautela”, disse Agatha.
“Entendeu, Nezha?”, Victoire disse, chamando a atenção.
“Ah! Eu... Eu entendi. Desculpe”.
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14h40
“Victoire, está na escuta?”, disse Agatha, já vestida e maquiada, e com um fone de escuta.
“Sim, estou a postos”.
“Certo. Vamos revisar o plano: estamos com crachás falsos de funcionários da Barclays. O Spirit está na escuta, e está acessando o sistema do One Canada Square pra nos dar acesso. Dentro da maleta de Nezha existe um gravador, duas pistolas semi-automáticas, além de outros aparatos, incluindo um localizador. Nosso objetivo é alcançar Ar e acabar com a festinha dele de uma vez por todas”.
“Certo”, disse Nezha.
“Vamos lá”, disse Agatha.
Os dois foram andando tranquilamente em direção ao One Canada Square. Nezha dera uma última olhada em Victoire, que estava os acompanhando de longe, com as mesmas roupas de antes. Agatha estava com um traje social feminino, saia, e tudo isso coberto por um imenso e quente sobretudo. Ainda assim, suas pernas estavam de fora, protegidos por uma meia-calça escura e um salto alto. Nezha estava com um terno preto, camisa preta e gravata branca. Vestia óculos escuros também, mesmo que naquele horário no final de outono londrino, já estivesse escuro.
Foram caminhando no meio da multidão sem levantarem muitas suspeitas. Eram naquele momento meros funcionários dos bancos ali presentes. No meio do caminho um homem, também bem vestido, pediu fogo a Nezha. Realmente o disfarce estava indo de vento e popa. O homem que pediu fogo vestia um terno muito fino e usava ainda um chapéu, que escondia ligeiramente o rosto.
Nezha ofereceu fogo, e quando ele ergueu o rosto pra agradecer, levou um imenso susto.
Era Ar.
“Então são vocês que estão atrás de mim? Pensei que mandariam gente mais qualificada”, disse Ar.
Ambos se assustaram, ficaram mudos, sem reação. Realmente aquilo era uma armadilha, não era mentira de Neige! Ar de alguma forma havia previsto o passo de todos, e antes mesmo de entrarem no One Canada Square Ar havia os pego sem menores problemas.
“Agora que acendi o cigarro não vai dar pra entrar, uma pena. Teremos que ficar aqui nesse frio. Mas eu prometo que vai ser mais divertido ainda”, disse Ar.
“Droga... Como você...?”, disse Agatha.
“Calma, Agatha. Primeiro, me dê essa mala”, Ar pegou a mala e entregou pra um homem que estava distante apenas alguns metros dele, “Com vocês no meu encalço vai ser complicado realizar meus planos. Eu prometo que se vocês forem legais, não vão ficar muito tempo na cadeia, afinal vocês estão em estado de Disavowed”.
Nezha permanecia sem palavras.
“Seu idiota... Se não tivesse tantas pessoas aqui eu enfiaria uma bala nos seus miolos!”, disse Agatha.
“Mesmo que enfiasse, posso te dar certeza que chamaria muito a atenção, e sem provas, seria apenas um assassinato polêmico numa praça em Canary Wharf. Os jornais com certeza iam condenar vocês até a morte, pois é assim que funciona a justiça”, disse Ar.
“Então o que você quer, seu imbecil?”, disse Agatha, ofensivamente.
“Quero mostrar porque o mundo está nas minhas mãos, Agatha. Vou quebrar alguns países como uma jogada de xadrez. E o melhor: vou deixar você escolher. Tem algum lugar em especial que você quer quebrar a economia?”.
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