Doppelgänger - #52 - The Lady Saunders (2)
Morta? Então realmente querem ver Saunders morta. Então o Ar queria que eu tirasse ela se lá pois lá ela estaria mais do que protegida... E parece que as informações que ela tem iriam ferrar com o Ar. Isso faz sentido, pensou Nataku.
“Você é uma jornalista?”, perguntou Nataku.
“Não. Sou advogada”, respondeu Saunders.
“E que tipos de informações você teria?”, perguntou Nataku.
“Bom, vou começar do começo. O Ar com certeza te revelou que Legatus era nada menos que um fantoche. Que havia uma organização maior por detrás, o Vanitas. Os líderes dos Vanitas são o Ar, Schwartzman, Sara e Ravena. É um grupo terrorista econômico que manipula bancos, governos e empresas. Considerando que empresas, bancos e governos são todos animais irracionais, querendo sempre abocanhar mais que a boca, se tiver alguém que pensa mais e lhes ensina alguns truques, obedecerão igual cachorrinhos: Só farão xixi onde mandarem. Esse é o papel do Vanitas, e nesse caso, Ar é o dono dos cachorros”, disse Saunders.
“Tá. Isso eu já sei. Mas o que diabos move ele a fazer isso?”, perguntou Nataku.
“Eu não sei as motivações dele. Não sei se isso tudo seria vingança contra o Al”, disse Saunders.
“Isso que eu não consigo ainda entender... Disseram que meu nome real é Lucca, que eu sou italiano, e que era o braço direito do Arch antes da sua queda. E que o Ar é filho do Arch, logo é sobrinho do Al. Mas como é possível...? Ele é muito jovem, ele tem apenas 24 anos! Como um garoto de 24 anos é capaz de fundar uma organização pra controlar as finanças do mundo?”, perguntou Nataku.
“Bom, genialidade é fundamental. Eu conheço Arch, Al e Ar. Trabalhei com os três. Acho que primeiro posso começar traçando um perfil do Arch. Ele tinha um QI de 180, elevadíssimo, era fluente em dez línguas, sem contar que tinha diversas habilidades em nível A+, pela classificação da própria Interpol. Habilidades em retórica, interrogatório, autodefesa, e era o único que possuía o mesmo ranking A+ no quesito desconstrução. Sabe o que é né?”, disse Saunders.
“Sim. É a habilidade mais difícil e valorizada... Basicamente é o ‘pensar fora da caixinha’, desconstruindo o pensamento e achando uma nova via. É uma super criatividade, excelentes agentes possuem um ranking C nesse. Mas se o Arch tinha A+ nisso também, sem dúvida ele era uma lenda”, disse Nataku.
“Isso! Acho que o mais baixo que Arch tinha era um ‘A’. Sem dúvida ele era um gênio. Bom, o Al já é mais... modesto. Embora que eu sempre achei que na época que ele é avaliado ele erre de propósito. Seu pior ranking ainda assim é B-, o que o torna acima de mais de 98% dos agentes da Interpol. O QI dele é 170, e ele é fluente em sete línguas. Inglês, espanhol, japonês, português, russo, alemão e francês, mesmo que ele deteste falar, e obviamente, odeia franceses”, disse Saunders.
“Nossa. Eu o Subestimei. O cara é bom”, disse Nataku.
“Se ele fosse menos autodestrutivo, ele estaria acima do Arch faz tempo. Mas ele coitado, ao mesmo tempo que tem uma doença, ele é um gênio também. E a Velha tem dó dele, o protege de tudo. Eu acredito que ter um QI elevado é algo genético, só pode. Espero que o Al arranje uma esposa bonita e inteligente pra fazer uns filhos herdarem essa genialidade inata”, disse Saunders.
“Tá, mas e o Ar?”, perguntou Nataku.
“Arthur Blain. QI de 178, fluente em nove línguas, ainda assim é briga de cavalo grande... Seu pior ranking é A-, é outro agente fora de série. E pela idade, sem dúvida vai conseguir coisas bem maiores, ainda tem muito a crescer. A luta que aconteceu entre você e o Al no ano 2000 em Rosário, na Argentina, foi bem real. Artie era sobrinho do Al. Tudo bem que Al era um jovem de 22 anos na época, mas ele sentia que Ar teria o mesmo significado para Al assim como Al se espelhou em Arch. Se parar pra pensar, a diferença de cada um é de dez anos. Arch é 1968, Al é de 1978 e Ar é de 1988”, disse Saunders.
“Nossa. O Ar nasceu no ano da queda de Arch. Ele nem chegou a conhecer o pai...”, disse Nataku.
“Sim. Mas a mãe dele via um futuro promissor no garoto. O Arch era apaixonado, casado com uma francesa bem biscate. Que o Al conhece muito bem... Ela foi uma verdadeira bruxa na vida dele quando era criança. Acredita que quando o Al foi morar com seu irmão Arch na França e tocou a campainha ela o chutou pra fora achando que ele era uma criança de rua?”, disse Saunders.
“Caralho!”, disse Nataku, alto, mas quando viu a reação das pessoas ao lado voltou a falar mais baixo, “Imagino os apuros que o Al deve ter sofrido. Como era o nome dela?”.
“Émilie Blain”.
“Bom, então suponho que o nome do Arch deveria ser Arch Blain”, concluiu Nataku.
“Não! O sobrenome do Arch é Saint-Claire. Ele é britânico, lembra?”, disse Saunders.
“Pera lá... Porque Émilie registraria o filho com o sobrenome dela? Sem dúvida se o Ar tivesse esse Saint-Claire no fim do nome já seria um passo e tanto na carreira dele”, disse Nataku.
“Arch sempre teve problemas com a família dessa Émilie. Os Blain eram uma família rica, e os Saint-Claire mal tinham onde cair mortos. Não sei se Émilie alguma vez amou o pobre Arch de fato... Mas pelo poder econômico e político da sua família, até mesmo os homens que casavam com uma Blain tinham que adotar o sobrenome da esposa. Porém, acho que nem mesmo os Blain pensavam que o Arch, devido à sua genialidade inata cresceria muito na Inteligência. Receberia honrarias, prêmios, e dinheiro, muito dinheiro. Émilie vivia uma vida muito exuberante dentro dos Blain, mas a fortuna que Arch acumulara virou um espólio incalculável. E como sua morte foi inesperada, a dama da sorte não o preveniu de fazer um testamento. Como Émilie era a esposa, e estava grávida do Ar, herdou toda a fortuna. Deixou nenhum tostão para o Al, que estava sob guarda do irmão mais velho, Arch”, disse Saunders.
“Ainda assim... Isso explica o dinheiro do Ar para fundar as organizações, o Vanitas, etc. Mas isso não explica força política. Ele com dinheiro e genialidade era apenas isso, faltaria a influência. Só os Blain conseguiriam fazer isso?”, perguntou Nataku.
“Claro que não, bobinho! Existe uma segunda pessoa. E também é outra que acabou com a vida do Al. Seu nome é Francesca Vittorio”.
“Você é uma jornalista?”, perguntou Nataku.
“Não. Sou advogada”, respondeu Saunders.
“E que tipos de informações você teria?”, perguntou Nataku.
“Bom, vou começar do começo. O Ar com certeza te revelou que Legatus era nada menos que um fantoche. Que havia uma organização maior por detrás, o Vanitas. Os líderes dos Vanitas são o Ar, Schwartzman, Sara e Ravena. É um grupo terrorista econômico que manipula bancos, governos e empresas. Considerando que empresas, bancos e governos são todos animais irracionais, querendo sempre abocanhar mais que a boca, se tiver alguém que pensa mais e lhes ensina alguns truques, obedecerão igual cachorrinhos: Só farão xixi onde mandarem. Esse é o papel do Vanitas, e nesse caso, Ar é o dono dos cachorros”, disse Saunders.
“Tá. Isso eu já sei. Mas o que diabos move ele a fazer isso?”, perguntou Nataku.
“Eu não sei as motivações dele. Não sei se isso tudo seria vingança contra o Al”, disse Saunders.
“Isso que eu não consigo ainda entender... Disseram que meu nome real é Lucca, que eu sou italiano, e que era o braço direito do Arch antes da sua queda. E que o Ar é filho do Arch, logo é sobrinho do Al. Mas como é possível...? Ele é muito jovem, ele tem apenas 24 anos! Como um garoto de 24 anos é capaz de fundar uma organização pra controlar as finanças do mundo?”, perguntou Nataku.
“Bom, genialidade é fundamental. Eu conheço Arch, Al e Ar. Trabalhei com os três. Acho que primeiro posso começar traçando um perfil do Arch. Ele tinha um QI de 180, elevadíssimo, era fluente em dez línguas, sem contar que tinha diversas habilidades em nível A+, pela classificação da própria Interpol. Habilidades em retórica, interrogatório, autodefesa, e era o único que possuía o mesmo ranking A+ no quesito desconstrução. Sabe o que é né?”, disse Saunders.
“Sim. É a habilidade mais difícil e valorizada... Basicamente é o ‘pensar fora da caixinha’, desconstruindo o pensamento e achando uma nova via. É uma super criatividade, excelentes agentes possuem um ranking C nesse. Mas se o Arch tinha A+ nisso também, sem dúvida ele era uma lenda”, disse Nataku.
“Isso! Acho que o mais baixo que Arch tinha era um ‘A’. Sem dúvida ele era um gênio. Bom, o Al já é mais... modesto. Embora que eu sempre achei que na época que ele é avaliado ele erre de propósito. Seu pior ranking ainda assim é B-, o que o torna acima de mais de 98% dos agentes da Interpol. O QI dele é 170, e ele é fluente em sete línguas. Inglês, espanhol, japonês, português, russo, alemão e francês, mesmo que ele deteste falar, e obviamente, odeia franceses”, disse Saunders.
“Nossa. Eu o Subestimei. O cara é bom”, disse Nataku.
“Se ele fosse menos autodestrutivo, ele estaria acima do Arch faz tempo. Mas ele coitado, ao mesmo tempo que tem uma doença, ele é um gênio também. E a Velha tem dó dele, o protege de tudo. Eu acredito que ter um QI elevado é algo genético, só pode. Espero que o Al arranje uma esposa bonita e inteligente pra fazer uns filhos herdarem essa genialidade inata”, disse Saunders.
“Tá, mas e o Ar?”, perguntou Nataku.
“Arthur Blain. QI de 178, fluente em nove línguas, ainda assim é briga de cavalo grande... Seu pior ranking é A-, é outro agente fora de série. E pela idade, sem dúvida vai conseguir coisas bem maiores, ainda tem muito a crescer. A luta que aconteceu entre você e o Al no ano 2000 em Rosário, na Argentina, foi bem real. Artie era sobrinho do Al. Tudo bem que Al era um jovem de 22 anos na época, mas ele sentia que Ar teria o mesmo significado para Al assim como Al se espelhou em Arch. Se parar pra pensar, a diferença de cada um é de dez anos. Arch é 1968, Al é de 1978 e Ar é de 1988”, disse Saunders.
“Nossa. O Ar nasceu no ano da queda de Arch. Ele nem chegou a conhecer o pai...”, disse Nataku.
“Sim. Mas a mãe dele via um futuro promissor no garoto. O Arch era apaixonado, casado com uma francesa bem biscate. Que o Al conhece muito bem... Ela foi uma verdadeira bruxa na vida dele quando era criança. Acredita que quando o Al foi morar com seu irmão Arch na França e tocou a campainha ela o chutou pra fora achando que ele era uma criança de rua?”, disse Saunders.
“Caralho!”, disse Nataku, alto, mas quando viu a reação das pessoas ao lado voltou a falar mais baixo, “Imagino os apuros que o Al deve ter sofrido. Como era o nome dela?”.
“Émilie Blain”.
“Bom, então suponho que o nome do Arch deveria ser Arch Blain”, concluiu Nataku.
“Não! O sobrenome do Arch é Saint-Claire. Ele é britânico, lembra?”, disse Saunders.
“Pera lá... Porque Émilie registraria o filho com o sobrenome dela? Sem dúvida se o Ar tivesse esse Saint-Claire no fim do nome já seria um passo e tanto na carreira dele”, disse Nataku.
“Arch sempre teve problemas com a família dessa Émilie. Os Blain eram uma família rica, e os Saint-Claire mal tinham onde cair mortos. Não sei se Émilie alguma vez amou o pobre Arch de fato... Mas pelo poder econômico e político da sua família, até mesmo os homens que casavam com uma Blain tinham que adotar o sobrenome da esposa. Porém, acho que nem mesmo os Blain pensavam que o Arch, devido à sua genialidade inata cresceria muito na Inteligência. Receberia honrarias, prêmios, e dinheiro, muito dinheiro. Émilie vivia uma vida muito exuberante dentro dos Blain, mas a fortuna que Arch acumulara virou um espólio incalculável. E como sua morte foi inesperada, a dama da sorte não o preveniu de fazer um testamento. Como Émilie era a esposa, e estava grávida do Ar, herdou toda a fortuna. Deixou nenhum tostão para o Al, que estava sob guarda do irmão mais velho, Arch”, disse Saunders.
“Ainda assim... Isso explica o dinheiro do Ar para fundar as organizações, o Vanitas, etc. Mas isso não explica força política. Ele com dinheiro e genialidade era apenas isso, faltaria a influência. Só os Blain conseguiriam fazer isso?”, perguntou Nataku.
“Claro que não, bobinho! Existe uma segunda pessoa. E também é outra que acabou com a vida do Al. Seu nome é Francesca Vittorio”.
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