Doppelgänger - #105 - Confiança e traição.
A porta da ambulância estava fechada. Lucca estava ainda consciente, observando tudo ao redor. Os médicos estavam aplicando algumas coisas na sua veia, e o soro já estava entrando no seu corpo. Por mais que por fora ele esboçasse estar tranquilo, por dentro ele estava muito preocupado.
Não apenas preocupado com Eliza Vogl sozinha lá fora, mas também com seu estado, muito ferido. Porém por um momento uma coisa começou a preocupá-lo mais ainda. Ao olhar um emblema no jaleco branco dos médicos ao seu redor.
SAS? Puta merda... Tô fudido, pensou Lucca.
Com certeza era gameover pra ele.
Mas ele estava feliz. Tinha feito o que precisava ser feito. Agora era só confiar em Agatha e torcer para que os céus o ajudassem. Lucca era um europeu padrão, sem crença alguma. Mas naquele momento, se existisse algo que pudesse protegê-lo, era hora de fazer um pedido sincero aos céus pra que tudo acabasse bem.
- - - - -
"Agatha! Ora, ora, veja só quem eu encontro assim, ao acaso", disse Dawson, se aproximando de Agatha.
"Pft, pena que eu não posso dizer o mesmo", disse Agatha, carregada na ironia.
"Não diga isso, Agatha, não queira ferrar de vez a única chance que talvez esse mundo tenha, afinal, você já fez parte desse mesmo plano, anos atrás", disse o capitão Dawson.
"Plano? Nossa... Quer dizer que você tá do lado do paspalho do Ar? Bem típico de você, Dawson. Quanto aquele mercenário pagou pra você? Uma nova lua-de-mel pro seu filho?", provocou Agatha.
"Ora sua putinha, vem cá", disse Dawson, apertando o hematoma que ele mesmo havia causado no braço de Agatha na sessão de tortura dias atrás, "Dessa vez eu vou fazer pior com você. Não vou te torturar, e sim meter bem fundo em você, vou te estuprar até você morrer, sua vaca".
Ainda assim, Agatha permanecia inabalável. Ela não tinha sentido medo nenhum da ameaça de Dawson. O que mais doía naquele momento era a mão dele apertando o braço dela, machucado.
"Ah, é mesmo? E qual o tamanho da sua rola?", disse Agatha, "Se seu pau duro for menor que 15 centímetros melhor você nem tentar. Você não vai nem me fazer cócegas. Eu gosto de pau grande, e sexo bem forte, que talvez um velhote como você nem consiga".
Eliza permanecia ao lado de Agatha, porém Dawson estava tão centrado em pegar Agatha que sequer percebeu que a menina estava relativamente próximo da holandesa. E Agatha, com as mãos rápidas que sempre teve, disca um número no celular, e antes de ser levada para o carro de polícia por Dawson, se vira, e rapidamente deixa o celular nas mãos de Eliza Vogl.
Antes de entrar no carro Agatha se vira pra Eliza, dá uma risadinha e pisca o olho pra menina. A ligação estava feita, e a pessoa do outro lado estava ouvindo tudo. O carro fechou com Agatha e Dawson dentro e aí então Eliza se viu no meio daquele mundo de gente na frente do Monumento e... Sozinha.
O celular ainda estava com a chamada sendo feita. Ela colocou o ouvido e falou.
"A-alô?", disse Vogl.
"Quem é?", disse a voz masculina do outro lado.
"Eliza. Eliza Vogl", disse Vogl.
Silêncio do outro lado da linha. Durou mais ou menos meio minuto.
"Certo. Talvez a Agatha esteja em apuros, mas se deixou o celular com você talvez você seja alguém importante. Me chame de Neige. Você sabe andar de metrô? Preciso que venha pra Candem Town imediatamente", disse Neige para Eliza Vogl no celular.
A menina estava a salvo.
- - - - -
19h25
O restaurante Mango Room em Candem Town serve comida caribenha, e fica próximo da estação do metrô de Candem Town. Al e Victoire foram pra lá jantar, enquanto aguardava a análise dos dados que todos haviam coletado.
O pedido já estava feito, e eles aguardavam ansiosamente a comida chegar.
"Acho que será a primeira refeição que eu faço em semanas", desabafou Al.
"Sem dúvida está sendo uma barra e tanto essa coisa toda", disse Victoire.
"Mas tem algo que me incomoda muito, Vicky", disse Al.
Nessa hora o prato chegou. Ficaram quietos enquanto o garçom servia. Depois que o garçom saiu voltaram a falar.
"Incomoda? O que seria?", perguntou Vicky.
Al deu a primeira garfada.
"Toda hora o Ar está um passo na nossa frente. Não consigo pensar que seja apenas genialidade do cara. É como se tudo que a gente tentasse ele fosse lá e... Estivesse nos esperando!", disse Al.
"Bom, estamos com essa frustração desde o começo dessa investigação. E agora então estamos com todos contra nós. Somos inimigos de Estado contra alguém que manipula o Estado de uma maneira tão fácil...", disse Victoire.
"Sim. Mas eu desconfio de algo pior. Mas não sei se concordaria com o que vou dizer", disse Al.
"Não, por favor, diga. Qualquer opção agora é válida", disse Victoire.
"Tem alguém nos traindo, Vicky. Só isso pode explicar", disse Al.
Não apenas preocupado com Eliza Vogl sozinha lá fora, mas também com seu estado, muito ferido. Porém por um momento uma coisa começou a preocupá-lo mais ainda. Ao olhar um emblema no jaleco branco dos médicos ao seu redor.
SAS? Puta merda... Tô fudido, pensou Lucca.
Com certeza era gameover pra ele.
Mas ele estava feliz. Tinha feito o que precisava ser feito. Agora era só confiar em Agatha e torcer para que os céus o ajudassem. Lucca era um europeu padrão, sem crença alguma. Mas naquele momento, se existisse algo que pudesse protegê-lo, era hora de fazer um pedido sincero aos céus pra que tudo acabasse bem.
- - - - -
"Agatha! Ora, ora, veja só quem eu encontro assim, ao acaso", disse Dawson, se aproximando de Agatha.
"Pft, pena que eu não posso dizer o mesmo", disse Agatha, carregada na ironia.
"Não diga isso, Agatha, não queira ferrar de vez a única chance que talvez esse mundo tenha, afinal, você já fez parte desse mesmo plano, anos atrás", disse o capitão Dawson.
"Plano? Nossa... Quer dizer que você tá do lado do paspalho do Ar? Bem típico de você, Dawson. Quanto aquele mercenário pagou pra você? Uma nova lua-de-mel pro seu filho?", provocou Agatha.
"Ora sua putinha, vem cá", disse Dawson, apertando o hematoma que ele mesmo havia causado no braço de Agatha na sessão de tortura dias atrás, "Dessa vez eu vou fazer pior com você. Não vou te torturar, e sim meter bem fundo em você, vou te estuprar até você morrer, sua vaca".
Ainda assim, Agatha permanecia inabalável. Ela não tinha sentido medo nenhum da ameaça de Dawson. O que mais doía naquele momento era a mão dele apertando o braço dela, machucado.
"Ah, é mesmo? E qual o tamanho da sua rola?", disse Agatha, "Se seu pau duro for menor que 15 centímetros melhor você nem tentar. Você não vai nem me fazer cócegas. Eu gosto de pau grande, e sexo bem forte, que talvez um velhote como você nem consiga".
Eliza permanecia ao lado de Agatha, porém Dawson estava tão centrado em pegar Agatha que sequer percebeu que a menina estava relativamente próximo da holandesa. E Agatha, com as mãos rápidas que sempre teve, disca um número no celular, e antes de ser levada para o carro de polícia por Dawson, se vira, e rapidamente deixa o celular nas mãos de Eliza Vogl.
Antes de entrar no carro Agatha se vira pra Eliza, dá uma risadinha e pisca o olho pra menina. A ligação estava feita, e a pessoa do outro lado estava ouvindo tudo. O carro fechou com Agatha e Dawson dentro e aí então Eliza se viu no meio daquele mundo de gente na frente do Monumento e... Sozinha.
O celular ainda estava com a chamada sendo feita. Ela colocou o ouvido e falou.
"A-alô?", disse Vogl.
"Quem é?", disse a voz masculina do outro lado.
"Eliza. Eliza Vogl", disse Vogl.
Silêncio do outro lado da linha. Durou mais ou menos meio minuto.
"Certo. Talvez a Agatha esteja em apuros, mas se deixou o celular com você talvez você seja alguém importante. Me chame de Neige. Você sabe andar de metrô? Preciso que venha pra Candem Town imediatamente", disse Neige para Eliza Vogl no celular.
A menina estava a salvo.
- - - - -
19h25
O restaurante Mango Room em Candem Town serve comida caribenha, e fica próximo da estação do metrô de Candem Town. Al e Victoire foram pra lá jantar, enquanto aguardava a análise dos dados que todos haviam coletado.
O pedido já estava feito, e eles aguardavam ansiosamente a comida chegar.
"Acho que será a primeira refeição que eu faço em semanas", desabafou Al.
"Sem dúvida está sendo uma barra e tanto essa coisa toda", disse Victoire.
"Mas tem algo que me incomoda muito, Vicky", disse Al.
Nessa hora o prato chegou. Ficaram quietos enquanto o garçom servia. Depois que o garçom saiu voltaram a falar.
"Incomoda? O que seria?", perguntou Vicky.
Al deu a primeira garfada.
"Toda hora o Ar está um passo na nossa frente. Não consigo pensar que seja apenas genialidade do cara. É como se tudo que a gente tentasse ele fosse lá e... Estivesse nos esperando!", disse Al.
"Bom, estamos com essa frustração desde o começo dessa investigação. E agora então estamos com todos contra nós. Somos inimigos de Estado contra alguém que manipula o Estado de uma maneira tão fácil...", disse Victoire.
"Sim. Mas eu desconfio de algo pior. Mas não sei se concordaria com o que vou dizer", disse Al.
"Não, por favor, diga. Qualquer opção agora é válida", disse Victoire.
"Tem alguém nos traindo, Vicky. Só isso pode explicar", disse Al.
Comentários
Postar um comentário