Doppelgänger - #123 - You hit like a girl.
Neige estava desesperado. Corria com todas suas forças de volta ao local onde estava Eliza Vogl e a agente Olivia Carrion. E como se isso não bastasse, ele estava na mira de um sniper que estava escondido em algum lugar. O desespero tomava conta dele, que transpirava de nervosismo enquanto corria de volta ao local onde estava.
Será que a Olivia sabe da Eliza? Droga... Devem saber, é claro. Nesse momento ela deve estar lá caçando a menina, e preciso chegar lá antes que alguma coisa aconteça! Eu prometi pro Lucca que eu iria proteger a menina com minha vida!, pensou Neige.
Quando virou no corredor que dava na sala onde estava Olivia, quando faltava apenas uns três ou quatro metros até a entrada, Olivia e seu guarda-costas saíram da sala.
Em um primeiro momento Neige ficou tranquilo. Os dois não estavam com Eliza, nem marcas de sangue, nem nada. Isso era bom. Mas havia um outro problema: agora era ele sozinho contra os dois. E Neige não sabia nada sobre auto-defesa, a não ser o que ele assistia nos filmes de kung-fu.
Em outras palavras: nada.
“Neige? Onde estão os outros dois?”, perguntou Olivia ao virar e dar de cara com Neige.
A roupa de Neige estava manchada de sangue. Foi a primeira coisa que Olivia reparou depois de concluir sua fala. Incrédula, ela avançou alguns passos pra olhar e ter certeza do que estava vendo mesmo. Parecia realmente sangue.
“Peraí... Você os... Matou?”, disse Olivia, incrédula.
“E-eu não sei o que aconteceu...”, disse Neige, dando um passo pra trás, com medo, “...Um sniper saiu de algum lugar e tentou matar a nós três, eu simplesmente peguei e saí correndo pra vir te parar aqui”.
A feição de Olivia mudou. Estava agora bem irônica.
“Ora, e o que você acha que veio fazer aqui, Neige? Acha mesmo que pode parar uma agente especial?”, disse Olivia.
Neige estava tremendo. Mas ainda assim, ele se mantinha firme.
“Não me subestime! Eu não vou ter p-piedade de você!”, disse Neige, mas ao gaguejar, isso deixava sua fala sem ameaça alguma.
Olivia olhou pro seu guarda-costas. Ele era um homem loiro, com mais de dois metros de altura, mas que parecia um tanque de guerra na frente de Neige. Seus músculos contrastavam debaixo da camisa colada ao corpo. Sem contar a cara ameaçadora. Extremamente ameaçadora.
“Eu admiro sua coragem, Neige. E pela consideração que eu tinha por você, por mais que você estivesse do lado do Al – e, consequentemente contra o Ar – eu queria apenas te colocar pra fora pra que nada acontecesse com você. Mas estamos no meio de uma guerra, e como você não quer entender por bem, vai entender por mal”, disse Olivia. Depois que concluiu ela deu um sinal com a cabeça pro seu guarda.
“Não acredito que você ia se divertir sem me chamar pra brincar contigo, Olivia!”, disse uma voz ao fundo, como se fosse um grito.
O guarda parou e olhou. Uma pessoa estava vindo atrás de Neige. Uma mulher, carregando um potente sniper PSG1 na alça. Estava com um ferimento bem feio de bala no seu braço esquerdo, mas ainda assim sua voz mostrava confiança e que não estava ali para brincar.
“Impossível... Victoire?”, disse Olivia. Agora foi a vez dela ficar branca de susto.
Victoire se pôs ao lado de Neige, e jogou o rifle pro outro lado da mureta, fazendo-o cair firme no chão do térreo. Neige estava encostado na mureta de proteção, quase sentado no chão de tanto medo. Realmente pensou que iria morrer, se não fosse Victoire chegar no momento decisivo.
“Deixa comigo, Edward. Agora é a minha vez de te ajudar”, disse Victoire pra Neige, sorrindo pra ele.
Mas ainda assim Neige não sabia se dava pra confiar nela. Ela estava com um braço ferido, sem contar todo o abalo psicológico que ela devia estar sentindo depois daquilo que acontecera com Al, momentos atrás. Será que ela estaria bem pra uma luta mesmo?
“Ora, ora... Sabia que eu nem estou muito surpresa de você ter se debandado pro lado do Ar, Olivia? Era algo esperado de uma agente de rank baixo como você. A agente ‘C’, com rank igualmente C. O Ar devia ter usado a lábia dele com gente de melhor nível. Não com você”, disse Victoire.
“Pra sua informação, eu subi de ranking na Interpol. Já sou rank B. Eu não sou a mesma de antes”, disse Olivia Carrion.
“Oh, que medo!”, disse Victoire, carregada no sarcasmo, “Ainda assim pra chegar em mim falta você escalar o rank A e o S. Mas eu vou ser legal com você, assim como você foi com o Neige. Vou dar a chance de você pegar o seu gorila loiro aí e dar o fora sem levar a surra que vou dar em vocês”.
“Idiota! Você levou um tiro no braço, acha mesmo que poderia nos derrubar assim numa luta mano-a-mano? Não se esqueça que nós sempre fomos rivais!”, disse Olivia.
Nessa hora Victoire olhou com o rabo do olho pro seu braço machucado. E deu um sorriso.
“Olivia, Olivia, Olivia...”, disse Victoire, colocando a mão direita na cintura e balançando a cabeça negativamente, “Rival? Fala sério! Acho que pra alguém ser rival de alguém a pessoa tem que ter uma rivalidade, serem equivalentes. Mas você nunca foi rival minha ou coisa alguma. Você nunca ganhou de mim, sua vaquinha. Eu só preciso de um braço pra te dar uma surra que você nunca vai esquecer”.
Neige estava recuado, nem ele entendia direito o que estava acontecendo. Parecia um barraco entre duas mulheres.
“Não abuse da sorte, Vee!”, disse Olivia, chamando Victoire pela letra de agente dela, V, em inglês, “Vander, acaba com ela!”.
O homem louro foi correndo em direção de Victoire, que permanecia sem se mover, só o encarando. O homem cerrou o punho e foi com toda a força pra cima de Victoire.
A francesa se abaixou, desviando do soco, e com seu braço direito aplicou um forte golpe na axila do homem.
Ele simplesmente desabou no chão, com dificuldade de respiração.
“Muito músculo. Pouco cérebro”, disse Victoire, olhando o homem caído no chão, arfando.
“Escuta rapaz, a axila é um ponto que, se golpeado certo, faz a pessoa cair sem ar. Você, sendo alto do jeito que é, nunca deveria deixar ela desprotegida. Foi só um movimento que eu fiz pra te derrubar. Agora levanta, vai. Vou te dar uma segunda chance”, disse Victoire, estendendo a mão pro cara, erguendo-o.
“Vem pra cima!”, disse Victoire.
O homem mal tinha se recuperado do golpe. Ainda estava sem ar. Novamente foi com um soco, igualmente potente pra cima de Victoire que sequer se mexeu e o recebeu, bem no rosto. E depois do soco veio outro soco e três chutes no seu corpo.
“Merda! Você não vai consegue derrotar ela, Vander! Fuja agora!!”, tentou alertar Olivia ao ver o resultado inevitável da luta.
Victoire levou todos os golpes, e quando veio um soco depois dessa sequência, ela segurou firme a mão dele. O homem estava vermelho, completamente sem ar.
“Acho que seria humilhante pra você se eu dissesse que você bate igual uma mulherzinha?”, disse Victoire, “Pois eis aqui um soco de ‘mulherzinha’ de verdade”.
E Victoire o golpeou sem dó no rosto. O homem caiu no chão duro, sem consciência, com um som abafado no chão. E na frente dele estava Victoire, com nem mesmo uma marca no rosto. Parecia que nada havia acontecido.
Será que a Olivia sabe da Eliza? Droga... Devem saber, é claro. Nesse momento ela deve estar lá caçando a menina, e preciso chegar lá antes que alguma coisa aconteça! Eu prometi pro Lucca que eu iria proteger a menina com minha vida!, pensou Neige.
Quando virou no corredor que dava na sala onde estava Olivia, quando faltava apenas uns três ou quatro metros até a entrada, Olivia e seu guarda-costas saíram da sala.
Em um primeiro momento Neige ficou tranquilo. Os dois não estavam com Eliza, nem marcas de sangue, nem nada. Isso era bom. Mas havia um outro problema: agora era ele sozinho contra os dois. E Neige não sabia nada sobre auto-defesa, a não ser o que ele assistia nos filmes de kung-fu.
Em outras palavras: nada.
“Neige? Onde estão os outros dois?”, perguntou Olivia ao virar e dar de cara com Neige.
A roupa de Neige estava manchada de sangue. Foi a primeira coisa que Olivia reparou depois de concluir sua fala. Incrédula, ela avançou alguns passos pra olhar e ter certeza do que estava vendo mesmo. Parecia realmente sangue.
“Peraí... Você os... Matou?”, disse Olivia, incrédula.
“E-eu não sei o que aconteceu...”, disse Neige, dando um passo pra trás, com medo, “...Um sniper saiu de algum lugar e tentou matar a nós três, eu simplesmente peguei e saí correndo pra vir te parar aqui”.
A feição de Olivia mudou. Estava agora bem irônica.
“Ora, e o que você acha que veio fazer aqui, Neige? Acha mesmo que pode parar uma agente especial?”, disse Olivia.
Neige estava tremendo. Mas ainda assim, ele se mantinha firme.
“Não me subestime! Eu não vou ter p-piedade de você!”, disse Neige, mas ao gaguejar, isso deixava sua fala sem ameaça alguma.
Olivia olhou pro seu guarda-costas. Ele era um homem loiro, com mais de dois metros de altura, mas que parecia um tanque de guerra na frente de Neige. Seus músculos contrastavam debaixo da camisa colada ao corpo. Sem contar a cara ameaçadora. Extremamente ameaçadora.
“Eu admiro sua coragem, Neige. E pela consideração que eu tinha por você, por mais que você estivesse do lado do Al – e, consequentemente contra o Ar – eu queria apenas te colocar pra fora pra que nada acontecesse com você. Mas estamos no meio de uma guerra, e como você não quer entender por bem, vai entender por mal”, disse Olivia. Depois que concluiu ela deu um sinal com a cabeça pro seu guarda.
“Não acredito que você ia se divertir sem me chamar pra brincar contigo, Olivia!”, disse uma voz ao fundo, como se fosse um grito.
O guarda parou e olhou. Uma pessoa estava vindo atrás de Neige. Uma mulher, carregando um potente sniper PSG1 na alça. Estava com um ferimento bem feio de bala no seu braço esquerdo, mas ainda assim sua voz mostrava confiança e que não estava ali para brincar.
“Impossível... Victoire?”, disse Olivia. Agora foi a vez dela ficar branca de susto.
Victoire se pôs ao lado de Neige, e jogou o rifle pro outro lado da mureta, fazendo-o cair firme no chão do térreo. Neige estava encostado na mureta de proteção, quase sentado no chão de tanto medo. Realmente pensou que iria morrer, se não fosse Victoire chegar no momento decisivo.
“Deixa comigo, Edward. Agora é a minha vez de te ajudar”, disse Victoire pra Neige, sorrindo pra ele.
Mas ainda assim Neige não sabia se dava pra confiar nela. Ela estava com um braço ferido, sem contar todo o abalo psicológico que ela devia estar sentindo depois daquilo que acontecera com Al, momentos atrás. Será que ela estaria bem pra uma luta mesmo?
“Ora, ora... Sabia que eu nem estou muito surpresa de você ter se debandado pro lado do Ar, Olivia? Era algo esperado de uma agente de rank baixo como você. A agente ‘C’, com rank igualmente C. O Ar devia ter usado a lábia dele com gente de melhor nível. Não com você”, disse Victoire.
“Pra sua informação, eu subi de ranking na Interpol. Já sou rank B. Eu não sou a mesma de antes”, disse Olivia Carrion.
“Oh, que medo!”, disse Victoire, carregada no sarcasmo, “Ainda assim pra chegar em mim falta você escalar o rank A e o S. Mas eu vou ser legal com você, assim como você foi com o Neige. Vou dar a chance de você pegar o seu gorila loiro aí e dar o fora sem levar a surra que vou dar em vocês”.
“Idiota! Você levou um tiro no braço, acha mesmo que poderia nos derrubar assim numa luta mano-a-mano? Não se esqueça que nós sempre fomos rivais!”, disse Olivia.
Nessa hora Victoire olhou com o rabo do olho pro seu braço machucado. E deu um sorriso.
“Olivia, Olivia, Olivia...”, disse Victoire, colocando a mão direita na cintura e balançando a cabeça negativamente, “Rival? Fala sério! Acho que pra alguém ser rival de alguém a pessoa tem que ter uma rivalidade, serem equivalentes. Mas você nunca foi rival minha ou coisa alguma. Você nunca ganhou de mim, sua vaquinha. Eu só preciso de um braço pra te dar uma surra que você nunca vai esquecer”.
Neige estava recuado, nem ele entendia direito o que estava acontecendo. Parecia um barraco entre duas mulheres.
“Não abuse da sorte, Vee!”, disse Olivia, chamando Victoire pela letra de agente dela, V, em inglês, “Vander, acaba com ela!”.
O homem louro foi correndo em direção de Victoire, que permanecia sem se mover, só o encarando. O homem cerrou o punho e foi com toda a força pra cima de Victoire.
A francesa se abaixou, desviando do soco, e com seu braço direito aplicou um forte golpe na axila do homem.
Ele simplesmente desabou no chão, com dificuldade de respiração.
“Muito músculo. Pouco cérebro”, disse Victoire, olhando o homem caído no chão, arfando.
“Escuta rapaz, a axila é um ponto que, se golpeado certo, faz a pessoa cair sem ar. Você, sendo alto do jeito que é, nunca deveria deixar ela desprotegida. Foi só um movimento que eu fiz pra te derrubar. Agora levanta, vai. Vou te dar uma segunda chance”, disse Victoire, estendendo a mão pro cara, erguendo-o.
“Vem pra cima!”, disse Victoire.
O homem mal tinha se recuperado do golpe. Ainda estava sem ar. Novamente foi com um soco, igualmente potente pra cima de Victoire que sequer se mexeu e o recebeu, bem no rosto. E depois do soco veio outro soco e três chutes no seu corpo.
“Merda! Você não vai consegue derrotar ela, Vander! Fuja agora!!”, tentou alertar Olivia ao ver o resultado inevitável da luta.
Victoire levou todos os golpes, e quando veio um soco depois dessa sequência, ela segurou firme a mão dele. O homem estava vermelho, completamente sem ar.
“Acho que seria humilhante pra você se eu dissesse que você bate igual uma mulherzinha?”, disse Victoire, “Pois eis aqui um soco de ‘mulherzinha’ de verdade”.
E Victoire o golpeou sem dó no rosto. O homem caiu no chão duro, sem consciência, com um som abafado no chão. E na frente dele estava Victoire, com nem mesmo uma marca no rosto. Parecia que nada havia acontecido.
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