Doppelgänger - #126 - Vitória
Natalya Briegel estava presa no furgão junto de Bose e mais alguns outros policiais. Praticamente toda a frota havia sido corrompida pelo Ar, se voltando contra sua própria corporação. O jogo estava ganho. E a vitória era de Ar.
No bolso de Natalya havia um botão de emergência. Era um idêntico ao que estava com Victoire antes dela entrar. Se as coisas saíssem fora do controle, era apenas questão da Victoire apertar o botão pra polícia entrar e acabar com tudo. Porém, naquela situação, Natalya Briegel achava que nunca precisaria justo ela mesma ter que apertar o tal botão da emergência.
Ao menos isso pode ser usado como aviso. Se eles saírem de lá com certeza serão fuzilados!, pensou Briegel.
Natalya apertou o botão. Nenhum som foi disparado, nem nada. Mas com certeza aquelas ondas chegariam a Victoire que não estava muito longe. A questão seria ela interpretar o sinal de emergência de maneira correta.
- - - - -
“Ahhhhhhhhhh!”, gritava Victoire, enquanto Olivia apertava seu ferimento.
“Pode gritar o quanto quiser! Eu finalmente te venci!”, gritava também Olivia, como se aquela vitória, mesmo errada, significasse algo muito profundo pra ela.
Olivia estava muito ferida. Mal conseguia abrir um olho, de tão machucado que estava, seu rosto estava cheio de cortes, e estava com algumas costelas quebradas também. A dor era terrível, e ela mal aguentava ficar de joelhos. Mas aquela posição era mais do que suficiente para acabar com Victoire naquele momento.
A argentina pegou um pedaço de madeira quebrado, que estava com várias rebarbas afiadas e se preparou para usar aquilo pra golpear Victoire.
Quando ela levantou o braço pra golpear Victoire, Olivia sentiu uma pancada forte na nuca. E caiu como um peso morto no chão.
“Cacete!! Será que eu a matei?”, disse Neige, com um pedaço de ferro retorcido nas mãos.
Victoire enfim respirou aliviada. Olivia havia caído. Mas as dores da bala ainda estavam fazendo ela perder muito sangue, mesmo com as bandagens que Natalya havia dado a ela pra estancar o sangue.
“Não. Ela tá só apagada. Mas não pense que isso iria tirar seu ticket direto pro inferno depois que você morrer”, brincou Victoire, se arrastando e encostando numa mesa.
Neige se aproximou e começou a desamarrar as gazes que estavam no braço baleado de Victoire. O ferimento era mesmo feio. Mas Victoire parecia bem firme, mesmo depois de ter encarado uma briga tão feroz.
“Puxa, não sei como você conseguiu lutar assim. Esse ferimento é bem feio, e você ainda assim não sentia dor alguma”, disse Neige.
Victoire, sentada no chão virou seus olhos pra Neige. O olhar dos dois se encontraram naquele momento.
“Pft... E quem disse que eu não tava sentindo dor?”, disse Victoire.
Nessa hora Neige viu talvez o maior paradoxo da vida dele. Victoire sempre pareceu tão fraca quando se tratava do seu amor não correspondido por Al, mas ao mesmo tempo ela conseguia lutar e humilhar outra pessoa como se nada tivesse acontecido, mesmo com o braço doendo horrores como daquele jeito. Pensou se tamanha garra pudesse ser canalizada pra tratar os sentimentos por Al. Se fosse assim, sem dúvida, a mulher que parecia tão frágil iria se tornar forte como uma rocha.
“Pronto, terminei. Isso vai dar pro gasto”, disse Neige, depois de enrolar as bandagens e estancar o sangue de Victoire.
O botão de emergência no bolso de Victoire estava apitando. Não havia som, apenas um LED vermelho piscante.
“Hã? O que é isso?”, perguntou Neige.
“É um botão de emergência que a Briegel me deu antes de eu entrar. Ela disse que se eu tivesse problemas era pra eu apertar. Mas se está piscando... Significa que foi ela quem apertou. Mas como assim? Não tô ouvindo tiros, nem nada lá fora”, disse Victoire.
“Ela deve ter sido pega então”, disse Eliza Vogl.
“Hã? Acha mesmo?”, disse Neige.
“Sim. Não sabemos exatamente os planos dessa Insurreição. E o Ar tomaria cuidado, e provavelmente ele tem a mídia, o exército, políticos, empresas, bancos e até a polícia nas mãos. Acho que se formos lá fora poderemos ser fuzilados. Precisamos terminar as coisas aqui antes que a Insurreição aconteça, não temos muito tempo!”, disse Eliza Vogl.
Nessa hora Al chegou, arfando.
“Eu... Achei!”, disse Al, sem ar, “Um terminal do VOID. Eliza Vogl, é você, não?”, disse Al, apontando pra garota.
“Al, nossa, você parece que viu um fantasma! Você tá pálido!”, disse Victoire.
“Victoire? O que diabos você...”, disse Al, mas Eliza Vogl se levantou e ficou perto dele, pronta pra ir, “...Deixa pra lá. Eu acho que acabei de ver um fantasma. Vamos Eliza, preciso que você inicie o Rosebud e acabe com isso antes que seja tarde demais”.
No bolso de Natalya havia um botão de emergência. Era um idêntico ao que estava com Victoire antes dela entrar. Se as coisas saíssem fora do controle, era apenas questão da Victoire apertar o botão pra polícia entrar e acabar com tudo. Porém, naquela situação, Natalya Briegel achava que nunca precisaria justo ela mesma ter que apertar o tal botão da emergência.
Ao menos isso pode ser usado como aviso. Se eles saírem de lá com certeza serão fuzilados!, pensou Briegel.
Natalya apertou o botão. Nenhum som foi disparado, nem nada. Mas com certeza aquelas ondas chegariam a Victoire que não estava muito longe. A questão seria ela interpretar o sinal de emergência de maneira correta.
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“Ahhhhhhhhhh!”, gritava Victoire, enquanto Olivia apertava seu ferimento.
“Pode gritar o quanto quiser! Eu finalmente te venci!”, gritava também Olivia, como se aquela vitória, mesmo errada, significasse algo muito profundo pra ela.
Olivia estava muito ferida. Mal conseguia abrir um olho, de tão machucado que estava, seu rosto estava cheio de cortes, e estava com algumas costelas quebradas também. A dor era terrível, e ela mal aguentava ficar de joelhos. Mas aquela posição era mais do que suficiente para acabar com Victoire naquele momento.
A argentina pegou um pedaço de madeira quebrado, que estava com várias rebarbas afiadas e se preparou para usar aquilo pra golpear Victoire.
Quando ela levantou o braço pra golpear Victoire, Olivia sentiu uma pancada forte na nuca. E caiu como um peso morto no chão.
“Cacete!! Será que eu a matei?”, disse Neige, com um pedaço de ferro retorcido nas mãos.
Victoire enfim respirou aliviada. Olivia havia caído. Mas as dores da bala ainda estavam fazendo ela perder muito sangue, mesmo com as bandagens que Natalya havia dado a ela pra estancar o sangue.
“Não. Ela tá só apagada. Mas não pense que isso iria tirar seu ticket direto pro inferno depois que você morrer”, brincou Victoire, se arrastando e encostando numa mesa.
Neige se aproximou e começou a desamarrar as gazes que estavam no braço baleado de Victoire. O ferimento era mesmo feio. Mas Victoire parecia bem firme, mesmo depois de ter encarado uma briga tão feroz.
“Puxa, não sei como você conseguiu lutar assim. Esse ferimento é bem feio, e você ainda assim não sentia dor alguma”, disse Neige.
Victoire, sentada no chão virou seus olhos pra Neige. O olhar dos dois se encontraram naquele momento.
“Pft... E quem disse que eu não tava sentindo dor?”, disse Victoire.
Nessa hora Neige viu talvez o maior paradoxo da vida dele. Victoire sempre pareceu tão fraca quando se tratava do seu amor não correspondido por Al, mas ao mesmo tempo ela conseguia lutar e humilhar outra pessoa como se nada tivesse acontecido, mesmo com o braço doendo horrores como daquele jeito. Pensou se tamanha garra pudesse ser canalizada pra tratar os sentimentos por Al. Se fosse assim, sem dúvida, a mulher que parecia tão frágil iria se tornar forte como uma rocha.
“Pronto, terminei. Isso vai dar pro gasto”, disse Neige, depois de enrolar as bandagens e estancar o sangue de Victoire.
O botão de emergência no bolso de Victoire estava apitando. Não havia som, apenas um LED vermelho piscante.
“Hã? O que é isso?”, perguntou Neige.
“É um botão de emergência que a Briegel me deu antes de eu entrar. Ela disse que se eu tivesse problemas era pra eu apertar. Mas se está piscando... Significa que foi ela quem apertou. Mas como assim? Não tô ouvindo tiros, nem nada lá fora”, disse Victoire.
“Ela deve ter sido pega então”, disse Eliza Vogl.
“Hã? Acha mesmo?”, disse Neige.
“Sim. Não sabemos exatamente os planos dessa Insurreição. E o Ar tomaria cuidado, e provavelmente ele tem a mídia, o exército, políticos, empresas, bancos e até a polícia nas mãos. Acho que se formos lá fora poderemos ser fuzilados. Precisamos terminar as coisas aqui antes que a Insurreição aconteça, não temos muito tempo!”, disse Eliza Vogl.
Nessa hora Al chegou, arfando.
“Eu... Achei!”, disse Al, sem ar, “Um terminal do VOID. Eliza Vogl, é você, não?”, disse Al, apontando pra garota.
“Al, nossa, você parece que viu um fantasma! Você tá pálido!”, disse Victoire.
“Victoire? O que diabos você...”, disse Al, mas Eliza Vogl se levantou e ficou perto dele, pronta pra ir, “...Deixa pra lá. Eu acho que acabei de ver um fantasma. Vamos Eliza, preciso que você inicie o Rosebud e acabe com isso antes que seja tarde demais”.
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