Doppelgänger - #134 - Tu, que eras cinzas, às cinzas retornarás.
Agatha ouviu os passos que subiam até o andar onde estava com Lucca. Calmamente foi caminhando até o corredor, e sacou seu celular.
“Dieter, desligue as luzes do hospital, por favor”, ordenou Agatha, para um dos seus capangas que trabalhavam com ela como traficante de armas. E assim foi feito. O hospital estava ás escuras. As poucas luzes que entravam no local vinham da iluminação pública através das janelas, “Bom, obrigada. Ah, eu peguei emprestado sua Desert Eagle também, mas vou tentar não precisar dela. Só no caso de uma emergência”.
Agatha ia na espreita, parecendo alguém caçando animais. Via que eles haviam acendido lanternas nos seus rifles, apontando pra todos os cantos. Homens encapuzados, trajando preto, prontos para matar ao menor movimento.
Isso, um a menos, disse Agatha ao chegar por trás de um deles e estrangula-lo sem produzir o menor ruído. Ele havia entrado sozinho em uma das salas com leitos.
“Ei, parada aí!”, disse um segundo e terceiro homem que entraram e viram enquanto Agatha escondia o primeiro inconsciente.
Agatha correu e se escondeu em uma quina de um móvel, o primeiro veio procura-la enquanto o outro ligava o rádio pra avisar os outros. Antes mesmo do primeiro chegar na quina, esse havia sido derrubado e batido a cabeça abafadamente no chão. Enquanto o outro observava a situação sem entender nada o que estava acontecendo, Agatha chegou na frente dele e lhe aplicou um golpe preciso no meio do rosto com seu punho.
Ah, cacete... Minha mão!, gemeu Agatha baixinho. O homem vestia uma proteção, e o punho de Agatha foi direto nessa proteção do rosto. Alguns ossos da sua mão esquerda haviam trincado.
Agatha pegou do uniforme dele duas facas do exército.
Quatro outros caminhavam cautelosamente com suas armas apontadas na frente, iluminando o caminho. O primeiro viu as pernas de um companheiro seu e se aproximou.
“Temos uma perda! Venham logo, tem alguém aqui nesse andar causando problemas!”, anunciou.
Dois deles se aproximaram, os outros dois cruzaram o corredor na frente, buscando Agatha. Ela saiu de uma sala que ficava na frente de onde estava o corpo do soldado caído e fincou as facas nas costas de outros dois. Se agilizou e cruzou o corredor, mas deu de cara com os outros dois soldados que, ao verem Agatha, se assustaram e começaram a atirar.
Agatha voltou alguns passos, e os guardas foram atrás dela. Ela havia sumido.
“Pra onde diabos ela foi?”, perguntou um deles.
Agatha caiu do teto em cima de um com uma forte cotovelada na nuca, enquanto o outro mal teve tempo de reação, pois Agatha enfiou o pé na sua cara antes que ele pudesse entender o que estava acontecendo.
“Rá! Vocês podem ser do exército, mas eu dei uma surra na Victoire, que é bem mais forte que todos vocês juntos!”, brincou Agatha.
Nessa hora um soldado apareceu atrás dela e outros dois do outro lado do corredor. Estava encurralada.
Merda...!, pensou Agatha, que se agachou, e sacou a Desert Eagle. Quatro disparos bem sonoros. Três na cabeça, e um outro acabou acertando o pescoço, pois ela não tinha certeza se realmente tinha acertado.
Puxa, não queria ter que usar isso. Mas era uma emergência, disse Agatha, guardando sua pistola atrás da calça. Seu celular tocou. Era Dieter, um traficante de armas que trabalhava com ela.
“Senhora, ameaça neutralizada aqui pelos seus homens. E aí no andar que a senhora está? Ouvimos uns tiros”, disse Dieter.
“Está tudo bem. Acabei sendo encurralada, mas sua arma calhou bem. Pode ligar as luzes de novo”, disse Agatha.
Al, por favor, me diga que você está bem!, pensou Agatha.
- - - - -
“Fique aqui”, disse Al para Frost, “Ou volte para onde Neige e Victoire está. Eu vou atrás do Ar. Sua missão já está completa”.
Completa? Como assim? Eles vão invadir isso aqui a qualquer momento! E se nos matarem também?, pensou Frost. Ele não voltou, nem seguiu Al, permaneceu apenas parado ali.
Al observava Ar descendo as escadas. Ele ia seguindo-o calmamente, logo atrás dele. A força havia sido cortada assim que ele havia chegado no primeiro subsolo, mas o caminho era iluminado parcamente por luzes de emergência instaladas no teto. O cheiro de algo se queimando só aumentava quanto mais se descia, seguindo Ar de perto.
Chegaram então no terceiro subsolo. A cena ali era indescritível. Haviam grandes servidores com o logo do Vanitas estampado. Um grande salão com diversos mainframes e um telão imenso no lado oposto da parede. Aquilo tudo ali devia ser o VOID, em chamas, mas ainda ativo e processando, pelos LEDs que piscavam.
Tudo era tingido de laranja. O laranja das chamas que se misturava com a fumaça que tentava escapar sendo sugada pelos dutos do ar-condicionado.
Mas o pior detalhe era o que estava no chão. Haviam manchas escuras, e corpos completamente dilacerados por balas, com suas entranhas saindo dos seus corpos. As manchas não eram pretas. Al logo viu que se tratava de sangue. E muito. Homens e mulheres, todos vestidos com fardas e o logo do Vanitas. Parte do exército de Ar, que seguiam os ideais dele. Todos mortos, alvejados brutalmente.
Alguém esteve ali. E começou o incêndio, e matou todas aquelas pessoas brutalmente.
“Esse era o lugar mais seguro que havia encontrado pra manter o VOID. Eu achava que absolutamente ninguém o encontraria, que ninguém teria acesso”, disse Ar, ainda de costas para Al, observando todas as chamas consumindo tudo, “Mas alguém descobriu e... Fez isso com tudo o que havia criado”.
“Achei bem apropriado”, disse Al, caminhando lentamente na direção de Ar. Aquele local parecia uma fornalha, e os dois já estavam começando a transpirar, “E ainda mais chamas. Acho que não tem melhor maneira de terminar com isso”.
“Terminar? O que quer dizer que isso?”, perguntou Ar, se virando, furioso.
“Apenas que... Tu, que eras cinzas, às cinzas retornarás”, disse Al, cerrando os punhos, e pronto para um embate corpo-a-corpo com Ar.
“Seu imbecil!”, gritou Ar, “Ao menos eu vou me contentar com a sua morte!!”, apontando a arma para Al.
“Dieter, desligue as luzes do hospital, por favor”, ordenou Agatha, para um dos seus capangas que trabalhavam com ela como traficante de armas. E assim foi feito. O hospital estava ás escuras. As poucas luzes que entravam no local vinham da iluminação pública através das janelas, “Bom, obrigada. Ah, eu peguei emprestado sua Desert Eagle também, mas vou tentar não precisar dela. Só no caso de uma emergência”.
Agatha ia na espreita, parecendo alguém caçando animais. Via que eles haviam acendido lanternas nos seus rifles, apontando pra todos os cantos. Homens encapuzados, trajando preto, prontos para matar ao menor movimento.
Isso, um a menos, disse Agatha ao chegar por trás de um deles e estrangula-lo sem produzir o menor ruído. Ele havia entrado sozinho em uma das salas com leitos.
“Ei, parada aí!”, disse um segundo e terceiro homem que entraram e viram enquanto Agatha escondia o primeiro inconsciente.
Agatha correu e se escondeu em uma quina de um móvel, o primeiro veio procura-la enquanto o outro ligava o rádio pra avisar os outros. Antes mesmo do primeiro chegar na quina, esse havia sido derrubado e batido a cabeça abafadamente no chão. Enquanto o outro observava a situação sem entender nada o que estava acontecendo, Agatha chegou na frente dele e lhe aplicou um golpe preciso no meio do rosto com seu punho.
Ah, cacete... Minha mão!, gemeu Agatha baixinho. O homem vestia uma proteção, e o punho de Agatha foi direto nessa proteção do rosto. Alguns ossos da sua mão esquerda haviam trincado.
Agatha pegou do uniforme dele duas facas do exército.
Quatro outros caminhavam cautelosamente com suas armas apontadas na frente, iluminando o caminho. O primeiro viu as pernas de um companheiro seu e se aproximou.
“Temos uma perda! Venham logo, tem alguém aqui nesse andar causando problemas!”, anunciou.
Dois deles se aproximaram, os outros dois cruzaram o corredor na frente, buscando Agatha. Ela saiu de uma sala que ficava na frente de onde estava o corpo do soldado caído e fincou as facas nas costas de outros dois. Se agilizou e cruzou o corredor, mas deu de cara com os outros dois soldados que, ao verem Agatha, se assustaram e começaram a atirar.
Agatha voltou alguns passos, e os guardas foram atrás dela. Ela havia sumido.
“Pra onde diabos ela foi?”, perguntou um deles.
Agatha caiu do teto em cima de um com uma forte cotovelada na nuca, enquanto o outro mal teve tempo de reação, pois Agatha enfiou o pé na sua cara antes que ele pudesse entender o que estava acontecendo.
“Rá! Vocês podem ser do exército, mas eu dei uma surra na Victoire, que é bem mais forte que todos vocês juntos!”, brincou Agatha.
Nessa hora um soldado apareceu atrás dela e outros dois do outro lado do corredor. Estava encurralada.
Merda...!, pensou Agatha, que se agachou, e sacou a Desert Eagle. Quatro disparos bem sonoros. Três na cabeça, e um outro acabou acertando o pescoço, pois ela não tinha certeza se realmente tinha acertado.
Puxa, não queria ter que usar isso. Mas era uma emergência, disse Agatha, guardando sua pistola atrás da calça. Seu celular tocou. Era Dieter, um traficante de armas que trabalhava com ela.
“Senhora, ameaça neutralizada aqui pelos seus homens. E aí no andar que a senhora está? Ouvimos uns tiros”, disse Dieter.
“Está tudo bem. Acabei sendo encurralada, mas sua arma calhou bem. Pode ligar as luzes de novo”, disse Agatha.
Al, por favor, me diga que você está bem!, pensou Agatha.
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“Fique aqui”, disse Al para Frost, “Ou volte para onde Neige e Victoire está. Eu vou atrás do Ar. Sua missão já está completa”.
Completa? Como assim? Eles vão invadir isso aqui a qualquer momento! E se nos matarem também?, pensou Frost. Ele não voltou, nem seguiu Al, permaneceu apenas parado ali.
Al observava Ar descendo as escadas. Ele ia seguindo-o calmamente, logo atrás dele. A força havia sido cortada assim que ele havia chegado no primeiro subsolo, mas o caminho era iluminado parcamente por luzes de emergência instaladas no teto. O cheiro de algo se queimando só aumentava quanto mais se descia, seguindo Ar de perto.
Chegaram então no terceiro subsolo. A cena ali era indescritível. Haviam grandes servidores com o logo do Vanitas estampado. Um grande salão com diversos mainframes e um telão imenso no lado oposto da parede. Aquilo tudo ali devia ser o VOID, em chamas, mas ainda ativo e processando, pelos LEDs que piscavam.
Tudo era tingido de laranja. O laranja das chamas que se misturava com a fumaça que tentava escapar sendo sugada pelos dutos do ar-condicionado.
Mas o pior detalhe era o que estava no chão. Haviam manchas escuras, e corpos completamente dilacerados por balas, com suas entranhas saindo dos seus corpos. As manchas não eram pretas. Al logo viu que se tratava de sangue. E muito. Homens e mulheres, todos vestidos com fardas e o logo do Vanitas. Parte do exército de Ar, que seguiam os ideais dele. Todos mortos, alvejados brutalmente.
Alguém esteve ali. E começou o incêndio, e matou todas aquelas pessoas brutalmente.
“Esse era o lugar mais seguro que havia encontrado pra manter o VOID. Eu achava que absolutamente ninguém o encontraria, que ninguém teria acesso”, disse Ar, ainda de costas para Al, observando todas as chamas consumindo tudo, “Mas alguém descobriu e... Fez isso com tudo o que havia criado”.
“Achei bem apropriado”, disse Al, caminhando lentamente na direção de Ar. Aquele local parecia uma fornalha, e os dois já estavam começando a transpirar, “E ainda mais chamas. Acho que não tem melhor maneira de terminar com isso”.
“Terminar? O que quer dizer que isso?”, perguntou Ar, se virando, furioso.
“Apenas que... Tu, que eras cinzas, às cinzas retornarás”, disse Al, cerrando os punhos, e pronto para um embate corpo-a-corpo com Ar.
“Seu imbecil!”, gritou Ar, “Ao menos eu vou me contentar com a sua morte!!”, apontando a arma para Al.
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