Amber #107 - Você é tudo o que eu queria.
É sempre horrível a sensação de quando vemos uma pessoa que amamos beijando na nossa frente uma outra pessoa. A cada movimento dos lábios se sobrepondo, mais Schultz sentia uma facada no seu peito, cada vez perfurando mais e mais. Ele ficava observando aquela cena atônico, sem reação, sem acreditar no que estava vendo.
Ao mesmo tempo dois sentimentos pairavam em seu coração: o primeiro era arrependimento. Schultz se crucificava, e se naquele momento ele pudesse oferecer tudo para que pudesse voltar no tempo e declarar seus sentimentos pra ela, com certeza ele faria. Mas agora era tarde. Os dois estavam em um enlace romântico, um beijo realmente cinematográfico, e ele vira que não tinha como competir com Huang. Ele já havia feito uma estória com Tsai, os dois já haviam ficado juntos, era uma concorrência desleal desde o princípio. Por mais que dissesse que não, Tsai tinha Huang em sua memória afetiva, afinal os dois já haviam estado juntos. E como Tsai via Schultz? Um mero alemão mulherengo, que não sabe nem o que sente.
Mas a verdade é que nem mesmo Schultz sabia que ele poderia sentir aquele sentimento por alguém.
O segundo era uma tristeza sem fim de não poder realizar junto daquela mulher tudo o que ele achava que poderia realizar com sua companhia. Tsai estava sempre lá, mas agora corria o risco real de que ela não estivesse mais lá. Acordar, andar com ela, conversar, e cada atividade os deixavam mais e mais íntimos. Até mesmo na luta contra Chao, ele foi um dos que mais ficaram desesperados vendo o que parecia ser a derrota de Tsai. Ele não queria ver algo acontecer com a pessoa que ele mais amava. Ele queria proteger e ser protegido por ela.
Porém, agora estava tudo acabado.
“Sai, Huang, me solta!”.
Schultz, que estava cabisbaixo, voltou o olhar ao ouvir o grito. Tsai estava de olhos abertos empurrando Huang com os dois braços, que por sua vez parecia grudado em Tsai. Ela repetiu mais uma vez para que a soltasse, e então ela realmente empregou um empurrão forte, que forçou Huang a se afastar dois passos da chinesa, que depois de um sonoro tapa no seu rosto.
“Nunca mais, ouça bem, nunca mais ouse fazer isso comigo!”, disse Tsai, bem diferente daquela pessoa tão centrada, pacífica, e apaziguadora como líder do seu pelotão, “Eu vou repetir pela última vez, e vê se me ouve: tudo entre nós acabou, Huang. Tudo! Não sinto nada por você, e se eu pudesse te aconselhar, eu também te diria para apagar quaisquer resquícios de sentimento sobre mim. Se quiser sair desse pelotão, pode sair, sinta-se à vontade. Mas não venha novamente tentar me beijar assim”.
“Você parecia ter gostado. Fiquei confuso”, disse Huang, com uma cara de pau sem igual.
“Eu não gostei. Não gostei nem um pouco. Foi mera impressão sua!”, disse Tsai, elevando sua voz, “Agora vou no acampamento ver como estão os americanos. Vá ajudar a Li e as outras a se aprontarem, por gentileza”.
Ao ouvir isso Schultz tomou um susto e saiu correndo de volta às cabanas onde Saldaña e White estavam. Nem em sonho Tsai poderia imaginar que ele estava lá, ouvindo e vendo toda a discussão. Mas por um lado corria feliz de certa forma.
Era curioso ver como a nossa vida é como uma montanha-russa ás vezes. Muitas vezes estamos se sentindo um lixo, no limbo, tristes e desamparados, mas ver (e até ouvir, porque o impacto do tapa foi alto!) aquele tapa que Tsai deu em Huang foi algo muito bom por um lado. Isso, junto das palavras dela, só confirmavam que embora Huang quisesse algo, Tsai não sentia nada por ele. Então tecnicamente ela ainda estava solteira e disponível. E isso significava que Schultz ainda tinha uma chance!
Era como se aquele desejo dele, de voltar no passado para poder ter a chance de se declarar para ela havia se realizado!
“Ei, onde é que você tava?”, perguntou Chou quando viu Schultz se aproximar, arfando por ter corrido.
“Longa estória, mas depois eu te conto! Só você chegou aqui, né?”, perguntou Schultz.
“Sim, eu cheguei faz uns instantes, vim acordar os americanos”.
“Ah, ótimo, ótimo! Olha, qualquer coisa eu já estava aqui com você”, disse Schultz, dando uma piscadinha pra Chou, “Só preciso tomar um ar antes que a Tsai chegue”.
Chou mesmo sem saber direito do que se tratava, confiou no amigo. Enquanto Schultz, que estava com as mãos nos joelhos tomando ar ergueu sua cabeça pra ela e deu um sorriso enquanto respirava, Chou naquela hora pensou o melhor: que ele havia se declarado pra ela e tinha dado certo! Mas porque vir correndo daquele jeito temendo a Tsai? Ela retribuiu o sorriso, e logo Schultz já havia recuperado o ar quando Tsai chegou. A única coisa porém que não deu pra disfarçar foi a imensa pizza e o suor descendo na sua testa.
“Dajiahao, Chou e Schultz”, disse Tsai, se aproximando, séria, dando bom dia para os dois. O sabor ruim do beijo de Huang ainda devia estar na sua boca, “Como estão os americanos?”.
“Estão aqui, Gongzhu. Podemos tira-los?”, perguntou Chou, e Tsai consentiu. Schultz então ajudou Chou a pegar Saldaña e White, que não ofereceram resistência, e os chineses até ofereceram um pouco da ração e água para eles comerem naquela manhã.
Os americanos estavam com as mãos amarradas, mas pareciam calmos, cumprimentando as pessoas ao redor inclusive, e comendo a pequena refeição matutina que lhes era servidos. Tsai, Chou e Schultz continuavam lá, os observando, enquanto comiam.
“Está uma delícia, muito obrigado”, disse Saldaña enquanto pegava uma colher para comer o arroz cozido, dispensando os hashis. Vendo que todos fitavam cada movimento deles, o americano teceu o seguinte comentário: “Será que vocês estão servidos? Já comeram?”.
“Puxa, eu tô comendo arroz há semanas, não aguento mais ver arroz na minha frente!”, brincou Schultz, mas ao virar o rosto vira Chou com uma cara nem um pouco amistosa o encarando, “Opa, quer dizer, menos o arroz quando a Chou faz, esse é uma delícia! Esse de manhã tá uma beleza!”.
“Pois pra sua informação senhor Ludwig Schultz, o arroz que você comeu essa manhã, e nas outras, sempre fui eu quem fiz!”, disse Chou, furiosa com o comentário de desdém do amigo.
“Ah, que saco! Tentar consertar só piorou a situação, haha!”, disse Schultz, com um sorriso amarelo, e depois levou um tapa de Chou no braço, um tapa desses fraco, só pra encher o saco e descontar a raiva, “Ai! Doeu essa, sabia? Por isso tá solteira! Sua encalhada!”.
Chou e Schultz ficaram naquela implicância, que no fundo só faziam pois eram muito amigos, e Tsai apenas observava e ouvia aquele teatro todo que faziam ali. Até mesmo ela esqueceu daquele beijo de Huang de manhã por um momento, até dando um sorriso vendo os dois brigando como dois irmãos.
Schultz, que continuava implicando e provocando Chou, que não deixava por menos e sempre o respondia, protagonizaram uma discussão, cada um implicando e provocando o outro com respostas infantis. No meio daquilo tudo ele fitou Tsai, e vira o sorriso que ela abrira vendo a cena. O que era aquele sorriso, daquela pessoa tão séria, tão focada em ser correta, justa, e eficiente? Era sem dúvida um evento raro. Tantas mulheres sorriam tanto, são ensinadas desde cedo a sempre sorrir, afinal o sorriso abre portas, o sorriso as deixam mais atraentes, o sorriso é o gesto supremo da feminilidade. Que mulher não sorri, nem mesmo em fotos? Mas Tsai era uma das mulheres que raramente sorriam. Não por ser rabugenta, ou triste, e sim por ser uma pessoa que carrega uma responsabilidade e uma imagem tão grandes nas costas que nunca se viu à vontade de sorrir abertamente ás pessoas.
Aquele sorriso puro, fruto de uma graça que vinha de Schultz então era o mais raro entre os raros. Um sorriso de diversão. Um sorriso que era como um verdadeiro arco-íris, um evento raro engrandece o céu depois de uma tempestade, e que aquece os corações de todos que veem. Os dentes alinhados e brancos, os lábios vermelhos, os olhos contraídos, até a tímida risada que soltava, aquilo era um espetáculo raro que Schultz pagaria o que for pra ver daquele mesmo jeitinho: com um tempero de sinceridade sem igual.
“Não tinha como ser mais divertido do que ser capturado por pessoas de tão bom humor”, disse Saldaña, com sua voz grave chamando toda a atenção. Aos poucos os risos, e toda a diversão da briguinha entre Schultz e Chou foi se silenciando, até todos ficarem quietos fitando o americano, “Escuta, White, que horário que fomos pegos ontem?”.
“Por volta das nove e quarenta, mister Saldaña”, disse White, puxando da memória.
“Certo, agora são sete e trinta e oito”, disse Saldaña esticando o pescoço em cima do relógio da Chou, “Bom, então eu dou duas escolhas pra você. Ou vocês me soltam agora e me deixam voltar pros meus companheiros...”, Saldaña nesse momento pausou sua fala, e ficou encarando cada um dos que o mantinham cativo.
“Isso está fora de questão, seu bandido asqueroso!”, disse Schultz, com raiva por Saldaña novamente estar os ameaçando.
“Ou o quê?”, perguntou Tsai.
“Ou eles virão me buscar. Dentro de cinquenta horas e dois minutos...”, disse Saldaña novamente esticando o pescoço no relógio de Chou, “Ou precisamente cinquenta horas e um minuto. E pode ter certeza que eles não deixaram nenhum de vocês vivos. Isso eu posso garantir”.
Ao mesmo tempo dois sentimentos pairavam em seu coração: o primeiro era arrependimento. Schultz se crucificava, e se naquele momento ele pudesse oferecer tudo para que pudesse voltar no tempo e declarar seus sentimentos pra ela, com certeza ele faria. Mas agora era tarde. Os dois estavam em um enlace romântico, um beijo realmente cinematográfico, e ele vira que não tinha como competir com Huang. Ele já havia feito uma estória com Tsai, os dois já haviam ficado juntos, era uma concorrência desleal desde o princípio. Por mais que dissesse que não, Tsai tinha Huang em sua memória afetiva, afinal os dois já haviam estado juntos. E como Tsai via Schultz? Um mero alemão mulherengo, que não sabe nem o que sente.
Mas a verdade é que nem mesmo Schultz sabia que ele poderia sentir aquele sentimento por alguém.
O segundo era uma tristeza sem fim de não poder realizar junto daquela mulher tudo o que ele achava que poderia realizar com sua companhia. Tsai estava sempre lá, mas agora corria o risco real de que ela não estivesse mais lá. Acordar, andar com ela, conversar, e cada atividade os deixavam mais e mais íntimos. Até mesmo na luta contra Chao, ele foi um dos que mais ficaram desesperados vendo o que parecia ser a derrota de Tsai. Ele não queria ver algo acontecer com a pessoa que ele mais amava. Ele queria proteger e ser protegido por ela.
Porém, agora estava tudo acabado.
“Sai, Huang, me solta!”.
Schultz, que estava cabisbaixo, voltou o olhar ao ouvir o grito. Tsai estava de olhos abertos empurrando Huang com os dois braços, que por sua vez parecia grudado em Tsai. Ela repetiu mais uma vez para que a soltasse, e então ela realmente empregou um empurrão forte, que forçou Huang a se afastar dois passos da chinesa, que depois de um sonoro tapa no seu rosto.
“Nunca mais, ouça bem, nunca mais ouse fazer isso comigo!”, disse Tsai, bem diferente daquela pessoa tão centrada, pacífica, e apaziguadora como líder do seu pelotão, “Eu vou repetir pela última vez, e vê se me ouve: tudo entre nós acabou, Huang. Tudo! Não sinto nada por você, e se eu pudesse te aconselhar, eu também te diria para apagar quaisquer resquícios de sentimento sobre mim. Se quiser sair desse pelotão, pode sair, sinta-se à vontade. Mas não venha novamente tentar me beijar assim”.
“Você parecia ter gostado. Fiquei confuso”, disse Huang, com uma cara de pau sem igual.
“Eu não gostei. Não gostei nem um pouco. Foi mera impressão sua!”, disse Tsai, elevando sua voz, “Agora vou no acampamento ver como estão os americanos. Vá ajudar a Li e as outras a se aprontarem, por gentileza”.
Ao ouvir isso Schultz tomou um susto e saiu correndo de volta às cabanas onde Saldaña e White estavam. Nem em sonho Tsai poderia imaginar que ele estava lá, ouvindo e vendo toda a discussão. Mas por um lado corria feliz de certa forma.
Era curioso ver como a nossa vida é como uma montanha-russa ás vezes. Muitas vezes estamos se sentindo um lixo, no limbo, tristes e desamparados, mas ver (e até ouvir, porque o impacto do tapa foi alto!) aquele tapa que Tsai deu em Huang foi algo muito bom por um lado. Isso, junto das palavras dela, só confirmavam que embora Huang quisesse algo, Tsai não sentia nada por ele. Então tecnicamente ela ainda estava solteira e disponível. E isso significava que Schultz ainda tinha uma chance!
Era como se aquele desejo dele, de voltar no passado para poder ter a chance de se declarar para ela havia se realizado!
“Ei, onde é que você tava?”, perguntou Chou quando viu Schultz se aproximar, arfando por ter corrido.
“Longa estória, mas depois eu te conto! Só você chegou aqui, né?”, perguntou Schultz.
“Sim, eu cheguei faz uns instantes, vim acordar os americanos”.
“Ah, ótimo, ótimo! Olha, qualquer coisa eu já estava aqui com você”, disse Schultz, dando uma piscadinha pra Chou, “Só preciso tomar um ar antes que a Tsai chegue”.
Chou mesmo sem saber direito do que se tratava, confiou no amigo. Enquanto Schultz, que estava com as mãos nos joelhos tomando ar ergueu sua cabeça pra ela e deu um sorriso enquanto respirava, Chou naquela hora pensou o melhor: que ele havia se declarado pra ela e tinha dado certo! Mas porque vir correndo daquele jeito temendo a Tsai? Ela retribuiu o sorriso, e logo Schultz já havia recuperado o ar quando Tsai chegou. A única coisa porém que não deu pra disfarçar foi a imensa pizza e o suor descendo na sua testa.
“Dajiahao, Chou e Schultz”, disse Tsai, se aproximando, séria, dando bom dia para os dois. O sabor ruim do beijo de Huang ainda devia estar na sua boca, “Como estão os americanos?”.
“Estão aqui, Gongzhu. Podemos tira-los?”, perguntou Chou, e Tsai consentiu. Schultz então ajudou Chou a pegar Saldaña e White, que não ofereceram resistência, e os chineses até ofereceram um pouco da ração e água para eles comerem naquela manhã.
Os americanos estavam com as mãos amarradas, mas pareciam calmos, cumprimentando as pessoas ao redor inclusive, e comendo a pequena refeição matutina que lhes era servidos. Tsai, Chou e Schultz continuavam lá, os observando, enquanto comiam.
“Está uma delícia, muito obrigado”, disse Saldaña enquanto pegava uma colher para comer o arroz cozido, dispensando os hashis. Vendo que todos fitavam cada movimento deles, o americano teceu o seguinte comentário: “Será que vocês estão servidos? Já comeram?”.
“Puxa, eu tô comendo arroz há semanas, não aguento mais ver arroz na minha frente!”, brincou Schultz, mas ao virar o rosto vira Chou com uma cara nem um pouco amistosa o encarando, “Opa, quer dizer, menos o arroz quando a Chou faz, esse é uma delícia! Esse de manhã tá uma beleza!”.
“Pois pra sua informação senhor Ludwig Schultz, o arroz que você comeu essa manhã, e nas outras, sempre fui eu quem fiz!”, disse Chou, furiosa com o comentário de desdém do amigo.
“Ah, que saco! Tentar consertar só piorou a situação, haha!”, disse Schultz, com um sorriso amarelo, e depois levou um tapa de Chou no braço, um tapa desses fraco, só pra encher o saco e descontar a raiva, “Ai! Doeu essa, sabia? Por isso tá solteira! Sua encalhada!”.
Chou e Schultz ficaram naquela implicância, que no fundo só faziam pois eram muito amigos, e Tsai apenas observava e ouvia aquele teatro todo que faziam ali. Até mesmo ela esqueceu daquele beijo de Huang de manhã por um momento, até dando um sorriso vendo os dois brigando como dois irmãos.
Schultz, que continuava implicando e provocando Chou, que não deixava por menos e sempre o respondia, protagonizaram uma discussão, cada um implicando e provocando o outro com respostas infantis. No meio daquilo tudo ele fitou Tsai, e vira o sorriso que ela abrira vendo a cena. O que era aquele sorriso, daquela pessoa tão séria, tão focada em ser correta, justa, e eficiente? Era sem dúvida um evento raro. Tantas mulheres sorriam tanto, são ensinadas desde cedo a sempre sorrir, afinal o sorriso abre portas, o sorriso as deixam mais atraentes, o sorriso é o gesto supremo da feminilidade. Que mulher não sorri, nem mesmo em fotos? Mas Tsai era uma das mulheres que raramente sorriam. Não por ser rabugenta, ou triste, e sim por ser uma pessoa que carrega uma responsabilidade e uma imagem tão grandes nas costas que nunca se viu à vontade de sorrir abertamente ás pessoas.
Aquele sorriso puro, fruto de uma graça que vinha de Schultz então era o mais raro entre os raros. Um sorriso de diversão. Um sorriso que era como um verdadeiro arco-íris, um evento raro engrandece o céu depois de uma tempestade, e que aquece os corações de todos que veem. Os dentes alinhados e brancos, os lábios vermelhos, os olhos contraídos, até a tímida risada que soltava, aquilo era um espetáculo raro que Schultz pagaria o que for pra ver daquele mesmo jeitinho: com um tempero de sinceridade sem igual.
“Não tinha como ser mais divertido do que ser capturado por pessoas de tão bom humor”, disse Saldaña, com sua voz grave chamando toda a atenção. Aos poucos os risos, e toda a diversão da briguinha entre Schultz e Chou foi se silenciando, até todos ficarem quietos fitando o americano, “Escuta, White, que horário que fomos pegos ontem?”.
“Por volta das nove e quarenta, mister Saldaña”, disse White, puxando da memória.
“Certo, agora são sete e trinta e oito”, disse Saldaña esticando o pescoço em cima do relógio da Chou, “Bom, então eu dou duas escolhas pra você. Ou vocês me soltam agora e me deixam voltar pros meus companheiros...”, Saldaña nesse momento pausou sua fala, e ficou encarando cada um dos que o mantinham cativo.
“Isso está fora de questão, seu bandido asqueroso!”, disse Schultz, com raiva por Saldaña novamente estar os ameaçando.
“Ou o quê?”, perguntou Tsai.
“Ou eles virão me buscar. Dentro de cinquenta horas e dois minutos...”, disse Saldaña novamente esticando o pescoço no relógio de Chou, “Ou precisamente cinquenta horas e um minuto. E pode ter certeza que eles não deixaram nenhum de vocês vivos. Isso eu posso garantir”.
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